Apple: ações disparam após anúncio de venda de peças do iPhone

Companhia cede após pressão de usuários por anos e sinalização de governo americano por mudança na legislação
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As ações da Apple negociadas na bolsa tecnológica Nasdaq dispararam alta nesta quarta-feira (17), dia de baixa geral no mercado acionário norte-americano.

Por volta das 15h44, horário de Brasília, as ações da companhia sob o código AAPL apresentavam valorização de 2,30% a US$ 154,46.

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O ânimo de investidores com as ações da Apple aumentou após a notícia de que a empresa vai, pela primeira vez, vender peças de reposição e ferramentas de reparo diretamente aos consumidores. Os usuários poderão, por conta própria, fazer consertos em alguns modelos de iPhones e de computadores Mac.

A possibilidade de reparo “self-service” é oferecida pela Apple após anos de pressão de grupos de consumidores para a empresa fornecer mais acesso a manuais de conserto e a peças originais. Mas a companhia fez um forte lobby durante todo esse tempo para manter o sigilo operacional com o argumento de preservação da segurança ou de evitar problemas de desempenho dos aparelhos.

A Apple cede na questão justamente em um momento em que a administração do presidente Joe Biden junto com o Federal Trade Commission (FTC) – órgão regulador contra cartel nos Estados Unidos similar ao CADE no Brasil – terem sinalizado esforços para mudar a legislação em relação às restrições a terceiros para reparos de produtos.  

Em 2019, a Apple havia lançado um programa para que lojas independentes de conserto pudessem comprar peças, ferramentas e manuais da companhia. Atualmente, 2.800 lojas são cadastradas no programa, além de outros 5.000 pontos de reparo autorizados pela companhia.

Como vai funcionar o programa de reposição de peças da Apple

O programa da Apple vai permitir que os proprietários de iPhone substituam sua tela, bateria ou câmera e estará disponível para os modelos iPhone 12 e iPhone 13 nos Estados Unidos. Cerca de 200 peças estarão disponíveis, segundo a empresa.

Em seguida, serão vendidos itens para que consumidores possam consertar computadores Mac que funcionam com o chip Apple M1. Posteriormente, os usuários poderão fazer reparos menos comuns.

Os consumidores terão acesso aos mesmos preços disponíveis para as lojas independentes, além de poderem devolver peças usadas à Apple em troca de um desconto.

A Apple ainda não informou os preços das peças que serão disponibilizadas.

A operação começará no início de 2022 nos Estados Unidos e se expandirá para mais países no final do ano, de acordo com a companhia.

Luciene Miranda é repórter especial na Elas Que Lucrem

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