Dólar atinge máxima em um mês e supera R$ 5,60

Alta da moeda norte-americana acontece em meio ao temor fiscal brasileiro e a diminuição dos receios sobre a nova variante da Covid-19
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O dólar fechou em alta hoje (29), acima de R$ 5,60 e no maior patamar em um mês, amparado por renovados temores fiscais no Brasil num dia de força da moeda norte-americana em todo o mundo.

Os mercados globais de forma geral tiveram uma sessão de alívio, com a diminuição dos receios sobre uma nova variante do coronavírus patrocinando uma recuperação dos preços dos ativos. Porém, o dólar também ganhou terreno nesse contexto, uma vez que voltavam à mesa perspectivas de aumento de juros nos Estados Unidos.

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No fim da manhã a cotação no Brasil recebeu impulso após notícia da Reuters de que o governo não descarta possibilidade de ter que lançar mão do Orçamento de Guerra mais uma vez para conseguir viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil.

Segundo uma fonte com conhecimento das negociações disse à Reuters, essa alternativa seria “caótica” para as questões fiscais, e o governo tentará nesta semana atrair votos para a aprovação da PEC dos Precatórios.

Voltar ao Orçamento de Guerra, ao qual se recorreu no ano passado para combate aos efeitos econômicos e sanitários da pandemia, na prática significaria autorizar o descumprimento de parâmetros e limitações fiscais, num momento em que o mercado ainda digere as recorrentes ameaças ao teto de gastos que elevam o temor sobre o futuro das contas públicas no Brasil.

“O cenário-base do mercado é a aprovação da PEC, então se isso não acontecer e o governo precisar recorrer a alternativas, a moeda vai além dos R$ 5,60”, disse Cleber Alessie, gerente da mesa de derivativos financeiros da Commcor DTVM.

Os mercados aguardam para terça ou quarta-feira a votação do parecer da PEC apresentado pelo líder do governo Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) na CCJ do Senado.

O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que, uma vez aprovada pela CCJ da Casa, a PEC dos Precatórios deve ser analisada pelo plenário na quinta-feira desta semana. E o secretário do Tesouro, Paulo Valle, reiterou não haver plano B para viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400 em 2022.

O dólar à vista fechou esta segunda-feira em alta de 0,27%, a R$ 5,6114 na venda, maior patamar desde 1º de novembro (R$ 5,6712). A taxa variou de R$ 5,5798 (queda de 0,29%) a R$ 5,641 (valorização de 0,80%).

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Na sexta, a cotação havia subido 0,55%, a R$ 5,5961, na esteira do pânico global com a nova variante ômicron do coronavírus.

Lá fora, o índice do dólar contra uma cesta de rivais de países ricos subia 0,14%, com o mercado recolocando nos preços expectativa de aumento de juros nos EUA – o que tenderia a elevar os retornos oferecidos pelos títulos do Tesouro norte-americano, tornando, assim, o dólar mais atraente.

As moedas emergentes medidas por um índice do JPMorgan caíam 0,23%, estendendo a queda de mais de 1% da sexta-feira, quando o mercado entrou em modo pânico por temores relacionados à nova variante ômicron do coronavírus. O índice está no menor patamar desde pelo menos o fim de junho de 2010.

(Com Reuters)

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