O dólar avançou frente ao real hoje (8), embora tenha fechado o pregão longe das máximas do dia, com investidores dividindo atenções entre as incertezas em torno da PEC dos Precatórios e a agenda de indicadores econômicos norte-americanos desta semana.
O dólar à vista teve alta de 0,35%, a R$ 5,5417 na venda, depois de oscilar entre R$ 5,5981 na máxima (+1,37%) e R$ 5,5335 na mínima do dia (+0,20%).
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Na B3, onde os negócios continuam depois das 17h (de Brasília), o dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,09%, a R$ 5,5650.
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na sexta-feira suspender a execução orçamentária das emendas de relator, instrumento de distribuição de recursos conhecido como “orçamento secreto” diante da dificuldade de rastrear os beneficiários dos repasses.
A decisão de Weber é vista por participantes do mercado como um atraso às negociações para a votação amanhã (9) do segundo turno da proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera as regras de pagamento dos precatórios. A proposta é encarada como prioritária pelo governo por permitir a abertura de espaço fiscal para financiamento do Auxílio Brasil no valor mínimo de R$ 400 por família no ano eleitoral de 2022.
Após o fechamento dos mercados nesta segunda-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira, pediu que o STF revogue a decisão de Weber. O plenário do Supremo Tribunal Federal irá avaliar a medida da ministra em sessão extraordinária virtual entre terça e quarta-feira.
“No mercado local, as incertezas sobre a evolução da PEC dos precatórios seguem pesando sobre a maioria dos ativos”, escreveram analistas do Bradesco em nota desta segunda-feira.
Além do noticiário doméstico, o banco chamou a atenção para a agenda internacional de dados econômicos, com a divulgação nesta semana de dados de inflação norte-americanos.
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A leitura virá após o anúncio do Federal Reserve, feito na semana passada, de que vai começar a reduzir suas compras mensais de títulos, embora siga mostrando paciência em relação a aumentos de juros. A manutenção de custos de empréstimos baixos nos Estados Unidos é vista por especialistas como favorável a moedas de mercados emergentes.
“Enquanto a mensagem enviada pelo Fed na semana passada ainda foi de paciência com relação à alta de juros, as pressões de salários tornam os dados de inflação desta semana ainda mais importantes”, disse o Bradesco.
Nesta tarde, o índice do dólar contra uma cesta de moedas fortes tinha queda de 0,15%, a 94,089. Participantes do mercado citaram a fraqueza da moeda norte-americana no exterior como fator que ajudou o dólar a encerrar a segunda-feira longe das máximas do dia frente ao real.
(Com Reuters)
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