Dólar supera R$ 5,67 e renova máxima em um mês

Moeda norte-americana foi alavancada pelo mercado externo em meio a receios sobre o coronavírus e a política monetária do país
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O dólar fechou numa máxima em um mês hoje (1), acima de R$ 5,67, puxado novamente pela deterioração do ambiente de risco nos mercados externos em meio a receios sobre o coronavírus e os rumos da política monetária nos Estados Unidos, enquanto no Brasil o mercado manteve os olhares atentos aos debates sobre a PEC dos Precatórios.

O dólar à vista terminou em alta de 0,61%, a R$ 5,6711, pico desde 1º de novembro (R$ 5,6712), após variar de R$ 5,578 (-1,04%) a R$ 5,6744 (+0,67%). Na B3, o contrato de dólar futuro para janeiro ganhava 0,94%, a R$ 5,7105, às 17h54 (de Brasília), depois de na máxima bater R$ 5,713.  As operações no mercado futuro da B3 vão até 18h30. Lá fora, um índice do dólar ganhava 0,12% no fim da tarde, revertendo queda de 0,3% ocorrida mais cedo. Uma cesta de moedas emergentes perdia 0,17%.

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O mercado de câmbio no Brasil repercutiu um dia de elevada volatilidade nos ativos internacionais, com o índice Nasdaq nos EUA oscilando de alta de 1,8% a queda de 1,4%, enquanto o petróleo Brent caiu 0,52% depois de saltar 3,3% na máxima do dia.

Novas falas do chefe do banco central norte-americano (Fed), Jerome Powell, reiterando debate sobre redução mais acelerada de estímulos, com declarações de outro membro do Fed acerca de persistência de problemas nas cadeias de oferta –à medida que a variante Ômicron do coronavírus se espalha–, foram citadas como fatores que pressionaram o sentimento do mercado ao longo da tarde.

A piora ocorreu em sintonia com o anúncio do primeiro caso oficial de Covid-19 nos EUA pela variante Ômicron. No Brasil, o Estado de São Paulo informou nesta quarta-feira o terceiro registro da nova cepa no Brasil.

O quadro geral mais adverso alimenta a demanda por dólares num momento em que, sazonalmente, aumentam as saídas de recursos. O mercado torceu o nariz ainda para os dados da balança comercial de novembro, que registrou o maior déficit para o mês em sete anos. E o fluxo de câmbio contratado em novembro até dia 26 ficou negativo em US$ 4,251 bilhões, a caminho do pior resultado em 11 meses.

Compondo o dia mais arisco, investidores monitoraram os debates sobre a PEC dos Precatórios em Brasília, com possibilidade agora de o início da votação do projeto no plenário do Senado ser adiado conforme o governo precisa fazer mais concessões diante de uma vantagem de votos tida como insegura.

“As perspectivas domésticas e globais estão se tornando mais desafiadoras, sugerindo um real mais fraco”, disseram economistas do Citi em relatório de cenários. Eles elevaram a estimativa para o dólar ao fim de 2022 a R$ 5,59, de R$ 5,49 em outubro, vendo mais gastos pelo governo e mais inflação.

(Com Reuters)

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