6 dicas para economizar na compra do material escolar

Entre as principais recomendações das especialistas estão a velha e boa pesquisa e a reutilização de itens de anos anteriores
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Cadernos, lápis, borracha, caneta, borracha, estojo, mochila e agenda são apenas alguns dos itens que compõem essa diversificada lista (Foto: EnvatoElements)

O ano mal começou e as nossas responsabilidades financeiras já se acumularam. Além dos tradicionais IPTU e IPVA, janeiro também é o mês da matrícula no colégio e da compra do material escolar, especialmente agora com a volta às aulas presenciais. Cadernos, lápis, borracha, caneta, borracha, estojo, mochila e agenda são apenas alguns dos itens que compõem essa diversificada lista. 

Pais e responsáveis, no entanto, precisam ficar atentos na hora da compra. Uma pesquisa de preços realizada pelo Procon-SP em oito sites revelou diferenças expressivas em diversos itens. Segundo o levantamento do órgão, a maior diferença encontrada chega a 381,11%: a caixa com seis cores (90g) da massa de modelar Abelhinhas Soft, da marca Acrilex, era vendida em um local a R$ 12,99 e, em outro, custava R$ 2,70. O preço médio apurado do produto foi de R$ 4,83. 

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O estudo comparativo dos produtos comuns entre esta pesquisa e a última, realizada entre os dias 17 e 19 de novembro de 2020, constatou, em média, acréscimo de 15,96%. Os sites verificados foram: Amazon, Americanas, Gimba, Kalunga, Lepok, Livrarias Curitiba, Magazine Luiza e Papelaria Universitária.

Por isso, se você é mãe, pai ou o responsável por alguma criança em idade escolar, saiba que a compra do material requer muita pesquisa para não acabar em prejuízo. A Elas Que Lucrem conversou com algumas especialistas que sugeriram algumas medidas para economizar na compra. Veja, a seguir, quais são elas:

1) Veja se é possível reutilizar materiais de anos anteriores

Loni Batist, diretora do guia financeiro da Guide Investimentos, aconselha a olhar com atenção todo o material do ano anterior e identificar se algo pode ser usado. “Sempre tem alguma coisa em bom estado que pode durar mais um pouco. Então vale dar uma conferida antes de ir às compras.” Isso vale também no caso de irmãos: o material do mais velho pode, em alguns casos, ser aproveitado pelo mais novo.

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Luciana Ikedo, assessora de investimentos e sócia no escritório RV4 Investimentos, diz que tudo que pode ser reutilizado gera economia. Ela acrescenta que uma outra dica é a troca de materiais entre crianças, algo que pode ser facilmente estimulado pelos pais. “Muitas vezes aquele estojo ou mochila que ainda está em bom estado, mas que a criança já enjoou, pode ser trocado com um outro colega, irmão ou parente próximo. Para a criança, aquele acaba sendo um material novo, sem que os pais tenham que desembolsar nada.”

2) Estabeleça uma cota de dinheiro e envolva a criança na compra

Luciana detalha que é importante estabelecer com a criança uma cota de dinheiro, informando a ela que aquele deve ser o montante necessário para a compra de todos os itens. “Ao contrário do que muita gente pensa, é importante envolver as crianças no processo de aquisição do material.”

A especialista explica que, neste montante previamente estabelecido, a criança deve ter certa liberdade para escolher cada item, desde que ela seja orientada sobre a diferença de preço de um material mais caro, da moda ou daquele personagem de desenho com o valor de um mais simples com a mesma funcionalidade.

3) Faça uma boa pesquisa

Luciana Ikedo garante que a pesquisa de preços sempre ajuda a ter uma visão mais ampla do mercado. E, atualmente, com a internet, essa é uma tarefa que se torna ainda mais simples e rápida, já que com apenas um clique é possível consultar as mais diferentes lojas e encontrar sempre o melhor preço. O ideal é procurar em, pelo menos, três lojas diferentes, fazer a soma dos itens e identificar onde está mais em conta. 

4) Busque sebos e materiais usados em bom estado

“Você também pode comprar, dentro do possível, aquele material já usado. E, melhor ainda: monetizar os itens do ano anterior, vendendo-os para quem precisa por um preço mais em conta. No fim, isso pode inclusive ajudar no orçamento para a compra de outros itens”, recomenda Luciana.

Ela esclarece que, além da economia, essa é uma excelente forma de ensinar outros importantes valores para as crianças, como cuidar e conservar seu material para que depois ele possa ser vendido ou reutilizado, que as coisas não são finitas e descartáveis e que a gente pode – e deve – reaproveitá-las para que o recurso financeiro possa ser utilizado em outros objetivos familiares.

No caso de livros, Loni Batist lembra que é crucial verificar a possibilidade de comprar itens usados em bom estado, normalmente disponíveis em sebos. “Geralmente, os maiores gastos são com eles, então vale pesquisar.”

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5) Veja o que é realmente essencial

A diretora do guia financeiro da Guide Investimento lembra que quando o seu filho era menor, ela sempre conferia a lista enviada pela escola para definir o que realmente era necessário para ele. “A agenda, por exemplo, nunca era utilizada. Ele sempre escrevia tudo no caderno mesmo. Nos anos seguintes, parei de comprar. Vale conferir o q​​ue realmente é essencial para começar as aulas. No caso de itens não tão essenciais, deixe para comprar ao longo do ano, conforme a necessidade.”

Se você observou algum material que não considera assim tão fundamental, questione. “É importante ficar atento, já que todo material de consumo da escola, para desenvolvimento das atividades e uso coletivo, não deve ser repassado para compra dos pais. Então, itens como papel higiênico ou outros desse tipo, não podem entrar na lista. Verifique sempre se os itens solicitados são de uso pessoal e individual”, recomenda Luciana. 

6) Pague à vista se o desconto valer a pena

Se você estiver com um dinheiro guardado, pague à vista e negocie um desconto interessante. “Desconto de 5% não vale a pena. Neste caso, eu prefiro parcelar o máximo possível no cartão, sem juros, e ainda ganhar uns pontos”, defende Loni Batist

Luciana também concorda que negociar o pagamento à vista é uma boa pedida, mas não recomenda parcelar em muitas vezes no cartão.  “As lojas possuem custo para passar cartão de crédito, então use este argumento na hora de pedir os descontos. É comum conseguir ampliá-lo para 10% nas compras à vista. Se não for possível comprar nessa modalidade, parcele o total no menor prazo possível, pois as parcelas podem acumular com os gastos futuros, gerando um valor de fatura maior do que o orçamento atual.”

De acordo com ela, outra estratégia que funciona é quando vários pais se juntam para comprar os mesmos materiais, em quantidades maiores, e assim conseguir um maior desconto nas lojas.

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