Dólar à vista fecha em queda de 0,85%, a R$ 5,6318

Moeda norte-americana atingiu o menor patamar desde 30 de dezembro
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O dólar interbancário fechou em queda hoje (7), tomando distância do nível psicológico de R$ 5,70, em meio a uma correção global de baixa na divisa norte-americana conforme o mercado tentou decifrar dados mistos de emprego nos Estados Unidos e seus impactos sobre o cenário de alta de juros por lá.

A queda desta sexta, porém, não impediu que o dólar completasse a primeira semana de negócios de 2022 em alta no Brasil.

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A moeda negociada no mercado à vista caiu 0,85% nesta sexta-feira, a R$ 5,6318, menor patamar desde 30 de dezembro (R$ 5,5735).

Ainda assim, a cotação acumulou na semana ganho de 1,05%, após duas semanas consecutivas de perdas.

Na máxima da sessão, o dólar foi a R$ 5,7114, alta de 0,55%. Esse pico foi alcançado nas reações iniciais de investidores ao relatório de empregos dos Estados Unidos, que mostrou metade da geração de postos esperada, mas também queda na taxa de desemprego em dezembro e sinais de pressão nos salários, indicativo de que a inflação pode se manter alta – o que por sua vez levaria o banco central dos EUA a manter o plano de subida dos juros.

Juros mais altos nos EUA aumentam a atratividade do dólar ao mesmo tempo que prejudicam o cenário para ativos de países emergentes, caso da moeda brasileira.

“Vejo hoje como um ponto fora da curva nos mercados de câmbio no mundo e aqui também, já que fora o número da manchete todos os demais dados (de emprego nos EUA) são fortes”, disse Marco Caruso, economista-chefe do Banco Original.

O dólar tanto no Brasil como no mundo veio de dias de firmes altas, patrocinadas pelas expectativas de aperto monetário nos EUA e, aqui, por renovadas dúvidas sobre a trajetória das contas públicas. O mercado, portanto, em parte realizou lucros.

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“Nas próximas semanas teremos novos eventos importantes, mas não vejo neles potencial para tirar a força do dólar”, disse Caruso, citando as audiências no Congresso norte-americano para avaliar a renomeação do chefe do banco central dos EUA, Jerome Powell; a indicação de sua vice, Lael Brainard; e dados de inflação ao consumidor no país em dezembro.

As duas quedas seguidas do dólar ao fim desta semana deixaram a moeda mais próxima de sua média móvel linear de 50 dias (R$ 5,6186), que serve como uma zona de resistência técnica – portanto, um limitador a novas baixas. Pela análise das Bandas de Bollinger – uma outra ferramenta de análise técnica -, o dólar nos patamares atuais está mais próximo da linha inferior (hoje em R$ 5,5945), abaixo da qual a moeda teria dificuldades para cair.

O índice de força relativa de 14 dias – um indicativo de quão fora de padrão estão as variações de preço – para o dólar está em 48,17, indicando certa neutralidade, já que está no meio do caminho entre as marcas de 70 (que apontaria uma moeda que subiu muito rapidamente em pouco tempo, portanto, com espaço para recuar) e 30 (queda muito acelerada em curto período, aumentando chances de ajuste para cima).

Em relatório, a Santander Asset Management decidiu manter avaliação neutra para o real.

“O diferencial de juros em relação às economias desenvolvidas e o ciclo de commodities favorecem a alocação em moeda brasileira. Por outro lado, as incertezas de natureza fiscal e o potencial aumento de juros no exterior geram efeito contrário”, disseram. A casa estima que o dólar fechará 2022 em R$ 5,6, próximo dos patamares atuais.

(Com Reuters)

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