Dólar começa semana em alta com exterior arisco e persistente ruído fiscal doméstico

Moeda norte-americana fechou com valorização de 0,72%, a R$ 5,6723
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O dólar começou a semana em alta frente ao real, num dia (10) amplamente negativo no mundo para ativos considerados mais arriscados, diante de receios cada vez maiores sobre os potenciais impactos de altas de juros nos Estados Unidos neste ano.

O dólar à vista fechou com valorização de 0,72%, a R$ 5,6723, devolvendo boa parte da queda de 0,85% da sexta-feira (7).

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Ao longo desta segunda, a cotação oscilou entre ligeira baixa de 0,05%, a R$ 5,6292, e ganho de 1,10%, para R$ 5,694.

Na B3, às 17:31 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,66%, a R$ 5,7025.

O dólar subiu no Brasil assim como em outros países emergentes. Contra o rand da África do Sul, por exemplo, a moeda dos EUA avançava 0,7%, enquanto ganhava 1% ante o peso chileno. Uma cesta mais ampla de divisas emergentes perdia 0,11%.

O pregão foi novamente de combalido apetite por risco, o que afeta diretamente moedas do perfil do real, vistas como mais arriscadas e correlacionadas aos preços das commodities, os quais caíram nesta segunda.

Os contratos futuros do minério de ferro de referência na China recuaram 2% nesta segunda-feira. O insumo é um dos mais relevantes na pauta de exportação brasileira.

O rali das taxas dos títulos de dívida do governo norte-americano tomou novo fôlego nesta sessão e ajudou a dar impulso ao dólar globalmente, na medida em que ampliou os retornos de investimentos na renda fixa lastreada na moeda dos EUA.

O mercado discute amplamente chances de mais de três elevações de juros nos Estados Unidos e também redução da carteira de ativos do banco central dos EUA – combinação que enxugaria a quantidade de dólares no sistema financeiro, colaborando para aumento do preço da moeda.

“Mantemos viés positivo para o dólar”, disseram profissionais do Citi em nota, citando potenciais reveses aos mercados emergentes decorrentes de aperto monetário nos EUA. Aqui, os porta-vozes destacaram que a eleição presidencial ainda não está “totalmente” no radar e que uma desaceleração mais expressiva do crescimento econômico na margem é um risco para a taxa de câmbio.

O dólar ganhou terreno no Brasil nesta segunda-feira depois de na semana passada já ter valorizado cerca de 1%. Não bastassem temas internacionais, analistas têm afirmado que o real volta a mostrar fragilidade devido ao cenário para as contas públicas, cuja incerteza ganhou novos contornos com a pressão de servidores públicos por aumentos salariais.

“Este é um risco fiscal importante, já que não há espaço para aumento geral de salários neste ano dentro do teto de gastos constitucional: pelos nossos cálculos, um aumento de 10% no salário dos servidores públicos federais custaria cerca de R$ 30 bilhões”, disse a XP.

(Com Reuters)

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