O principal índice da bolsa brasileira teve alta firme hoje (19), novamente na contramão das bolsas de Wall Street, que caíram mesmo com os rendimentos de títulos do governo norte-americano devolvendo máximas em dois anos.
Empresas varejistas e Vale deram impulso ao índice local, enquanto Petrobras, Bradesco e Itaú Unibanco foram as principais contribuições negativas.
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O Ibovespa subiu 1,26%, a 108.013,47 pontos, no maior patamar desde 16 de dezembro. O volume financeiro da sessão foi de R$ 29,3 bilhões.
Outros ativos também tiveram performance positiva. O dólar à vista caiu ao menor patamar em dois meses. Já as taxas de juros projetadas em contratos futuros cederam, com os vencimentos mais longos caindo cerca de 20 pontos-base, o que ajudou setores mais sensíveis aos juros como construção, tecnologia e varejo, segundo agentes de mercado.
Enquanto isso, os principais índices de ações nos Estados Unidos tiveram queda ao redor de 1%, ainda que os rendimentos dos Treasuries tenham devolvido ganhos. Investidores seguem com a política monetária norte-americana no radar, enquanto digerem resultados da temporada de balanços.
Para Enrico Cozzolino, sócio e head de análise da Levante, o recuo nos rendimenots dos Treasuries, aliado à correção nas bolsas norte-americanas – que bateram recordes recentemente -, favoreceu a atração de capital ao Ibovespa, especialmente às ações vistas como mais descontadas, como do setor de varejo.
Na Europa, o índice STOXX 600 subiu 0,2%, com balanços corporativos positivos do setor de luxo e a alta das commodities se sobrepondo à preocupação com o cenário de aumento de juros nos EUA.
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Destaques
– AMERICANAS subiu 9,9%, maior avanço diário desde maio de 2020. LOJAS AMERICANAS ganhou 9,4%, MAGAZINE LUIZA teve alta de 7,1% e VIA avançou 6,7%. Em vestuário, LOJAS RENNER subiu 5,74%.
– VALE subiu 2,2% e siderúrgicas, metalúrgicas e mineradoras dispararam, com destaque para CSN, que teve alta de 2,64%, após minério de ferro avançar mais de 4% em Dalian, após o banco central da China sinalizou medidas adicionais para estabilizar a economia.
– LOCAWEB, a ação do Ibovespa que mais caiu em 2022, subiu 12,7%, maior avanço desde fevereiro passado. INTER UNIT teve alta de 8,7%. Os dois papéis recuaram mais de 10% cada na véspera. No caso de Inter, o BTG Pactual cortou o preço-alvo do unit, R$ 65 para R$ 36, mas manteve recomendação de compra.
– PETROBRAS PN caiu 0,5%, interrompendo seis sessões de alta, mesmo com preços do petróleo em alta, após interrupção de operações em um oleoduto do Iraque à Turquia por conta de um incêndio. PETRORIO ON, ação de melhor desempenho do Ibovespa em 2022, subiu 0,3%.
– EMBRAER caiu 2,8% e soma oito sessões de queda.
– ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,7% e BRADESCO PN cedeu 1,26%, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT subiu 0,2% e BANCO DO BRASIL teve alta de 0,88%. BTG PACTUAL UNIT avançou 5,4%.
– AMBEV caiu 0,27%, terceira queda seguida. A XP reduziram estimativas para o quarto trimestre, projetando que o volume da unidade de cerveja da Ambev no Brasil caia 5% ante mesmo período de 2020, mas que os preços tenham subido 10%, assegurando alta de 5% na receita líquida.
– CYRELA subiu 7,6%, EZTEC teve alta de 6,4% e MRV avançou 4,5%. CURY, que não está no Ibovespa e na qual a Cyrela tem participação, disparou 6,4% após divulgar resultados operacionais do quarto trimestre.
– SINQIA ON, que não está no Ibovespa, disparou 7,7%. A empresa anunciou compra de controle da gestora de riscos para administração de recursos Lote45.
(Com Reuters)
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