A produção industrial brasileira manteve a fraqueza na metade do quarto trimestre ao registrar recuo inesperado em novembro, ainda sem conseguir reagir depois das perdas provocadas pelo coronavírus e se afastando cada vez mais do patamar pré-pandemia.
A produção da indústria brasileira teve em novembro queda de 0,2%, informou hoje (06) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conheça a plataforma de educação financeira e emocional EQL Educar. Assine já!
O resultado foi o sexto negativo, período em que o setor acumula perdas de 4%, e frustrou a expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,1%.
Na comparação com o mesmo mês de 2020, a produção recuou 4,4%, contra projeção de queda de 4,2%.
O setor industrial brasileiro ainda busca se recuperar dos problemas causados pela pandemia de Covid-19, enfrentando um ano marcado por disrupções na cadeia de oferta global e falta de matéria-prima.
A inflação e o desemprego elevados em um ambiente de taxas de juros altas também pesam sobre o cenário.
“O setor industrial ainda sente muitas dificuldades, encontrando-se atualmente 4,3% abaixo do patamar de produção em que estava em fevereiro de 2020”, afirmou o gerente da pesquisa, André Macedo.
“Além disso, a indústria sofre com os juros em alta e a demanda em baixa, impactada pela inflação elevada e a precarização das condições de emprego, já que com o rendimento mais baixo, o trabalhador consome menos”, completou.
LEIA MAIS: Indicador Antecedente de Emprego no Brasil cai em dezembro e aponta dificuldade em 2022
No mês de novembro, apesar do resultado negativo, entre as grandes categorias econômicas somente Bens de Capital teve perdas, de 3% sobre outubro, eliminando o avanço de 1,8% visto em outubro.
A produção de Bens Intermediários ficou estável, assim como a de Bens de Consumo Semiduráveis e não Duráveis –elas respondem por 80% da média da indústria, de acordo com o IBGE.
O único crescimento aconteceu na produção de Bens de Consumo Duráveis, de 0,5%, após dez meses consecutivos de queda.
Entre as atividades, as principais influências negativas vieram dos produtos de borracha e de material plástico (-4,8%) e metalurgia (-3%).
(Com Reuters)
Fique por dentro de todas as novidades da EQL
Assine a EQL News e tenha acesso à newsletter da mulher independente emocional e financeiramente