Após uma semana intensa para os mercados globais, os investidores demonstram exaustão e pouco apetite pelo risco nesta sexta-feira (28).
Ontem, o Produto Interno Bruto norte-americano deu ânimo aos mercados, com o avanço de 5,7% em 2021, na maior alta desde 1984. No quarto trimestre do ano passado, o PIB registrou alta de 6,9%, acima do esperado pelos analistas.
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Ao longo da semana, os investidores também passaram por pressões como a decisão do Federal Reserve, o banco central norte-americano, tensão político-militar na Ucrânia que pode ser invadida por tropas russas e incomoda os governos dos EUA e de países da União Europeia, além de preocupações com os títulos do Tesouro norte-americano – os Treasuries – que dispararam rendimentos no longo prazo, balanços de companhias dos EUA e, claro, a variante ômicron que ainda preocupa muito em todo o mundo.
A overdose de variáveis promove um desgaste nos negócios. As bolsas asiáticas fecharam em direções opostas. Na Europa, os índices de ações têm queda e, no pré-mercado dos EUA, os índices futuros também apresentam tendências mistas não indicando claramente o que pode acontecer na abertura do mercado à vista das bolsas de valores em Nova York.
Aqui no Brasil, a bolsa de valores pouco se abala com o estresse externo. A forte entrada de investidores estrangeiros deixa o Ibovespa descolado do comportamento internacional.
Ontem, o índice fechou com alta de 1,19% aos 112.612 pontos, e acumula valorização de 7,43% em 2022.
Pela manhã, foi divulgado o IGP-M de janeiro, conhecido como a inflação do aluguel medida pela FGV. O índice teve alta de 1,82% neste mês, após ter registrado 0,87% em dezembro. Embora tenha mostrado forte aceleração, veio abaixo das expectativas do mercado que eram entre 1,86% e 2%.
Luciene Miranda é repórter especial e colunista na Elas Que Lucrem
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