Ibovespa tem queda contida após Meta derrubar bolsas em NY

Principal índice da bolsa brasileira caiu 0,18%, a 111.695,94 pontos
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O principal índice da bolsa brasileira teve um leve recuo hoje (3), resistindo parcialmente à liquidação das ações de tecnologia e ao consequente tombo das bolsas norte-americanas.

O movimento em Nova York foi causado por projeções abaixo do esperado divulgadas pela Meta, dona do Facebook.

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A alta de ações de setores mais defensivos, como financeiro e de energia, e o efeito positivo da indicação de desaceleração no ritmo de alta de juros pelo Banco Central em alguns papéis ajudaram o índice local a limitar as perdas.

O Ibovespa caiu 0,18%, a 111.695,94 pontos. O volume financeiro da sessão foi de R$ 24,3 bilhões.

O Comitê de Política Monetária do BC (Copom) elevou a Selic a 10,75% ao ano na véspera subindo o juro básico em 1,5 ponto percentual pela terceira vez seguida, conforme esperado, mas surpreendeu parte do mercado ao indicar ritmo menor de ajuste.

Alguns papéis sensíveis à taxa de juros mostraram performance positiva, como de empresas do setor imobiliário e de varejo, mas o impacto parece ter sido ofuscado pela queda dos papéis tecnologia nos Estados Unidos.

Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos, disse que a sessão para o Ibovespa foi de “balanço dessas duas forças”, um cenário externo de aversão ao risco, enquanto internamente uma tendência mais positiva.

As ações da Meta, dona Facebook, desabaram 26,4%, após novas projeções e resultados, e contaminaram os principais mercados de ações dos EUA. O Nasdaq cedeu 3,7% e o S&P 500 caiu 2,4%.

A Meta disse que espera receita do primeiro trimestre de US$ 27 bilhões e US$ 29 bilhões, enquanto analistas esperavam, em média, US$ 30,15 bilhões, segundo a Refinitiv. Além disso, o Facebook teve no quarto trimestre pela primeira vez a queda de usuários ativos diários ante o trimestre anterior.

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A perspectiva mais negativa foi atribuída a fatores como mudanças promovidas pela Apple que dificultaram a venda de anúncios publicitários, veio em meio à perspectiva de alta de juros nos EUA nos próximos meses, a partir de março, o que deve afetar ainda mais o setor de tecnologia.

DESTAQUES

– PETROBRAS PN caiu 1,4%, mesmo com alta nos preços do petróleo e após o diretor financeiro da estatal dizer que vê potencial para pagamentos de dividendos maiores. Ações de petrolíferas nos EUA também cederam. No mais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, em um eventual novo governo, não manterá o preço dos combustíveis vinculado ao dólar.

– CIELO ON caiu 6%, a primeira queda em cinco sessões, após subir até 5,2% na abertura. A companhia divulgou lucro líquido no quarto trimestre de 336,9 milhões de reais, alta de 13% ante mesma etapa de 2020. “Os resultados vieram na direção certa, com foco na rentabilidade em detrimento do crescimento”, afirmaram analistas do Bank of America em relatório. “Mas os resultados devem continuar pressionados pelos altos custos de captação”.

– LOCAWEB ON cedeu 7,5%, enquanto INTER UNIT caiu 6,9%, em meio à liquidação global dos papéis ligados à tecnologia. O movimento soma-se à extensão do impacto, em especial sobre fintechs, de projeção negativa de resultados divulgada pela PayPal. Em Nova York, PAGSEGURO caiu 13,8%, STONECO cedeu 6,5% e NUBANK recuou 2,9%.

– ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,16%, BRADESCO PN ganhou 1,5%, SANTANDER BRASIL UNIT avançou 0,4% e BANCO DO BRASIL ON teve alta 0,7%. Papéis registraram perdas firmes na véspera, após o Santander Brasil divulgar resultados abaixo do esperado pelo mercado.

– VALE caiu 0,05% e siderúrgicas também cederam, com destaque para USIMINAS PNA, que recuou 2,6%.

– EQUATORIAL ON avançou 2%, COPEL PNB subiu 2,3%, ENGIE BRASIL ON teve alta de 1,9% e CPFL ENERGIA ON ganhou 1,6%.

– JHSF ON subiu 1,1% e MRV ON teve alta de 0,6%, enquanto no varejo AMERICANAS ON avançou 2,5%, VIA ON ganhou 1,8% e MAGAZINE LUIZA ON fechou com valorização de 0,3%.

– ULTRAPAR subiu 3,2%, após três quedas seguidas.

– MARFRIG ON caiu 7,4%, JBS ON recuou 2,7% e MINERVA ON cedeu 3% .

– AREZZO ON, que não está no Ibovespa, ganhou 1,2% em dia de definição de preço por ação de seu follow-on.

(Com Reuters)

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