Eneva tem queda no lucro do quarto trimestre para R$ 489 milhões

Desempenho foi prejudicado por um aumento da despesa financeira líquida no período
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A Eneva encerrou o quarto trimestre de 2021 com um lucro líquido de R$ 489,4 milhões, 28,7% abaixo do registrado em igual período do ano anterior, conforme balanço divulgado ontem (21).

O desempenho foi prejudicado por um aumento da despesa financeira líquida no período e por um efeito de base de comparação, com a constituição extraordinária de ativo fiscal diferido no ano passado que não se repetiu.

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Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado atingiu R$ 859,7 milhões entre outubro e dezembro, um recorde trimestral para a companhia, com crescimento de 39,9% no comparativo anual.

O indicador foi impulsionado pelo aumento no preço praticado no mercado regulado de energia (ACR), que superou o efeito da redução do despacho termelelétrico com a melhora do cenário hidrológico nos últimos meses de 2021. Também contribuiu para o resultado a reversão de um “impairment” (baixa contábil) no segmento de geração a carvão.

Segundo a Eneva, o acionamento de termelétricas foi reduzido significativamente a partir de novembro em todos os subsistemas do país. Apesar disso, todas as suas usinas entraram na ordem de mérito de despacho ou foram despachadas para garantia energética durante grande parte do trimestre.

O despacho médio das usinas da Eneva atingiu 75% no quarto trimestre, comparado a 91% em igual período de 2020, com geração total de 3.430 gigawatts-hora (GWh).

ACUMULADO

A companhia de energia fechou o ano de 2021 com um lucro líquido de R$ 1,17 bilhão, 16,4% superior ao de 2020. Já o Ebitda ajustado registrou alta de 39,5%, a R$ 2,25 bilhões.

Ao final de dezembro, a Eneva tinha uma posição de caixa e equivalentes de R$ 1,7 bilhão, enquanto sua alavancagem estava em 2,8 vezes a relação dívida líquida sobre o Ebitda dos últimos 12 meses.

RESERVAS E PROJETOS

Em relatório que acompanha o balanço, a Eneva destacou a certificação de novas reservas (2P) de gás, num total de 6,88 bilhões de metros cúbicos, sendo 5,60 bilhões de metros cúbicos na Bacia do Parnaíba e 1,28 bilhão de metros cúbicos na Bacia do Amazonas.

A empresa também ressaltou seu investimento para a incorporação da Focus Energia, que lhe garantiu acesso a uma carteira de 3,9 gigawatts-pico (GWp) em projetos de geração renovável de energia.

(Com Reuters)

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