Guerra da Ucrânia: EUA proíbem importações de petróleo russo

No anúncio, Joe Biden reconheceu que a medida elevará os preços da energia para os consumidores norte-americanos
JOB_03_REDES_SOCIAIS_EQL_AVATARES_QUADRADOS_PERFIL_v1-02

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje (8) uma proibição às importações de petróleo e outras fontes de energia da Rússia em retaliação pela invasão da Ucrânia, mas reconheceu que a medida elevará os preços da energia para os consumidores nos EUA.

“Estamos proibindo todas as importações de petróleo e gás da Rússia”, disse Biden a repórteres na Casa Branca. “Isso significa que o petróleo russo não será mais aceitável nos portos dos EUA e o povo norte-americano dará outro golpe poderoso na máquina de guerra de Putin.”

Conheça a plataforma de educação financeira e emocional EQL Educar. Assine já!

Os preços do petróleo subiram com o anúncio, com o petróleo Brent para maio subindo 5,4% para US$ 129,91 o barril.

Biden tem trabalhado com aliados na Europa, que são muito mais dependentes do petróleo russo do que os EUA, para isolar a economia russa, que é fortemente dependente do setor de energia, e Putin. O Reino Unido anunciou pouco antes da fala de Biden que eliminará gradualmente a importação de petróleo e gás russos até o final de 2022.

Biden disse que as sanções impostas pelos Estados Unidos e seus aliados já causaram uma “cratera” na economia russa. Ele disse que os últimos movimentos foram feitos em estreita consulta com aliados e parceiros em todo o mundo.

Abastecimento: entenda  quais são os produtos que o mundo mais compra da Rússia e da Ucrânia

Os Estados Unidos importaram da Rússia mais de 20,4 milhões de barris de produtos brutos e refinados por mês, em média, em 2021, cerca de 8% das importações de combustíveis líquidos dos EUA, segundo a Administração de Informação de Energia (AIE) dos EUA. A proibição deve fazer com que os preços da gasolina, que já estão altos, subam ainda, afetando diretamente a inflação. Os Estados Unidos também importam carvão da Rússia.

Biden previu que os preços subirão ainda mais como resultado da “guerra de Putin”, mas prometeu fazer todo o possível para minimizar o impacto sobre o povo norte-americano.

Reino Unido eliminará petróleo e derivados russos até final de 2022

O Reino Unido também eliminará gradativamente as importações russas de petróleo e derivados até o final de 2022, disse o ministro dos Negócios, Kwasi Kwarteng, hoje, pedindo às empresas que usem o período para garantir uma transição suave.

“Esta transição dará ao mercado, companhias e cadeias de suprimentos tempo mais do que suficiente para substituir as importações russas, que representam 8% da demanda do Reino Unido”, disse Kwarteng no Twitter.

LEIA MAIS: Elas Cuidam: 10 mulheres que mostram a força do protagonismo feminino na área da saúde

Na segunda-feira, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que seu governo estabeleceria uma nova estratégia de fornecimento de energia à medida que a invasão russa da Ucrânia e a subsequente alta nos preços da energia acelerassem a necessidade de novas fontes de energia e maior autossuficiência.

Separadamente, os Estados Unidos, o maior consumidor de petróleo do mundo, anunciaram a proibição das importações de petróleo russo.

Antes do anúncio formal das medidas do Reino Unido e dos Estados Unidos, os preços do petróleo já subiam, com o Brent ultrapassando US$ 132 o barril, antecipando a oferta menor.

Também na terça-feira, a Comissão Europeia publicou planos para reduzir a dependência da UE do gás russo em dois terços este ano e encerrar sua dependência do fornecimento russo do combustível “bem antes de 2030”.

Kwarteng disse que está explorando opções para acabar com as importações britânicas de gás russo, que representam cerca de 4% da oferta no país.

(Com Reuters)

Fique por dentro de todas as novidades da EQL

Assine a EQL News e tenha acesso à newsletter da mulher independente emocional e financeiramente

Baixe gratuitamente a Planilha de Gastos Conscientes

Compartilhar a matéria:

×