O que é a força de uma mulher? Maceió me deu a “minha” verdade!

A potência de cada pessoa deve ser definida por sua essência
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Gisele Abrahão se perguntou pela primeira vez sobre a força da mulher durante uma viagem para Maceió (Foto: William Feitas/Unsplash)

Bom, começo já dizendo que não sei a resposta da questão acima e, na verdade, não vejo nenhum problema nisso. Realmente não acredito que temos que saber ou entender tudo e acredito que quanto mais desengessar de obter respostas, mais respostas teremos. Isso porque sem tentar buscar uma definição absoluta, passamos a analisar, interpretar, aceitar e RESPEITAR muitas outras possibilidades como verdades. 

Cresci tendo a oportunidade de viajar muito com minha família pelo Brasil. Meus pais eram professores e suas longas férias nos deram a oportunidade de nos aventuramos bastante por este nosso lindo país. Foi em uma viagem para Maceió, quando eu tinha uns 12-13 anos… nem adianta eu perguntar para meus pais, pois eles também não irão lembrar o ano exatamente, que me peguei fazendo esta pergunta pela primeira vez: o que é entendido como a força de uma mulher? Como definimos uma mulher forte? De onde vem este conceito e titulação sobre força feminina?

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Contando um pouco mais do meu histórico, sou filha e neta de mulheres “porretas”. Minha mãe, super trabalhadora, independente, “agilizada” ao máximo. Minhas duas avós, mulheres de garra. Tiveram sete filhos cada – imaginem o tanto de primos que tenho!! Mulheres que realmente fizeram seus papéis maternos… cada uma à sua maneira e em suas estruturas. Acredito que tive como referência exemplos de duas gerações diferentes, mas com mulheres que realmente eram belas ilustrações de força – feminina, ou melhor ainda, humana!

Na cabeça das pessoas, e na minha também na época, conceitos eram taxados e engessados. Mulher forte era mulher que aguentava muito e fazia tudo: referente à casa, família e trabalho. Em Maceió, lindo destino neste nosso imenso nordeste brasileiro, com praias de tirar o fôlego, natureza deslumbrante e hospitalidade que realmente te abraça, aprendi que nossa força não está relacionada com nossos medos e fraquezas. Nossa força deve ser definida por nossa essência. 

Minha avó Irene e minha mãe, em Maceió (Foto: Arquivo pessoal)

Num barquinho super simples, no meio de um cenário de cartão postal, minha família se divertia com as histórias do pescador que liderava nosso passeio e com a expressão de terror de minha avó Irene, vestindo dois casacos salva-vidas e segurando no colo mais uns dois. Naquele momento, onde minha mais linda referência de força feminina estava em completo estado de fragilidade e vulnerabilidade, eu entendi que nossa força não está relacionada às nossas habilidades ou capacidades, mas sim a nossas conquistas (pequenas ou grandes) diárias.

Naquele dia, durante uma de minhas jornadas e aproveitando as experiências que outros lugares nos proporcionam, me “desprendi” de rótulos colocados pelas pessoas e sociedade e me fortaleci com o aprendizado de que somos muito mais do que os outros conseguem ver em nós. Naquele dia, eu só via ainda mais a “força” de minha avó! ELA ESTAVA NO BARCO!!! Olha que incrível!! O resto era apenas detalhe e dramatização que focamos sem necessidade.

Um conselho: da maneira que for… viaje sempre que puder!

Gisele Abrahão é uma viajante do mundo, empreendedora consciente, criadora do prêmio Impactos Positivos e idealizadora da plataforma Lugares pelo Mundo.

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