O Ibovespa avançou com alta nesta sexta-feira (10), embalado pela divulgação da inflação oficial medida pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo – abaixo do esperado em novembro.
O índice veio a 0,95%, enquanto o mercado o aguardava em torno de 1%. Parece pouca diferença, mas serviu como um alívio para os investidores.
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Na verdade, uma esperança ou uma luz no fim do túnel de que o Banco Central, talvez, não aumente tanto a taxa básica de juros em 2022.
Esta semana, o Comitê de Política Monetária – Copom – do Banco Central elevou em 1,5 ponto percentual a taxa básica de juros – a Taxa Selic – para 9,25% ao ano. No início do ano estava em 2%.
Não surpreendeu o mercado no percentual, mas sim nas palavras do comunicado.
O BC demonstrou uma preocupação enorme com a inflação em 2022 e 2023, o que levou todo mundo a apostar em doses doloridas de altas dos juros em cada uma das reuniões do ano que vem.
Por tudo isso, um IPCA mais suave causou comoção de alegria no mercado de renda variável.
Mas este assunto é doméstico. O chumbo grosso global será na próxima semana com a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto – FOMC na sigla em inglês – do Federal Reserve, o banco central norte-americano.
Lá, o presidente Gerome Powell está prestes a aumentar a taxa básica de juros e afetar investidores em todo o mundo.
Esta taxa que lá é chamada de Fed Funds está perto de zero desde o auge da pandemia como forma de ajudar na recuperação da atividade econômica.
Mas, com indicadores daquele país vindo positivos, o Fed deve mesmo antecipar esta alta dos juros e o fim dos incentivos à economia para controlar a inflação lá que também assusta.
A reunião do Fed será na próxima quarta-feira (15) às 16h, horário de Brasília.
Até lá, o mundo das finanças viverá clima de expectativa e tensão.
Como não somos uma ilha, é bom o investidor de bolsa de valores brasileira ficar atento a todos estes movimentos.
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