Ibovespa sobe após IPCA abaixo do esperado e marca segunda semana seguida de alta

Índice acionário brasileiro fechou o dia com alta de 1,38%, mas giro financeiro fica abaixo da média
JOB_03_REDES_SOCIAIS_EQL_AVATARES_QUADRADOS_PERFIL_v1-02

O Ibovespa voltou a subir hoje (10) e teve sua segunda semana consecutiva de alta, após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançar em novembro menos do que o esperado por economistas.

O Ibovespa também teve suporte de sessão positiva em Nova York, à medida que um dado de inflação nos EUA em linha com as expectativas amenizou temores de que o Federal Reserve antecipe um aperto da política monetária para conter pressão nos preços.

Conheça a plataforma de educação financeira e emocional EQL Educar. Assine já!

O Ibovespa subiu 1,38%, a 107.758,34 pontos. O giro financeiro da sessão ficou novamente abaixo da média recente, em R$ 22,1 bilhões. 

Na semana, o índice avançou 2,56%. “O Ibovespa está muito descontado, em qualquer métrica de ‘valuation’ que usar, mas não acho que esse desconto fecha todo”, diz Cesar Mikail, gestor de renda variável da Western Asset. Ele afirma que há espaço para o Ibovespa estender a recuperação, mas aponta questões que podem segurar o desempenho como a incerteza sobre o patamar de juros no Brasil e no exterior e as eleições presidenciais.

Já em alta desde a abertura após o IPCA abaixo do estimado, o Ibovespa ganhou tração após dado de inflação nos EUA.

O avanço de 0,95% do IPCA em novembro ante outubro foi o pico para o mês desde 2015, segundo o IBGE. Ainda assim, o dado trouxe alívio – e ajudou na queda dos juros futuros -, já que a estimativa de economistas era de alta de 1,08%, pela pesquisa Reuters. Em 12 meses, a taxa atingiu 10,74%, ante projeção de 10,88%.

Os números vieram na esteira de um tom mais duro adotado do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) sobre a inflação, que derrubou o Ibovespa na véspera. O Copom subiu a Selic em 1,5 ponto percentual na quarta-feira, e indiciou novo ajuste de mesmo porte para sua próxima reunião, mencionando aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas de inflação para prazos mais longos. “Acho que o mercado deu uma respirada técnica, mas vamos olhar os próximos números”, diz Mikail sobre a reação ao IPCA na sequência do Copom.

Dos EUA veio o outro dado de inflação que movimentou os mercados. O índice de preços ao consumidor do país subiu 0,8% em novembro, ante estimativa de 0,7% em pesquisa Reuters. O avanço praticamente em linha com as estimativas amenizou alguma pressão sobre o banco central norte-americano na direção de um aperto mais agressivo da política monetária.

Na semana que vem, membros do Federal Reserve tem a última reunião para no ano. O mercado aguarda por informações sobre o ritmo da retirada de estímulos — compras mensais de títulos — pelo Fed e busca pistas sobre quando os juros podem subir.

O Nasdaq, o S&P 500 e o Dow Jones avançaram entre cerca de 0,5% e 1%. Na Europa, bolsas caíram diante de preocupações com a ômicron e estendendo certa cautela após um início de semana de altas fortes para os índices acionários do continente.

LEIA MAIS: Wall Street fecha em baixa à espera de dados de inflação e de reunião do Fed

Destaques

– BANCO PAN PN disparou 15,3% e foi a maior alta do Ibovespa em percentual. MÉLIUZ ON subiu 14,9%, LOCAWEB ON apontou ganhos de 7,7% e BANCO INTER UNIT teve alta de 6,4%. BTG PACTUAL UNIT subiu 6,85%.

– EZTEC subiu 9%, CYRELA fechou em alta de 5,9%, MRV ON evoluiu 5,3% e JHSF avançou 5,2%, em outro setor sensível ao movimento nos juros.

– NUBANK subiu 14,7%, marcando nova alta na Bolsa de Valores de Nova York em seu segundo dia de negociações. Na B3, os BDRs do banco digital avançaram 14,54%.

– DEXCO ON disparou 8,15%, após o conselho de administração da companhia aprovar antecipação de pagamentos de proventos aos acionistas relativos a 2021 no valor de R$ 878,4 milhões. A empresa também aprovou bonificação de 10% das ações.

– MAGAZINE LUIZA ON chegou a operar no negativo em boa parte da sessão, mas fechou em alta de 1,43%. VIA ON subiu 2,24%, AMERICANAS ON avançou 1,9% e LOJAS AMERICANAS PN subiu 2,74%.

– ITAÚ UNIBANCO PN cresceu 0,14% e BANCO DO BRASIL ON subiu 1,5%, enquanto BRADESCO PN cedeu 0,4%, e SANTANDER BRASIL UNIT teve queda de 0,16%. Bradesco divulgou proventos aos acionistas na quinta-feira à noite e o Itaú nesta sexta, após o fechamento do mercado.

– B3 ON subiu 5,7%, após divulgar projeções para 2022 e anunciar uma recompra de ações. A empresa estima maior investimentos em novas iniciativas e negócios, em comparação à este ano, mas projeta queda nos investimentos em suas atividades principais. Além disso, a B3 anunciou na véspera uma recompra de até 250 milhões de ações em 12 meses.

– PETROBRAS PN subiu 1,2% e a ação ON avançou 1,3%. O contrato futuro do petróleo Brent fechou em alta de 0,98%.

– CSN ON caiu 0,3% após ter sido uma das poucas a subir na véspera na sequência de encontro com analistas e investidores. VALE ON subiu 0,6%, apesar da queda dos futuros do minério de ferro nas bolsas da Ásia.

– WEG ON e NATURA ON caíram 1,9% e 1,54%, respectivamente, e foram as maiores baixas em percentual do índice.

(Com Reuters)

Fique por dentro de todas as novidades da EQL

Assine a EQL News e tenha acesso à newsletter da mulher independente emocional e financeiramente

Baixe gratuitamente a Planilha de Gastos Conscientes

Compartilhar a matéria:

×