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Não existe uma receita de bolo quando o assunto é empreender, mas algumas dicas de amiga podem fazer toda a diferença nessa caminhada
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Estudar o mercado e a concorrência, colocar tudo na ponta do lápis e aprender sobre gestão são forma de criar negócios de sucesso

Ouvimos diariamente que empreender não é uma tarefa fácil, ela exige muita disposição, dedicação e coragem. De fato, se aventurar em um novo negócio, ainda mais próprio, é uma empreitada que nem todos conseguem executar com sucesso.

Parte disto é porque, como várias coisas na vida, não existe uma fórmula secreta ou uma receita de bolo capaz de dizer com exatidão como tudo deve ser feito — até porque somos diferentes e cada negócio também é único por si só.

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Apesar de não ser jogo com passos definidos, existem processos que podem ajudar quem deseja conquistar sua independência profissional e trilhar esse caminho — e é isto que você vai aprender neste artigo.

  • O que é o empreendedorismo
  • Mulheres e o empreendedorismo
  • Ideia e viabilidade
  • Conhecendo o mercado
  • Plano de negócio
  • Linhas de crédito
  • Colocando a mão na massa
Quer começar a empreender

O que é o empreendedorismo

Engana-se quem pensa que empreender é simplesmente abrir um negócio — claro que isso também faz parte, mas o empreendedorismo vai muito além. É igual ter o primeiro filho ou sair da casa dos pais: a gente descobre novas responsabilidades e passa por perrengues que ninguém nos alerta sobre.

O empreendedorismo surgiu no século 17 junto com o processo de industrialização trazido pela Primeira Revolução Industrial. Naquela época, pessoas que não eram fornecedoras de capital, geradoras de valor, passaram a fazer acordos com instituições e órgãos para fornecer novos produtos. Ou seja, a partir dali surgia a ideia de oferecer mercadorias dentro dos próprios termos –sem a participação dos detentores de capital e com um plano de negócios e investimento próprios.

O termo “empreendedorismo” foi proposto em 1945, ano em que chegaram ao fim os conflitos da Segunda Guerra Mundial, pelo economista Joseph Schumpeter.

Para o economista Robert D. Hisrich, conceitualmente, empreender significa criar algo diferente com a dedicação de tempo e esforços para isto, assumindo os riscos atrelados a esta atividade (financeiros, sociais e psicológicos) e, em caso de sucesso, gerar capital.

Mulheres no empreendedorismo

Diferente de muitos espaços profissionais, sociais e econômicos onde ainda somos minoria, o empreendedorismo é um local de forte e crescente presença feminina. Segundo a pesquisa Donos de Negócio no Brasil, que usa como base os dados da Pnad de 2016, o número de mulheres que mergulharam em novos negócios cresceu 34% entre 2001 e 2014, contra 14% para os homens.

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Outro levantamento feito em uma parceria entre o Sebrae e Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta que nós, mulheres, somos as grandes inovadoras deste momento pandêmico no qual vivemos.

Os dados do estudo, coletados entre setembro e outubro do ano passado, revelam que 42% das empreendedoras consultadas passaram a oferecer um novo tipo de produto ou serviço no período de crise, contra 37% dos homens.

Outra importante constatação da pesquisa FGV/Sebrae é sobre o ramo de atividade escolhida pelos gêneros. Enquanto quase metade dos homens prefere atuar no ramo de serviços, a mesma proporção de mulheres concentra suas atividades na área de comércio.

Tendo em vista que temos uma capacidade imensa para dominar o mundo do empreendedorismo, por que não se aventurar em um novo negócio, mas munida de informação e preparo? Porque, mesmo com essa habilidade, 86% das empreendedoras não se planejam antes de começar um negócio, conforme pesquisa Empreendedoras e seus negócios (2018), da Rede Mulher Empreendedora. A ideia aqui é alçar voos altos e chegar ao topo da satisfação pessoal, profissional e financeira.

Ideia e viabilidade

Primeiro de tudo, entenda qual é o seu negócio! Isso não significa estar apenas por dentro da parte burocrática da coisa toda ou entender o mercado no qual deseja se inserir. Entender qual é o seu negócio é também identificar quais são suas melhores habilidades e o que você executa com prazer e excelência, para aí então formular uma ideia que esteja dentro do que você acredita.

Como já comentamos, sua proposta tem que ser inovadora e apaixonante o suficiente para mantê-la motivada e cheia de garra. Mas também é preciso estar atenta ao quão viável é sua proposta de negócio. Muitas vezes, inovar não é reinventar a roda, mas fazê-la funcionar de uma forma diferente.

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Por exemplo: se você adora moda, criar combinações de roupas e descobrir aquela peça que vai bem em todas as ocasiões, em vez de abrir um negócio de venda de roupas, por que não comercializar um pacote de looks, e não uma única peça, totalmente pensado para o perfil e necessidade de quem a procura?

Agora que temos uma ideia apaixonante e inovadora, precisamos entender se ela é viável — essa é a parte onde fantasia e realidade são separadas. Sonhar é bom, mas é importante ter os pés no chão!
No site do Sebrae, você consegue, de forma muito simples, consultar se sua ideia de negócio é viável por meio de um simulador que procura entender a atividade que você deseja exercer, os ganhos desejados, o tipo de empresa que será aberta e seu regime de impostos e os demais custos previstos na operação. É só clicar aqui para calcular a viabilidade do seu empreendimento.

Conhecendo o mercado

A única coisa que cai do céu é a chuva. Então, para começar um negócio é preciso estudar muito, minha filha. Por isso, procure estar munida de informação para não ser pega de surpresa por algo não calculado.

Nesta etapa, é importante conhecer muito bem o seu produto, o diferencial dele. Entenda se existe demanda e quais são seus concorrentes. Mas tenha em mente que a concorrência não é sua inimiga! Estar por dentro de outros negócios, cujas propostas são parecidas com o que você oferece, serve para melhorar seu produto e trabalhar diferenciais.

Outro ponto importante que entra na área do estudo de mercado, é saber a melhor forma de trabalhar seu negócio. Se for por meio de canais digitais, qual o melhor deles? Se for por meio de um ponto físico, qual o local ideal, levando em consideração questões como custo, acesso e fluxo de pessoas que são potenciais clientes.

Plano de negócio

Aqui mora o que muitas pensam ser um bicho de sete cabeças. Fique tranquila, vamos reduzir essas cabeças a apenas três. Pense sempre que se planejar não é para ser uma tarefa difícil, é para entender onde estamos e como vamos chegar aonde queremos.

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O plano de negócios nada mais é que um documento onde deve ser descrito o objetivo do empreendimento e como vamos fazer para alcançá-los.

Aqui você deve levar em consideração a realidade dos pontos: autoavaliação, a razão de ser do seu negócio e o quão viável economicamente ele é, com muita sinceridade.

Para abordar estes três tópicos, é preciso colocar na balança e na ponta do lápis quanto de capital você dispõe para iniciar seu negócio, qual será o gasto inicial e quanto sua operação vai custar por mês. Assim você vai conseguir entender se é necessário apertar os cintos e como vai acontecer o dia a dia dessa nova empreitada. Ah, não esqueça de considerar o capital de risco e suas despesas pessoais.

Linhas de crédito

Às vezes, iniciar um negócio pode ser mais difícil se não tivermos a quantia necessária para respirar com alívio. Tenha em mente que obter linhas de crédito nem sempre é fácil, mas existem algumas dicas que podem facilitar esse processo.

Primeiro de tudo: você precisa de mercadorias ou materiais de uso recorrente e rotativo para iniciar seu negócio, certo? Antes de apelar para um empréstimo ou qualquer coisa do gênero, tente negociar prazos de pagamento com seu fornecedor.

Por exemplo: suponhamos que você está começando uma loja de sapatos. Ao comprar uma quantia de mercadoria, tente negociar essa transação para pagamentos em 30, 60 e 90 dias. Quem sabe até trabalhar com parcelas crescentes, onde a primeira parcela é mais baixa, a segunda é um pouco mais alta e assim por diante. Aqui, o ponto de atenção deve ser a taxa de juros cobrada dentro das condições.

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O parcelamento da compra é uma boa estratégia porque, conforme seu estoque é vendido, você vai adquirindo o valor necessário para quitar essa obrigação.

Se sua opção for por um financiamento, estude muito bem suas necessidades e a possibilidade de arcar com esse compromisso. E perca o medo de buscar linhas de financiamento quando necessário. Só para se ter uma ideia, 45% das mulheres não solicitam empréstimos com instituições financeiras com medo de dívidas, conforme a pesquisa Empreendedora e seus negócios. Mas nada melhor que se munir de informações e buscar crédito sim quando necessário. Até para o negócio crescer. Mais uma vez, atenção às taxas de juros. Aqui, a chave também é apresentar garantias à instituição na qual pretende obter crédito.

Colocando a mão na massa

Depois de muito planejamento, estudo de possibilidades e estratégia, e um produto final bem trabalhado, é hora de colocar seu negócio para funcionar e, para isso, é preciso fazer o registro da sua empresa e formalizar seu negócio.

A formalização é um grande passo para levar segurança e seriedade para o seu negócio.

Ter um empreendimento registrado também pode ajudar a obter parcerias e, consequentemente, retornos financeiros maiores e mais sólidos. Ela também facilita na obtenção de linhas de crédito e na hora de receber subsídios do governo.

Clicando neste link, você vai entender o passo feito pelo Sebrae para formalizar seu negócio, seja ele um registro de microempresa ou de Microempreendedor Individual (MEI).

Bons negócios!

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