A hora de virar chefe: como fazer um plano de negócios

Este importante documento de planejamento é capaz de conferir profissionalismo ao seu negócio e mantê-la motivada para alcançar seus objetivos enquanto empreendedora
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AnnaStills/Envato Elements
Entender todos os passos necessários para um plano de negócios e executá-lo com maestria pode ser o x da função do sucesso e da solidez para o empreendimento

Se você passa o dia e a noite pensando naquela super ideia que pode virar um bom negócio e até sua principal fonte de renda, esse artigo é para você! 

Você já deve ter percebido que começar algo novo não é fácil, ainda mais quando não existe uma fórmula, um passo a passo exato e certeiro que se aplique a todo e qualquer empreendimento. Entretanto, há pontos que são comuns a todos eles, como estudar o mercado, a concorrência, entender os custos da operação e a viabilidade de tudo isso.

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Também tem mais um detalhe que faz toda a diferença e pode fazer virar uma chavinha entre apenas comercializar algo e ter um verdadeiro empreendimento –esse detalhe é o plano de negócio.

Pode parecer difícil e complexo, mas vamos com calma que chegaremos lá. Entender todos os passos necessários para um plano de negócios e executá-lo com maestria, pode ser o x da função do sucesso e da solidez.

Neste artigo, você vai entender ponto a ponto tudo o que você precisa para montar um plano de negócio, assim como o que ele representa para sua empresa.

  • O que é e para que serve um plano de negócio
  • Sumário executivo
  • Análise de mercado
  • Plano de marketing
  • Plano operacional
  • Plano financeiro
  • Construção de cenários
  • Avaliação estratégica
  • Avaliação do plano de negócios
A hora de virar chefe: como fazer um plano de negócios

O que é e para que serve um plano de negócio

O plano de negócio é um documento, cuja função é descrever os objetivos do seu empreendimento e as estratégias que você pretende utilizar para chegar lá. 

Ele é, basicamente, um planejamento, o que ajuda muito a entender onde estamos, quais são nossas fraquezas e fortalezas,  como podemos agir diante de problemas que surgem durante o dia a dia da operação e até nos ajuda a conseguir sócios para a iniciativa. Ter um plano de negócios é sinal de seriedade e profissionalismo.

Por ser um relatório que mostra nosso cenário, ele também é um forte aliado para nos mostrar o melhor caminho para seguir, assim como a viabilidade do negócio e até possibilidade de sucesso da empresa.

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Plano de negócios é sinônimo de planejamento. Se nos planejamos até para ir ao salão de beleza, vale a pena dedicar um tempo para chegar o mais próximo de garantir que tudo vai dar certo na sua empresa, né?

Sumário

O sumário é o começo e o fim. Ele é a primeira parte de um plano de negócios mas também a última a ser formulada por ser um resumo de todo o conteúdo do documento.

Nele, você deve descrever em no máximo três páginas os principais pontos do seu plano de negócios, como o que é a empresa, os produtos que oferece, quem são seus clientes, o capital investido para começar a funcionar, a projeção de faturamento e lucro e o retorno sobre o valor investido.

Outras informações que fazem parte do sumário são os dados da empresa e do empreendedor. Esta parte compreende um breve perfil da dona do negócio, com dados pessoais, experiência e atribuições. Sobre o negócio, as informações que devem ser apresentadas são os dados do empreendimento, a missão, o setor atuante, a forma jurídica, em qual forma de tributação o empreendimento se enquadra, o capital social e a fonte dos recursos.

Análise de mercado

A análise de mercado é uma das partes mais importantes porque ela corresponde à parte que faz ou não o seu negócio crescer. Nela, você deve apresentar um estudo sobre seus clientes, fornecedores e concorrentes.

Aqui você deve identificar não só o perfil do seu cliente, mas também o que o leva a consumir seu produto ou serviço, onde eles estão concentrados. A chave é focar no que representa a parte mais expressiva da sua clientela.

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No que tange o estudo dos fornecedores, o importante é descrever todos que estão envolvidos no fornecimento de insumos para produção e operação da sua empresa. Este levantamento é importante não só para o plano de negócios, mas também para que você possa entender se está trabalhando com as melhores opções do mercado.

Quanto à concorrência, aqui você deve observar quem são e como atuam, identificando os pontos fortes e fracos. Esta etapa é importante para entender se sua empresa é capaz de competir com outras que já estão em atividade.

Plano de marketing

O plano de marketing corresponde à descrição dos produtos e serviços oferecidos, assim como os preços que serão praticados, as estratégias de divulgação, como esse produto será comercializado e onde está situada fisicamente a sede do seu negócio.

Nesta etapa, é importante detalhar todos os aspectos dos seus produtos ou serviços, e a formulação do preço deve demonstrar que foi levado em consideração o custo, o retorno desejado e quanto seu cliente está disposto a pagar por ele.

As estratégias de divulgação do plano de marketing apresentam de que forma você pretende fazer com que seu cliente conheça seu produto e escolha consumí-lo. Aqui vale identificar qual canal se encaixa melhor de acordo com o perfil do seu cliente –anúncios nas redes sociais, catálogos, amostras grátis e etc. Mas lembre-se: tudo implica e a escolha da melhor forma de divulgação deve levar em consideração o retorno, como aumento no número de clientes ou receita.

Já o canal de comercialização diz como o produto vai chegar fisicamente até o cliente. Por meio de vendedores externos, internos, representantes etc.

Plano operacional

Esta parte do plano de negócios é onde ficam as informações sobre a distribuição física dos setores do seu negócio e dos colaboradores dentro da empresa. Um layout bem definido serve para demonstrar a eficiência de produção, armazenamento e produtividade. Aqui, vale a pena fazer um desenho da planta do seu negócio com o descritivo de cada área.

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Ainda no tópico do plano operacional estão outros pontos como a capacidade de produção e comercialização que a infraestrutura da empresa comporta, os processos operacionais, ou seja, como as atividades estão previstas para acontecer em cada espaço, e quantas pessoas estarão envolvidas na rotina da empresa.

Plano financeiro

O plano financeiro é aquele recorte que funciona como a descrição detalhada da fatura do cartão de crédito. Aqui precisamos de muita atenção e sinceridade para não nos autossabotarmos e fingirmos que vai dar tudo certo, mesmo que os números provem o contrário.

Ele deve conter, detalhadamente, registros sobre o investimento total do negócio, que compreendem estimativas sobre os investimentos fixos, o capital de giro e os investimentos pré-operacionais.

Para além da parte do dinheiro investido, o relatório deve conter estimativas sobre os resultados da empresa, como o faturamento, custos de insumos diretos e terceirizados para a produção, custos fixos para o funcionamento e gastos gerados para a comercialização do bem ou serviço.

Também é importante detalhar neste campo o valor da mão de obra do pessoal que faz parte do seu time e a depreciação das ferramentas que fazem parte da sua produção –como máquinas, imóvel onde está situada a empresa e os veículos.

O plano financeiro também serve para demonstrar o resultado financeiro da empresa e indicar sua viabilidade. Dentro dos indicadores de viabilidade devemos descrever o ponto de equilíbrio do negócio –que é dado por quanto é preciso faturar para arcar com os custos fixos por um período de tempo determinado– a lucratividade, a rentabilidade e o tempo estimado para obter retorno sobre o investimento feito.

Construção de cenários

Se você chegou até aqui é porque já venceu a parte mais difícil do plano de negócios. A partir daqui, é ler tudo que foi relatado e pensar nas possibilidades.

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A etapa de construção de cenários serve para você simular valores e situações sob as quais sua empresa está sujeita. A ideia é simplesmente dizer o pior e o melhor que pode acontecer com base em tudo que já foi apresentado e, a partir disso, elaborar saídas antecipadas para os problemas ou ações que possam impulsionar uma boa onda de faturamento.

Avaliação estratégica

A avaliação estratégica é literalmente a parte FOFA do plano de negócio. Aqui você vai avaliar e descrever quais são as Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças ao seu negócio. A ideia dessa matriz é esquematizar em quadrantes –quatro quadrados iguais– os fatores favoráveis e desfavoráveis da sua empresa, sejam eles internos ou externos.

Avaliação do plano de negócio

Este documento extenso e trabalhoso é um espelho de como seu empreendimento vai caminhar de acordo com todas as informações que constam nele. Se o cenário não parece bom, repense e refaça. Mude de caminho quantas vezes for necessário, buscando sempre a viabilidade do seu negócio. Não tenha medo de tomar novos caminhos, até porque, na vida, nada é permanente, tudo está em constante mudança –inclusive as tendências de mercado e comportamentos de consumo.

Por fim, leve seu plano de negócio como um guia, um norte para você nunca esquecer qual é o seu objetivo. Use-o como instrumento de planejamento, consulta e motivação. É importante revisar seu plano de negócios anualmente. Para confirmar se está seguindo o que foi estipulado ou se precisa ser ajustado. Claro que se houver alguma grande mudança no mercado, como uma pandemia, por exemplo, essa revisão pode acontecer antes.

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