Empreendedoras criam coletivo para estimular desenvolvimento das femtechs brasileiras

Grupo busca fortalecer o panorama de startups femininas por meio de uma série de ações de incentivo
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Femtechs
Número de startups brasileiras criadas por mulheres é menor do que 5% (Foto: Marina Ratton/ Divulgação)

No Brasil, apenas 4,7% das 13 mil startups em operação atualmente foram fundadas exclusivamente por mulheres, segundo dados do Female Founders Report 2021, do Distrito Dataminer. Para mudar essa realidade e incentivar o crescimento das femtechs negócios que unem tecnologia e inovação para levar soluções de saúde e bem-estar às mulheres – seis empreendedoras anunciaram um manifesto.

Além do texto divulgado publicamente, Marina Ratton e Marina Sampaio, fundadoras da Feel, Amanda Sadi, fundadora da Fertilid, Elisa Spader, fundadora e CEO da Yuper, Marília Ponte, CEO da Lilit, e Lettycia Vidal, fundadora e CEO da Gestar, criaram, ainda, a Associação das Femtechs Brasil, organização que tem o objetivo de alavancar o empreendedorismo e os investimentos em negócios de mulheres. 

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Outra iniciativa foi a criação do selo “Femtechs Brasil, Negócio de Mulher”, que dá às participantes o direito de fazer parte de uma rede de companhias focadas no bem-estar e na saúde da mulher. Por fim, as empreendedoras lançaram o site “Femtechs Brasil”, que reúne essas empresas para que elas sejam encontradas mais facilmente. 

Atualmente, existem apenas 23 femtechs no Brasil, avaliadas em cerca de US$ 5,8 bilhões, segundo dados da Frost & Sullivan. “Antes de sermos empreendedoras, somos ativistas. Estamos criando a mudança que acreditamos ser necessária, após termos sentido na pele as dores e os desafios de montarmos nossos próprios negócios”, diz Marina Ratton. 

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Para Marília Ponte, uma das fundadoras do grupo, a revolução proposta por elas vai além do estímulo à criação de produtos e serviços para as mulheres. Ela está relacionada à construção de um novo discurso sobre saúde e sexualidade. Já para Amanda Sadi, tudo que envolve a mulher e seu corpo foi historicamente negligenciado e está na mão de todo mundo, menos nas das próprias mulheres. “Já passou da hora de assumirmos o protagonismo dos nossos corpos e pensarmos em soluções que tenham como ponto de partida, justamente, as dores e prazeres de ser mulher”, diz.      

Veja, a seguir, o manifesto na íntegra:


FEMTECH: UM NEGÓCIO DE MULHER

Nosso tempo está logo à frente.
Barreiras não nos assustam. Caminhos nós desbravamos.
Antes de empreendedoras, somos ativistas,
Movidas por criar soluções que desconstroem tabus.
Questionamos o mundo, a partir das perguntas que nascem em nós.

As femtechs são negócios femininos.
Femininos como são as ideias, as mudanças e as revoluções.
Mas ainda estamos em formação.
Há pouco mais de 20 de nós desbravando esse mercado.

Criamos produtos e serviços diversos, inclusivos e necessários.
Da menarca à menopausa.
De lubrificantes íntimos a soluções para fertilidade.
De acompanhamento do ciclo menstrual a prazer feminino.

Lideramos empresas baseadas em tecnologia e inovação, com uma nobre missão:
ajudar outras mulheres a encontrarem sua definição de bem-estar e prazer.

Para nós, mais é melhor.
Em círculo, como no início do mundo.
Conectando e potencializando parceiras de negócios, clientes e investidoras
que acreditam no impacto de negócios de, por e para mulheres.

Desse ponto em que estamos, já podemos ver.
O potencial dessa indústria é do tamanho das mulheres. Gigante.
Esse é o caminho que escolhemos para empoderarmos uma nova geração feminina.
Uma geração que já nasce livre, se constrói no caminho e continua desbravando.
Pela frente, temos todo o mundo.

Femtechs Brasil. O futuro é feminino.

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