Quando falamos em investimento, é muito comum pensar logo em duas coisas: ações da bolsa de valores ou aquelas opções dentro do próprio banco. Mas você sabia que tem como investir dentro do governo? Estamos falando do Tesouro Direto, considerada a opção mais segura de investimento atualmente.
Para te ajudar a entender mais dessa modalidade de ganhar dinheiro com suas economias, recebemos em nosso podcast Rogério Cerón, economista e Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda do Brasil.
Antes de entender o que é o tal do Tesouro Direto, primeiro precisamos entender o que é o Tesouro Nacional. “Ele tem o papel de muitas mulheres que são chefes de família, responsáveis por pagar as contas no final do mês, gerir todos os pagamentos, as obrigações, garantir que o dinheiro vai dar”, explica Rogério, de forma simplificada.
Ou seja, esse órgão é o responsável por cuidar de todo o dinheiro que entra e sai do Governo Federal. “É a gestão centralizada do recebimento de recursos e das despesas que o Governo Federal tem, para, no final do mês, tudo se equilibrar”, completa o secretário.
E gastos a gente sabe que o governo tem muito. Mas de onde entra o dinheiro? Além dos impostos, uma forma de financiar as inovações do Brasil é através de títulos, que são vendidos no tal Tesouro Direto. “Tudo que o governo precisa para investir em educação, saúde, segurança, ele precisa arrecadar através de impostos ou títulos. É como se fosse um crédito que eles liberassem para a população, para irmos lá e comprar. Em troca, eles nos pagam juros no final deste período. Então, através disso, você financia o governo [e ainda ganha dinheiro em troca]”, explica Francine Mendes, economista, empreendedora e CEO da Elas que Lucrem.
Como apontado por Rogério Cerón, apesar do investimento no Tesouro Direto ser considerado um dos mais seguros, ele ainda não é uma das primeiras opções pensadas pelas famílias quando falamos em investir dinheiro. Para o secretário, isso acontece por dois motivos: o primeiro é um certo costume que já vem há anos do brasileiro com a poupança, com o achar que essa é a melhor e única forma de guardar dinheiro. O segundo seria a proximidade das famílias com gerentes de bancos, que, visando também seu lucro, tendem a sempre recomendar investimentos dentro do próprio banco, sem mostrar as possibilidades de olhar para fora desta instituição.
“Agora, com a internet e as redes sociais, você tem outra capitalidade. Com as plataformas, você consegue enxergar outras possibilidades. Conseguimos oferecer informação e o produto adequado”, reforça Cerón, com otimismo. A questão, no entanto, é que, mesmo com a informação já disponível, muitas pessoas ainda não procuram por ela ou, até mesmo, não sabem que ela existe.
Você pode investir sozinha
Hoje em dia, o Tesouro Direto, por exemplo, passou por uma mudança de linguagem para torná-lo mais didático e acessível. Atualmente, por meio de simuladores disponíveis no site, você consegue enxergar qual a melhor opção de investimento pelo valor exato que pretende investir – seja R$ 30 no mês ou R$ 3.000. É literalmente uma calculadora, em que você coloca suas condições e ela mostra quanto ganharia em quanto tempo, apresentando diferentes opções para investir. Nela, você pode simular diferentes situações, condições e objetivos futuros.
“O Tesouro é o investimento mais exageradamente seguro que existe no país, isso é inegável. Nada é mais seguro, você não tem o risco de ficar sem esse recurso, como pode acontecer em outros instrumentos”, reforça o secretário. Como ele mesmo apontou, já vimos bancos falirem e, até mesmo, a tomada de dinheiro da poupança, coisas que nunca aconteceriam no Tesouro Direto. Tudo isso porque, por ser um órgão do governo, eles conseguem dar uma garantia maior de que você vai receber exatamente o que contratou, com a segurança do Tesouro Nacional.
E o retorno é garantido, Francine reforça que, em longo prazo, contando 15 ou 20 anos, o valor investido pode aumentar quatro, cinco vezes mais. E, com a vinda da tecnologia, tudo fica mais fácil, ou seja, você pode fazer isso sozinha, sem a necessidade de contratar um profissional para cuidar do seu dinheiro ou pedir ajuda para algum parceiro ou amiga.
É você que lucra! E lucae muito, sabendo como está lucrando e para onde seu dinheiro está indo. “Acho que meu principal recado para as mulheres é: busquem informação. Você que é mãe solo, está lutando para pagar as contas, somado com ainda estarmos em um pós-pandemia, eu sei que não é fácil. É difícil falar sobre poupança em muitas situações, mas, como disse, R$ 30 que você reserva no seu mês, cria o início de um processo que pode ser transformador para sua família”, completa o secretário.
Para saber mais informações sobre possibilidades de investimentos e inovações pensadas pelo Tesouro Nacional para os próximos anos, é só assistir nossa entrevista com Rogério Cerón na íntegra, em que ele explica tudo isso e muito mais.
