Apresentadora Ana Hickmann revela em primeira entrevista detalhes sobre seu relacionamento abusivo e o que a levou a romper com esse ciclo de violência.

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Ontem, a apresentadora Ana Hickmann se pronunciou pela primeira vez sobre a agressão que sofreu no início do mês de seu ex-marido.  Infelizmente, muitas mulheres já sentiram na pele essa dor. Quase 30% das brasileiras já sofreram algum tipo de violência, o que equivale a cerca de 18,9 milhões de pessoas.  Ao contrário de Ana, porém, grande parte tem medo de romper esse ciclo e tornam-se reféns de relacionamentos abusivos por serem dependentes emocional e financeiramente de seus companheiros.

Além da violência física, Ana também descobriu uma violência patrimonial, com inconsistências em suas empresas e também relatou diversas situações de assédio moral, com comentários a respeito de sua aparência, com as quais conviveu por anos. Ela cita: 

“Se o cara que fala que te ama olha pra você e fala que você tá gorda, fala você ta com quantas arrobas… isso não é brincadeira, não é elogio…”.

Por ter crescido em um lar violento, Ana entendeu que não queria continuar nesse ciclo de violência:

“Eu jurei que nenhum homem ia tocar em mim para me machucar, mas eu me permiti ser abusada de outras formas”, disse ela.

Vale lembrar também que Ana se valeu de auxílio jurídico e exaltou a Lei Maria da Penha, que permite que seu processo de separação e divórcio sejam muito mais rápido que um processo comum. Além disso, acionou uma medida protetiva para protegê-la fisicamente, após orientação de seus advogados.

Por fim, Ana Hickmann também citou que estava com sua saúde emocional muito fortalecida por ter tido acesso a apoio adequado, que ajudou a entender que tudo o que escutava do então marido não passavam de insultos, distantes da sua realidade.

Ana se afastou do agressor e conseguiu inspirar suas admiradoras a também terem coragem, mas, não sem antes garantir que estava segura juridicamente, emocional e fisicamente. Todas as mulheres podem e devem criar condições para estarem prontas caso em algum um momento enfrentem situações desafiadoras como essa. A boa notícia é que não é preciso ser rica para isso. Há muitos caminhos para a independência, bem como gente honesta disposta a ajudar nessa trajetória. A própria Ana cita: 

“Hoje eu entendo que muitas mulheres vão à delegacia prestar queixa e depois voltam atrás. E não é por medo do agressor, é por que as pessoas te fazem fazer isso. Ele é o pai do seu filho, olha o escândalo, o que as pessoas vão falar, você acabou com a vida dele. A gente não precisa ser mulher de malandro.”

O primeiro passo é saber que o “dinheiro” precisa deixar de ser um tema essencialmente masculino. Porque não é. As mulheres representam cerca de 40% do mercado de trabalho e se envolvem em mais de 70% das decisões de compras feitas no mundo. Por isso, traga o assunto para suas rodas de conversa. Comece falando com suas amigas que mais curtem o tema. Pergunte como elas fazem, que aprendizados já tiveram. Em paralelo – ou caso não saiba quem procurar – pesquise um pouco mais sobre como desenvolver sua saúde financeira. Há serviços especializados com muitas informações sobre finanças para mulheres, como a plataforma EQL Educar, da Elas que Lucrem.

Depois, é fundamental olhar para seus ganhos e gastos como se fosse fazer a organização de um armário. Como você faz? Separa no guarda-roupa as camisetas de manga curta e as de manga comprida? Com as finanças, vale começar anotando todos os gastos fixos, as despesas que variam de mês a mês e qual seu objetivo de economia para fazer os investimentos. Entenda que esforços são essenciais. Coloque-se no lugar de tantas mulheres que vivem relacionamentos abusivos. Use isso como motivação para nunca ter que viver algo do tipo porque depende financeiramente de alguém. Veja o que é possível cortar do orçamento, desde aquele segundo plano de streaming de vídeos que você nem assiste muito ou aquela blusa que você não está realmente precisando. 

O próximo passo é começar. Não espere ter muito dinheiro ou ser especialista no tema. Com menos de R$5 por mês já é possível começar. Claro que nem todas as mulheres sofrem violência, mas todas estão sujeitas a momentos adversos. Os investimentos são sinônimo de tranquilidade, ao mesmo tempo que podem ser uma forma de ter condições de aproveitar boas oportunidades quando elas aparecerem. Pode ser assustador por ser novo, mas também pode ser libertador. Imagine só viver sem ter medo da demissão?

Uma dica de ouro é olhar para sua organização financeira, saber quanto quer investir e fazer isso logo no começo do mês, como se fosse uma conta para pagar. Não espere sobrar para que isso aconteça. Lembre-se de que há gente séria disposta a ajudar a tornar sua vida mais segura e, claro, independente. Você só precisa ter coragem de começar – antes de viver algo ruim e se arrepender de não ter começado antes.

Ana disse: “Eu precisava me cercar de segurança primeiro pra poder falar, emocional, jurídica também e física. Agora eu consigo falar” ao explicar por que demorou alguns dias para se pronunciar.”

A EQL nasce com o propósito transformador de tornar todas as mulheres independentes: Emocionalmente, Financeiramente e Fisicamente. Acreditamos que as mulheres merecem viver a vida como escolherem e são livres para fazer suas próprias escolhas. Por isso, criamos o EQL Protege, um seguro de bem-estar que conta com 12 assistências, como apoio psicológico, telemedicina, apoio jurídico, assistência contra atos violentos, educação financeira, entre outras,  além de um seguro de vida. Numa situação como a da Ana, queremos ser suporte para que cada vez mais mulheres sejam capazes de romper ciclos de violência e terem a liberdade de realizar seus sonhos e viverem tranquilas. 

Crédito da foto: Record TV.

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