Ibovespa recua com ações de consumo entre maiores perdas

Foco da sessão está na divulgação dos dados de desemprego no país e na Petrobras com alta do petróleo no exterior
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O Ibovespa recuava hoje (30), com papéis de consumo entre as maiores quedas, em meio a dados ainda elevados sobre o desemprego no país, enquanto Petrobras figurava entre os destaques positivos na esteira da alta do petróleo no exterior.

Às 11h49, o Ibovespa caía 0,61%, a 126.555,43 pontos. O volume financeiro somava R$ 8,2 bilhões.

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Tal desempenho quase zerava a alta em junho, de 0,27% até o momento, distanciando o Ibovespa das máximas registradas no começo do mês, quando renovou recordes a 130.776,27 pontos para o fechamento e 131.190,30 pontos no intradia.

No acumulado do ano, o Ibovespa ainda mostra elevação de 6,33%.

Mais cedo, o IBGE divulgou que desemprego e número de desempregados no Brasil permaneceram em taxas recordes nos três meses até abril. Apesar de esperado, tal cenário é desfavorável para uma aceleração no consumo no país.

Para o estrategista-chefe do banco digital modalmais, Felipe Sichel, contudo, nos próximos meses, a aceleração da vacinação deve ajudar no controle da pandemia e na melhora dos indicadores do mercado de trabalho.

Turbulências políticas internas também estão no radar, segundo o economista-chefe da SulAmérica Investimento, Newton Rosa, assim como os sinais de agravamento da crise hídrica, por causa dos potenciais efeitos no comportamento da inflação.

Em Wall Street, o S&P 500 trabalhava perto de máximas históricas, com dados de emprego do setor privado dos Estados Unidos mostrando um aumento acima do esperado na criação de vagas em junho, embora menor que maio.

Destaques

B2W ON perdia 3,2%, com outras varejistas também em queda, após números ainda negativos sobre a recuperação do mercado de trabalho no país. MAGAZINE LUIZA ON caía 2,45%, tendo ainda no radar anúncio de que iniciou investimentos para abrir 50 lojas no Estado do Rio de Janeiro este ano.

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CVC BRASIL ON recuava 3%, com os dados de emprego corroborando alguma correção nos papéis, que no mês ainda acumulam valorização de cerca de 13%.

ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,8% e BRADESCO PN caía 0,7%, ainda sofrendo com as potenciais mudanças propostas na segunda fase da reforma tributária. BANCO INTER UNIT subia 4,3%, após aprovar pagamento de juros sobre capital próprio e em meio a movimento recente de estrangeiros comprando participações em fintechs brasileiras.

CCR ON valorizava-se 1,1%, após acordo preliminar sobre disputas judiciais com o Estado de São Paulo envolvendo aditivos de concessões acertados em 2006. Pelo acordo, controladas da companhia se comprometeram com pagamento total de 1,2 bilhão de reais ao governo paulista.

PETROBRAS ON subia 1,5%, beneficiada pela alta dos preços do petróleo no exterior. No setor, PETRORIO ON avançava 2,7%.

VALE ON ganhava 0,5%, mesmo com os futuros do minério fechando em queda nesta quarta-feira, uma vez que os contratos acumulam o sétimo trimestre consecutivo de ganhos. No setor de mineração e siderurgia, porém, o sinal negativo prevalecia. CSN ON recuava 2%, tendo ainda no radar aquisição da Elizabeth Cimentos e Mineração.

ENERGISA UNIT caía 2,55%, após arrematar lote no leilão de projetos de transmissão de energia nesta quarta-feira, com oferta que representou forte deságio. EDP BRASIL ON, que também levou um lote, perdia 1,1%.

(com Reuters)

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