Dólar quebra série de altas e volta para R$ 5,13 antes de inflação nos EUA

Moeda norte-americana fechou a sessão em leve queda de 0,41% diante de expectativa sobre dados medidas monetárias
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O dólar fechou em leve queda hoje (10), pondo fim a uma série de três altas, mas a cotação seguiu acima de R$ 5,10, com investidores à espera dos dados de amanhã (11) sobre a inflação nos Estados Unidos que podem oferecer pistas sobre a direção de curto prazo da moeda norte-americana.

O dólar à vista caiu 0,41%, a R$ 5,1343 na venda, depois de variar entre R$ 5,1671 (+0,23%) e R$ 5,1096 (-0,89%).

A queda foi consolidada conforme os mercados de ações em Wall Street tiveram uma arrancada depois de quedas firmes mais cedo. A taxa de câmbio, aliás, por mais um dia operou de forma bastante aderente às bolsas de valores em Nova York – vistas de forma geral como vitrine maior do sentimento de investidores globais.

Por lá, os índices S&P 500 e Nasdaq Composite fecharam em alta, com o segundo avançando quase 1%. O Nasdaq, com forte peso de ações de tecnologia, tem mostrado as oscilações mais violentas nos mercados norte-americanos, uma vez que a perspectiva de elevações mais aceleradas dos juros pelo banco central dos EUA afeta sobretudo empresas com intensa alavancagem, caso das gigantes de tecnologia, com grande relevância nos índices de ações.

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A correlação entre a taxa de câmbio dólar/real e o Nasdaq para os últimos 30 pregões está em – 0,52, a menor desde abril de 2020, quando o mundo era sacudido pelo início da crise da pandemia de Covid-19. A correlação é negativa, uma vez que quedas do Nasdaq por aversão a risco seriam acompanhadas por valorização do dólar.

O real tem sido uma das moedas mais penalizadas pela recente debandada de ativos mais arriscados. Desde 20 de abril, quando operou pela última vez em torno de R$ 4,60, o dólar saltou 11,17%, reduzindo as perdas no ano para 7,88% – chegaram a ser de 17,33% no começo de abril -, mesmo com o Banco Central caminhando para elevar mais os juros, conforme indicado na ata do Copom publicada mais cedo.

“Fizemos o ajuste fino. Se vai dar mais 0,50 ponto (percentual de alta nos juros) ou 0,75 ponto, não se sabe. De toda forma, isso não muda nada o carrego”, disse Marcos Weigt, chefe de tesouraria do Travelex Bank.

“O que tem acontecido nessas últimas semanas é que a aversão a risco cresceu muito, é um movimento bem típico de ‘flight to quality’ (voo para qualidade)”, acrescentou, referindo-se à demanda por ativos considerados mais seguros, como o dólar.

Segundo Weigt, o fundamento do real é de apreciação, mas é preciso que o ambiente externo se estabilize. “Acho difícil a gente passar abaixo daquele patamar de R$ 4,60 (por dólar), mas de toda forma podemos tranquilamente ir para R$ 5, R$ 4,90”.

(Com Reuters)

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