O Brasil surgiu na 59a posição entre 63 economias do mundo no último “Anuário de Competitividade 2022” do IMD Competitiveness Center, realizado em parceria com a com a Fundação Dom Cabral (FDC). Após perder duas colocações, o país conseguiu superar apenas a África do Sul, Mongólia, Argentina e Venezuela no que diz respeito à capacidade da nação de alcançar um crescimento econômico de longo prazo.
Com isso, o Brasil acabou integrando o grupo de países menos competitivos do mundo, segundo o relatório. Entre os 15 indicadores avaliados, os apontados como mais problemáticos foram competência do governo, nível educacional e ambiente jurídico. Enquanto isso, os apontados com mais frequência na pesquisa qualitativa foram o dinamismo da economia, a abertura e atitudes positivas e ambiente favorável ao negócio.
Em comparação ao resultado de anos anteriores, os componentes com maiores avanços foram o crescimento real do PIB (de -4,1% em 2021 para 4,6% em 2022) e o crescimento real da formação bruta de capital físico (de 7,89% para 17,20%). Por outro lado, os piores desempenhos se concentram na inflação dos preços ao consumidor (de 3,21% para 8,3%) e no saldo na balança de pagamentos (de -0,86% para -1,74%, em porcentagem do PIB).
Segundo o documento, a tendência da queda brasileira no ranking é perceptível desde 2011, com um período de melhora entre 2018 e 2020. No entanto, o cenário externo turbulento, combinado com fragilidades internas da economia nacional, fizeram com que o país permanecesse entre os últimos da lista.
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Ranking foi liderado por economias europeias e asiáticas
A 34º edição do relatório foi liderada por países europeus e asiáticos, com destaque para a Dinamarca, que ocupou a primeira posição geral. O país foi sucedido pela Suíça (2º), Singapura (3º), Suécia (4º), Hong Kong (5º), Holanda (6º), Taiwan (7º), Finlândia (8º), Noruega (9º) e Estados Unidos (10º).
No panorama global, as economias mundiais apresentaram efeitos persistentes da crise sanitária de Covid-19 e das instabilidades das cadeias produtivas provocadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Com isso, o levantamento sugeriu um período prolongado de crescimento fraco e aumento do risco de estagflação, prejudicando principalmente economias de rendas média e baixa.
A maior economia do mundo, por exemplo, obteve resultados historicamente baixos. Na edição, os Estados Unidos ficaram em 40º lugar no critério de estrutura social e em 53º em finanças públicas. Em contrapartida, o país obteve o primeiro lugar nos parâmetros de infraestrutura científica e investimento internacional.
Ainda de acordo com o relatório, no geral, os países mais competitivos do mundo apresentaram em comum um desempenho relativamente estável nas categorias ligadas à produtividade, sistema de ensino e estrutura tecnológica.
Já na América Latina, o país com melhor desempenho no ranking foi o Chile (45º), seguido do Peru (54º), México (55º), Colômbia (57º), Brasil (59º), Argentina (62º) e Venezuela (63º). Segundo um relatório divulgado pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe, é esperado um desempenho econômico limitado no continente, assim como um cenário de inflação crescente. Com isso, é aguardado um aumento da pobreza na região, já acentuado em comparação ao resto do mundo.
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