Durante a Segunda Guerra Mundial, mulheres foram escravizadas sexualmente e forçadas a se prostituir em bordéis militares japoneses. Estima-se que a prática pode ter vitimado 200 mil mulheres de países sob domínio do Império do Japão.
Em 14 de agosto de 1991, a sul-coreana Kim Hak-sun, uma das sobreviventes dos abusos, falou pela primeira vez em público sobre as atrocidades vividas pelas “mulheres de conforto” entre 1932 e 1945. A criação dos “postos de conforto” tinha como objetivo evitar que militares japoneses cometessem o crime de estupro. Para isso, foi elaborado um sistema de prostituição organizado que servisse às Forças Armadas Japonesas.
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Trinta anos depois do depoimento da falecida Kim Hak-sun, é celebrado o Dia Internacional em Memória das “Mulheres de Conforto”. A data é também uma tentativa de apelo para que o governo japonês peça desculpas formais pela prostituição e escravização sexual envolvendo mulheres asiáticas pelo Exército e Marinha japonesa.
Em 2015, Japão e Coreia do Sul firmaram um acordo sobre o assunto: o Japão se comprometeu a dar um bilhão de ienes (US$ 8,3 milhões) para um fundo de compensação às mulheres sul-coreanas. Contudo, o acordo não foi visto com bons olhos pelas sobreviventes e por ativistas da Coreia do Sul que ainda hoje procuram por um pedido de desculpas sinceros do governo japonês e de uma compensação formal para as vítimas.
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