Conheça 15 atletas que já fizeram história nesta Olimpíada

São milhares de competidoras de mais de 200 países em busca de recordes, medalhas e de superar dificuldades e barreiras, em 46 modalidades
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Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, além de palco dos melhores atletas do planeta, também é a edição com maior participação feminina, quase 49% dos atletas são mulheres, um recorde. 

Ao todo, são milhares de competidoras de mais de 200 países em busca de recordes, medalhas e de superar dificuldades e barreiras, em 46 modalidades.

OLHA SÓ: Olimpíada no Japão tem quase 49% de participação feminina, mas igualdade ainda é projeto de longo prazo

O Elas que Lucrem listou 15 mulheres que já fizeram história nas Olimpíadas até este domingo (1°).

Conheça as atletas:

Ariarne Titmus

A australiana Ariarne Titmus com a medalha de ouro dos 200m livre. (Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)

A nadadora australiana Ariarne Titmus, 20, conquistou a medalha de ouro nos 200m livre nos Jogos de Tóquio.

A atleta completou a prova com o tempo de 1:53.50 e estabeleceu um novo recorde olímpico. Ela superou a marca anterior da americana Allison Scmitt, registrada na edição Londres 2012.

Em entrevistas, Titmus sempre conta que uma de suas virtudes é não mostrar emoção, já que a frieza é importante na natação.

Carissa Moore

Carissa Moore dominou a final olímpica. (Foto: Lisi Niesner/Reuters)

A norte-americana Carissa Moore, 28, entrou para a história ao se consagrar a primeira campeã olímpica da história do surfe.

A havaiana que representa os Estados Unidos, vencedora do Circuito Mundial em 2011, 2013, 2015 e 2019, conquistou o ouro feminino da Olimpíada de Tóquio ao bater a sul-africana Bianca Buitendag na final por 14.93 a 8.46.

A atleta começou a praticar o esporte aos cinco anos. Ela sempre corria para o mar para pegar onda e considerava este o momento predileto do seu dia, porque ficava horas na companhia do pai. A campeã olímpica cresceu na areias de Waikiki, na ilha de Oahu, no Havaí, e desde jovem coleciona títulos.

Flora Duffy

Flora Duffy se tornou a primeira pessoa de Bermudas a ganhar uma medalha de ouro em uma Olimpíada. (Foto: Hannah Mckay/Reuters)

Flora Duffy, 33, se tornou uma heroína nacional ao ganhar a primeira medalha de ouro olímpica das Bermudas nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela teve uma exibição brilhante ao vencer o triatlo feminino.

A vitória em sua quarta Olimpíada é resultado de uma carreira muito firme. Ela se tornou a segunda medalhista olímpica de seu país depois que Clarence Hill conquistou o bronze do boxe peso-pesado em 1976.

Formiga

Formiga disputou a sua sétima Olimpíada pela seleção brasileira de futebol. (Foto: Sam Robles/CBF)

O Brasil deu adeus ao ouro olímpico na última sexta-feira, mas isso não tira o mérito de uma das maiores estrelas do futebol feminino mundial. 

Miraildes Maciel Mota, mais conhecida como Formiga, participou de sua sétima edição das Olimpíadas e se tornou a jogadora da categoria com mais participações no evento em toda a história.

“Gostaria de estar feliz neste momento, mas futebol é assim. Agora é levantar a cabeça. Foi o que disse a elas: perdemos a batalha, mas a guerra continua. Vamos seguir trabalhando e dando o nosso melhor. Temos o Mundial pela frente e precisamos acelerar o processo. Não faltou trabalho, empenho e tenho certeza que é daqui para melhor”, disse após a partida.

Hidilyn Diaz

Hidilyn Diaz na categoria 55kg feminino. (Foto: Edgard Garrido/Reuters)

A halterofilista Hidilyn Diaz, 30, fez história ao se tornar a primeira atleta das Filipinas a ganhar uma medalha de ouro na história dos Jogos Olímpicos.

Diaz precisou passar o último ano no exílio, na Malásia, para treinar por causa das restrições provocadas pela pandemia de Covid-19. Esta foi sua quarta e provavelmente última participação nos Jogos Olímpicos.

Katie Ledecky 

Katie Ledecky exibe a medalha de ouro conquistada na prova dos 1500m livre em Tóquio. (Foto: Rob Schumacher/USA Today/Reuters)

O início das Olimpíadas não foi fácil para a atleta Katie Ledecky, que mesmo sendo a favorita, ficou de fora do pódio nos 200m livres. Foi a primeira vez em 36 finais, contando grandes competições, como Olimpíadas, Mundiais e Pan-Pacífico, que Ledecky ficou fora do pódio.

Mas a nadadora norte-americana Katie Ledecky, 24, se concentrou e voltou novamente às piscinas do Centro Aquático de Tóquio para vencer os 1500m livre. Ela é a primeira medalhista de ouro da nova prova da natação nos Jogos Olímpicos.

Laurel Hubbard

Halterofilista Laurel Hubbard, da Nova Zelândia, é a primeira atleta transgênero a competir nas Olimpíadas. (Foto: Paul Childs/Reuters)

A halterofilista neozelandesa Laurel Hubbard, 43, será a primeira atleta transgênero a competir nos Jogos Olímpicos. A atleta terá seu primeiro desafio amanhã (2), às 7h50.

Antes, ela disputou competições de levantamento de peso masculino. Mas, em 2013, fez a transição e se tornou elegível para competir nas Olimpíadas desde 2015, quando o Comitê Olímpico Internacional emitiu novas diretrizes que permitem a qualquer atleta transgênero competir como mulher.

As regras estipulam que os níveis de testosterona da competidora precisam estar abaixo 10 nanomoles por litro de sangue por pelo menos 12 meses antes de sua primeira competição.

“Estou grata pela gentileza e apoio que me foi dado por tantos neozelandeses”, disse Hubbard em comunicado.

Mayra Aguiar

Mayra Aguiar conquista em Tóquio seu terceiro bronze olímpico no judô
Mayra Aguiar mostra medalha de bronze conquistada no judô na Olimpíada de Tóquio. (Foto: Sergio Perez/Reuters)

Com o bronze na categoria até 78kg do judô, a brasileira Mayra Aguiar, 29, se tornou a primeira mulher da história do Brasil a conquistar três medalhas em esportes individuais. Em comparação com os homens nesta estatística, só Robert Scheidt atingiu essa marca.

A medalha veio dez meses após Mayra sofrer uma grave lesão no joelho esquerdo que a fez passar por uma cirurgia e a afastou dos tatames até junho, quando disputou o Mundial em Budapeste.

As incertezas e as dificuldades enfrentadas pela lesão e pela pandemia trouxeram um peso maior à essa conquista para a atleta.

Mayra é bicampeã mundial, possui quatro medalhas pan-americanas e sete em Mundiais.

Momiji Nishiya

Japonesa Momiji Nishiya comemora conquista da medalha de ouro no skate street durante a Olimpíada Tóquio. (Foto: Lucy Nicholson/Reuters)

A jovem Momiji Nishiya, 13 anos, do Japão, surpreendeu o mundo com o seu talento e levou a medalha de ouro no skate street, novidade na Olimpíada em Tóquio. Ela se tornou a mais jovem atleta a conquistar uma medalha de ouro em 61 anos.

Momiji nasceu em Osaka, no Japão, e começou a se aventurar no esporte aos cinco anos, por influência de seu irmão mais velho. Desde então a atleta vem se destacando na cena do skate e enfileirando pódios nos últimos eventos.

“Não pensei que pudesse ganhar, mas todos ao meu redor me apoiaram, então estou feliz por ter encaixado meu estilo”, disse Nishiya.

Rayssa Leal 

Brasileira de 13 anos conquistou a prata na disputa do skate street feminino na edição Tóquio 2020. (Foto: Wander Roberto/COB)

Aos 13 anos e 203 dias, Rayssa Leal encantou não só os brasileiros, mas o mundo com sua participação na competição do skate street nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Sorridente, leve e com muito talento, a brasileira também entrou para a lista dos mais jovens a ganhar uma medalha olímpica.

A medalha de prata foi muito significativa, já que os sete medalhistas mais jovens que Rayssa alcançaram o pódio em edições realizadas até a década de 1930, quando os Jogos Olímpicos ainda não possuíam a competitividade atual. A maranhense é a mais nova a ir ao pódio nos últimos 85 anos.

Rebeca Andrade

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Rebeca Andrade durante final do individual geral de ginástica na Tóquio 2020. (Foto: Dylan Martinez/Reuters)

A ginasta brasileira fez história ao levar a modalidade feminina ao pódio olímpico pela primeira vez na história. Rebeca Andrade conquistou a prata no individual geral, e ainda tem chances de duas medalhas: no solo e no salto, aparelhos nos quais se classificou para a final.

A atleta cresceu na periferia de Guarulhos, em São Paulo, e deixou a casa da mãe aos nove anos para se dedicar ao esporte. Em sua trajetória, precisou superar três lesões graves no joelho antes de subir ao pódio no individual geral das Olimpíadas na última quinta-feira.

“Acho que mesmo se eu não tivesse ganhado a medalha, eu teria feito história, justamente pelo meu processo para chegar até aqui. Não desistam, acreditem no sonho de vocês e sigam firmes. Dificuldade sempre teremos, mas temos que ser fortes suficiente”, disse Rebeca após a conquista da prata.

Simone Biles

Simone Biles desiste do individual geral e abre debate sobre saúde mental nos Jogos
Simone Biles, 24, disputa a ginástica pelos Estados Unidos e acumula 25 medalhas em campeonatos mundiais. (Foto: Arquivo/Reuters)

Uma das maiores estrelas da ginástica artística, a norte-americana Simone Biles não se destacou por ganhar medalhas, mas pela coragem de ter optado sair das disputas das finais por times e individual geral da ginástica artística.

A atleta surpreendeu o mundo olímpico quando decidiu abandonar a final por equipes da ginástica artística após um único salto, para enfrentar os desafios da saúde mental.

A norte-americana vem recebendo muito apoio, mas também foi alvo de críticas e desabafou em seu Instagram. “Não tive uma má performance e desisti. Tive várias performances ruins na carreira e terminei as competições. Eu simplesmente fiquei tão perdida que minha segurança e a medalha para o time dos Estados Unidos ficaram em risco. Felizmente, as meninas arrasaram e ganharam a prata. Por isso temos quatro membros no time, porque todas podemos competir, não só eu”, começou Simone.

Sunisa Lee

Ginasta norte-americana Sunisa Lee após conquistar a medalha de ouro no individual geral na Olimpíada de Tóquio. (Foto: Lindsey Wasson/Reuters)

Se por um lado o Brasil teve a medalha de prata da ginasta Rebeca Andrade como o fim de um tabu, quem levou o ouro também fez por merecer e deu muito alegria aos seus familiares. 

A jovem Sunisa Lee, 18, foi campeã olímpica na categoria individual geral de ginástica artística.

A atleta norte-americana é filha de imigrantes e é a primeira competidora olímpica dos Estados Unidos de etnia asiática.

A pandemia da Covid-19 dificultou e muito a vida da atleta. A academia onde treinava ficou fechada e ela precisou trabalhar, por um tempo, em casa. Quando retornou aos treinos presenciais, quebrou um osso do pé direito e também teve problemas no tendão.

Além das dificuldades na preparação, ela perdeu um tio e uma tia para a Covid-19. Mas conseguiu a classificação para os Jogos Olímpicos.

“Os últimos dois anos foram absolutamente loucos com a Covid, minha família e tudo o mais”, disse Lee a repórteres no Centro de Ginástica Ariake, após a conquista.

Tatjana Schoenmaker 

Tatjana Schoenmaker reage após estabelecer um novo recorde mundial. (Foto: Antonio Bronic/Reuters)

Tatjana Schoenmaker, 24, venceu a grande final dos 200m peito da natação feminina e registrou um tempo recorde mundial de 2:18.95. Ela conquistou a primeira medalha de ouro da África do Sul nas Olimpíadas de Tóquio.

Schoenmaker havia sido prata no Mundial de Gwangju, em 2019, na mesma prova. Em Tóquio, já havia subido ao pódio, com a prata nos 100m peito.

Qian Yang

Qian Yang venceu a prova de carabina à 10 metros (m) do tiro esportivo. Foto:

A primeira medalha de ouro da Olimpíada de Tóquio foi no Campo de Tiro Asaka, e ela foi para a China, graças à vitória de Qian Yang na prova de carabina a 10 metros do tiro esportivo. Yang fez 251,8 pontos e bateu o recorde olímpico da prova.

Yang ficou emocionada e contou sua principal motivação . “É o centésimo aniversário do Partido Comunista chinês”, disse ela. “Estou muito feliz que esta medalha de ouro seja um presente para o meu país.”

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