Dólar sobe ante real com inflação nos EUA e incertezas domésticas

Os preços ao produtor nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em junho, sugerindo que a inflação pode permanecer alta
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O dólar passava a apresentar alta contra o real hoje (12), com os investidores digerindo novos dados sobre a inflação dos Estados Unidos, enquanto o ambiente doméstico seguia repleto de incertezas políticas e fiscais.

Às 10:13, o dólar avançava 0,49%, a R$ 5,2455 reais na venda. Enquanto isso, o dólar futuro subia 0,29%, a R$ 5,2585.

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Os preços ao produtor nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em junho, sugerindo que a inflação pode permanecer alta, uma vez que a forte demanda continua prejudicando as cadeias de abastecimento.

Apesar da leitura, vários investidores ainda apontavam dados de quarta-feira como um fator de alívio para a moeda brasileira, depois que o Departamento do Trabalho informou que a alta dos preços ao consumidor norte-americano desacelerou em julho.

“No médio prazo, como existe uma divisão clara entre os diretores do Fed (Federal Reserve) quanto ao momento de começar a reduzir a compra de ativos nos mercados financeiros e iniciar a normalização da política monetária (…), a desaceleração da inflação dá mais argumentos para aqueles que propõem a manutenção de um nível elevado de liquidez e a taxa próxima de zero por mais tempo, o que favorece as economias emergentes”, disseram analistas da Genial Investimentos em nota.

Enquanto isso, no Brasil, os investidores continuavam cautelosos em meio ao ambiente político e fiscal nebuloso.

A pressão contínua do presidente Jair Bolsonaro por eleições de voto impresso — mesmo após Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso ser derrubada pelo plenário da Câmara — e a novela em torno do pagamento de precatórios têm sido pontos de atenção e, segundo Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas, colaboram para a volatilidade no mercado doméstico.

Para Cavalcante, até que haja alívio no cenário político e avanço na agenda de reformas do governo, o dólar deve permanecer num intervalo de negociação de R$ 5,20 a R$ 5,30.

Na véspera, a divisa norte-americana teve alta de 0,47%, a R$ 5,2200 na venda.

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(Com Reuters)

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