Mulheres batem recorde de medalhas nas Olimpíadas; veja quanto elas faturaram e como dinheiro pode ser investido

Quem ocupou um lugar no pódio dos Jogos Olímpicos de Tóquio tem direito a um pagamento feito em dinheiro pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB)
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Na ordem de cima para baixo e da esquerda para direita: Ana Marcela Cunha, Mayra Aguiar, Rayssa Leal, Rebeca Andrade, Martine Grael e Kahena Kunze, Laura Pigossi e Luisa Stefani, Bia Ferreira e vôlei feminino.

Treze anos após sete medalhas e o melhor desempenho das atletas do Brasil, nas Olimpíadas de Pequim em 2008, as mulheres brasileiras bateram um novo recorde nos Jogos de Tóquio, encerrado no último dia 8 de agosto. No total, a delegação feminina subiu nove vezes no pódio. Foram três medalhas de ouro, quatro de prata e duas de bronze.

E quem ocupou um lugar no pódio dos Jogos Olímpicos de Tóquio, além de receber as medalhas, também tem direito a um pagamento feito em dinheiro pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Essa edição do evento é um marco no protagonismo das atletas, com quase 49% de participação feminina. Parece até esquisito imaginar essa diferença, mas pela primeira vez na história dos Jogos, as competidoras são quase metade dos atletas participantes. Dados do Comitê Olímpico Internacional (COI) mostram que dos 11.090 atletas, 48,8% eram mulheres, enquanto os homens representam 51,2%.

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Quanto as medalhistas vão receber?

Nas categorias individuais, as medalhistas brasileiras que ganharam a medalha de ouro recebem R$ 250 mil, a prata R$ 150 mil e o bronze R$ 100 mil. Já nas modalidades coletivas com até seis atletas, o ouro vale R$ 500 mil, a prata R$ 300 mil e o bronze R$ 200 mil.

O COB estabelece ainda uma nova premiação para as maiores equipes, com mais de seis brasileiros. Nesse caso, o ouro vale R$ 750 mil, a prata R$ 450 mil e o bronze R$ 300 mil.

Por exemplo, as campeãs do vôlei feminino vão precisar dividir os R$ 450 mil entre as 12 convocadas, um total de R$ 37,5 mil para cada atleta. 

Os atletas que ganharam medalhas em mais de uma categoria também podem acumular premiações. Como é o caso da brasileira Rebeca Andrade. A ginasta encerrou seu ciclo nos Jogos de Tóquio com R$ 400 mil no bolso por ter conquistado o ouro no salto e a prata no individual geral da ginástica artística.

Ao todo, o COB vai distribuir R$ 2,2 milhões às atletas do Brasil.

Como podem investir o dinheiro?

Carol Proença, especialista em investimentos da Elas Que Lucrem, explicou que os atletas podem dividir o valor recebido em mais de um investimento. 

“A importância da diversificação é justamente para se proteger dos riscos do mercado. Caso ocorra uma queda da bolsa, a renda fixa ajuda a controlar isso. A diversificação é essencial para que a investidora consiga maximizar os lucros, tendo uma margem de segurança em caso de riscos”, garantiu.

A especialista diz que Rebeca Andrade, 22, pode dividir os R$ 400 mil em cinco investimentos, com R$ 80 mil em cada. As opções são Tesouro Selic ou CDB com liquidez diária, fundos de multimercado conservador, inflação, fundos imobiliários e ações. 

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Assim como Rebeca, as outras medalhistas que em geral tem até 30 anos, também devem seguir a mesma lógica dos investimentos sugeridos para Rebeca. Para Carol Proença, o melhor caminho é distribuir a renda em 20% reserva de oportunidade, 40% renda fixa e 40% renda variável.

No caso da fadinha do skate, a Rayssa Leal, que tem apenas 13 anos e ganhou R$ 150 mil pela medalha de prata no skate street, a indicação é outra. Ela pode dividir o bônus em 20% reserva de oportunidade, 20% renda fixa e 60% renda variável, já que é mais nova.

“A Rayssa, por ser mais nova, tem mais tempo e pode apostar mais em renda variável. Os menores de idade podem investir sim, com a devida orientação. Existem muitas opções de investimento para quem tem menos de 18 anos e já quer começar a planejar o futuro. Para abrir uma conta em uma corretora, basta ter o CPF”, lembra a especialista.

Atletas de outros países também ganham dinheiro?

Em outros países, a maioria dos atletas olímpicos não ganha nada pela participação na competição olímpica. Mas as delegações de alguns países fornecem despesas de viagem para os competidores, por exemplo, e também financiam o treinamento dos atletas ao longo do ano. 

É o caso do Reino Unido, que não oferece bônus pela conquista de medalhas específicas, mas garante dedicar 125 milhões de libras esterlinas (aproximadamente R$ 905,7 milhões) de fundos do governo e de loterias para os atletas a cada ano.

O bônus pago pelo COB coloca o Brasil entre os dez países que mais concedem incentivos aos atletas olímpicos individuais.

Em primeiro lugar está Singapura, que oferece US$ 737 mil, algo em torno de R$ 3,8 milhões a quem ganhar a medalha de ouro.

Veja a lista:

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