Ibovespa fecha a semana em queda diante de influência negativa dos mercados internacionais

Índice da bolsa brasileira caiu 1,4% nesta sexta, totalizando 107.200,56 pontos
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 O principal índice da bolsa brasileira caiu hoje (17), sob influência negativa nos mercados acionários internacionais, e fechou a semana com queda acumulada.

Investidores seguiram digerindo as decisões de política monetárias de alguns dos principais bancos centrais do mundo, enquanto vencimentos de opções sobre ações no Brasil e de mais de um tipo de contrato nos Estados Unidos movimentaram a sessão.

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Vale foi a principal contribuição negativa para o índice, enquanto B3 ficou no lado oposto. O Ibovespa caiu 1,04%, a 107.200,56 pontos, fechando a semana em queda de 0,52%, após dois períodos de alta. O volume financeiro da sessão foi de R$ 37,9 bilhões. 

Em sessão volátil por conta de vencimento de opções, o Ibovespa se manteve no terreno negativo durante todo o dia. Raphael Figueredo, analista da Eleven, explicou que a “briga” entre comprados e vendidos (quem investiu apostando na alta ou queda de uma ação) gerou volatilidade.

Com noticiário interno mais esvaziado, a bolsa brasileira acompanhou a queda de Wall Street, que ainda reagem a decisões de política monetária em sentidos diferentes nos últimos dias.

O Federal Reserve, dos EUA, indicou antes de ontem (15) que encerrará em março suas compras de títulos, abrindo caminho para três altas de juros em 2022. No dia seguinte, o Banco Central Europeu prometeu retirar gradativamente os estímulos. E o BC da Inglaterra elevou de forma surpreendente a taxa de juros.

Segundo Figueredo, do ponto de vista das consequências para o mercado interno, ainda não é possível traçar uma direção a partir dessas decisões. Para ele, o Ibovespa tem espaço para recuperação, levando em conta que o “mês de dezembro costuma ser mais positivo sazonalmente”, mas diz que não espera “grandes alvoroços”.

Nos EUA, os três principais índices fecharam em baixa, com destaque para o Dow Jones, que cedeu 1,5%. Na Europa, bolsas caíram após decisões de política monetárias e em meio a temores com a variante ômicron do coronavírus.

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Destaques

– BRF subiu 5,4%, após propor um aumento de capital por meio da emissão de 325 milhões de novas ações, potencialmente levantando R$ 6,63 bilhões. O negócio ainda depende de aval de uma assembleia de acionistas em 17 de janeiro e das condições de mercado. Analistas destacaram que o estatuto da BRF permite que um acionista ultrapasse 33,3% de participação sem acionar “poison pill”, o que permitiria à Marfrig, caso queira, tomar o controle da empresa através do follow-on sem uma oferta pública de compra a todos os acionistas.

– MARFRIG ON avançou 3,7%. A empresa anunciou dividendos intercalares de R$ 830 milhões e recompra de US$ 100 milhões em notas sênior com vencimento em 2026.

– BANCO INTER UNIT cedeu 6,1% e PN caiu 6%. Entre outros destaques negativos, YDUQS ON afundou 8,3%, enquanto LOCALIZA ON fechou em -5% e UNIDAS teve queda de 5,4%.

– TAESA UNIT fechou estável, após arrematar o lote 1 do leilão de transmissão de energia, ao ofertar uma receita anual permitida de R$ 129,9 milhões, deságio de 47,76% ante o valor máximo do edital.

– ENERGISA UNIT fechou em +0,1%, após arrematar o lote 5, com deságio de 48,68% sobre o valor máximo. NEOENERGIA ON, que não está no Ibovespa, subiu 0,6% após vencer o lote 4, com deságio de 58,63%. Outros lotes foram arrematadas por empresas não listadas.

– PETROBRAS PN e ON ambas caíram 2,4%, diante da queda do petróleo com preocupações sobre a Ômicron. A estatal também obteve a operação em consórcio de dois blocos ofertados em leilão dos excedentes da cessão onerosa.

– VALE ON caiu 1,6%, mesmo após nova alta do preço do minério de ferro na Ásia diante de expectativa de uma recuperação da demanda por aço na China.

– GPA ON e ASSAÍ ON recuaram 0,6%. As empresas informaram que os membros independentes do conselho de administração de ambas aprovaram o contrato de cessão de direitos de exploração de pontos comerciais entre as companhias.

– NATURA ON subiu 5,9%, BR MALLS ON avançou 5,5% e MAGAZINE LUIZA ON teve alta de 4,1% entre os destaques positivos.

(Com Reuters)

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