Número de mulheres interessadas em cibersegurança triplicou, diz empresa de ensino

Dados da edutech HackerSec mostram que matrículas femininas em capacitações do setor saltaram de 5% para 28% desde 2019
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Elas ainda representam apenas 20% dos profissionais de tecnologia (Foto: Pexels)

A disparidade de gênero no mercado de trabalho de tecnologia é um assunto que vem chamando cada vez mais atenção das empresas e capacitadoras do setor. Segundo um levantamento publicado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) no último ano, as mulheres representam apenas 20% dos profissionais de tecnologia no país.

Felizmente, aos poucos, essa realidade vem mudando. Na área da cibersegurança, por exemplo, a mão de obra feminina já representa quase um quarto do total de membros das equipes, conforme mostrado pelo Cybersecurity Workforce Research 2019. Embora o valor pareça discreto – 24% do total -, o número representa um grande avanço em relação aos penúltimos dados publicados em 2017, quando as mulheres eram apenas 11% dos times. 

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Esse aumento, segundo especialistas, está ligado tanto ao interesse das empresas em formar uma equipe mais diversa, quanto ao das próprias profissionais em se dedicar à carreira de tecnologia. A empresa de ensino de segurança digital HackerSec, por exemplo, tem notado um esforço conjunto para nivelar a disparidade de gênero no segmento. Por lá, o número de alunas interessadas em cursos de cibersegurança triplicou nos últimos três anos. “Atualmente, temos cerca de 28% de alunas, contra os 5% que víamos matriculadas em 2019 e 2020, respectivamente. A estimativa para este ano é de alcançarmos mais de 35% de inscrições do público feminino”, revela o CEO Andrew Martinez.

O executivo atribui às mulheres algumas soft skills importantes para o setor. “Observamos que as profissionais de cibersegurança são, em geral, mais dedicadas do que os homens e possuem mais chances de alcançarem posições de liderança”, explica. No entanto, ele também reconhece que parte do segmento ainda apresenta resistência no que se refere ao aumento da presença feminina, resultando em situações problemáticas. “Aproximadamente 51% das mulheres na segurança cibernética já enfrentaram alguma forma de discriminação ou assédio, além da dificuldade para entrar no mercado de trabalho e garantir a equidade de salário.”

Outro dado compartilhado pela empresa é que, atualmente, cerca de 55% das alunas já saem dos cursos empregadas, o que logo deve refletir nas estatísticas do mercado. Somado a isso, o executivo explica que procura chamar a atenção do público feminino direcionando anúncios exclusivamente para as mulheres, de forma que elas se sintam mais acolhidas por esse mercado majoritariamente masculino. “É essencial que o mercado olhe para essa disparidade e, consequentemente, desenvolva estratégias para acelerar a igualdade de gênero no setor.”

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