Celular de última geração: veja quanto você pode ganhar com o dinheiro investido se o smartphone for substituído por um mais barato

Especialista diz que muitos dos gastos são impulsionados por padrões sociais e podem ser evitados com autoconhecimento financeiro
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Smartphone
Para a economista Dirlene Silva, a reserve de emergência, a aposentadoria e outras aplicações para metas futuras devem ser priorizadas antes de aquisições que ainda não cabem no bolso (Foto: EQL)

Em 2021, foram vendidos cerca de 1,35 bilhão de smartphones em todo o planeta, 5,7% a mais do que no ano anterior, segundo dados da empresa de pesquisa e tecnologia IDC. O número representa mais de 10% do total da população mundial que, atualmente, é de cerca de 7,753 bilhões de pessoas. 

O alto volume de vendas de celulares não é à toa, principalmente se considerarmos o tempo que os usuários passam conectados a ele: no Brasil, a média é  de 5,4 horas por dia, conforme um estudo divulgado pela plataforma AppAnnie. 

Os aparelhos, populares até entre as crianças, transformaram-se quase em uma extensão do próprio corpo. Neles, são realizadas anotações, gravações, chamadas com amigos e familiares, reuniões de trabalho – além de muita diversão e entretenimento. Com todas essas funções, é quase impossível não desejar o modelo de última geração. 

No entanto, além de não ser necessário adquirir um modelo novo na maior parte dos casos, o desejo pode, ainda, levar a gastos por impulso e até a contração de dívidas. Para a economista e consultora Dirlene Silva, é essencial que os consumidores exercitem o consumo consciente e se questionem sobre o motivo de ansiar por um novo aparelho.

“É comum que os hábitos de consumo sejam guiados pelas emoções, principalmente por padrões sociais. Isso faz com que as pessoas comprem um produto que é vendido como o que ‘alguém de sucesso’ deve ter, por exemplo”, afirma. 

A especialista acrescenta, ainda, que além de buscar consumir de maneira consciente, as pessoas devem exercitar o autoconhecimento financeiro. Esse conceito está relacionado à noção dos consumidores sobre os próprios gastos, receitas, objetivos com o dinheiro e também sobre a capacidade de poupar. 

Segundo Dirlene, com essas informações bem claras, fica mais fácil saber o que é necessário priorizar e como é possível adquirir o smartphone desejado sem provocar desordem na vida financeira. 

Como saber se é o momento certo de comprar o celular dos sonhos?

Para ter certeza de que a aquisição não resultará em prejuízo financeiro, antes é necessário reavaliar os motivos pelos quais o aparelho celular está sendo tão almejado, especialmente se o seu valor ultrapassa o disponível no orçamento.

Como já mencionado, uma das principais perguntas a serem feitas é se a compra é realmente necessária, já que, muitas vezes, a aquisição do smartphone pode esperar. Além disso, nem sempre o modelo desejado possui diferenciais tão expressivos e essenciais para a pessoa interessada. Nesse caso, ele poderá ser substituído por um modelo mais barato e com funções semelhantes. 

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Também é imprescindível que, antes de comprar um smartphone que ainda não cabe no bolso, os consumidores realizem uma lista de prioridades financeiras, explica Dirlene. Nela, devem ser consideradas a reserva de emergência, aposentadoria e aplicações para outros objetivos que podem ser mais primordiais, como a aquisição de uma casa ou um carro, por exemplo. “Não deixe de viver o presente, mas pense no seu futuro”, ressalta. 

Depois que todos esses pontos forem analisados, há, ainda, um último passo: avaliar se é possível pagar o smartphone sem ter que entrar em dívidas para isso. Dirlene destaca que é essencial checar se o valor do produto não deixará as contas apertadas, sem espaço para gastos não planejados que podem surgir a qualquer momento. 

Definição de prioridades 

Para ajudar a definir prioridades e demonstrar que, muitas vezes, o smartphone “sonho de consumo” pode ser substituído por outro mais barato enquanto a independência financeira ainda não é uma realidade, a Elas Que Lucrem fez uma comparação entre dois celulares bastante populares e com funcionalidades parecidas, mas preços muito diferentes. 

Depois de levantar o valor de cada smartphone e descobrir a diferença de preço entre os dois, fizemos diversas simulações de investimentos. Veja, a seguir, o resultado: 

Smartphone

Sendo assim, a diferença entre o smartphone mais caro – R$ 14.972 – e o mais barato – R$ 5.449 – é de R$ 9.523. Veja, a seguir, o quanto esse valor renderia em investimentos de renda fixa, sempre com prazo de 24 meses:

Tesouro prefixado: R$ 11.356,58

Tesouro Selic: R$ 11.302,88

Tesouro IPCA+: R$ 12.190,14

CDB e LC: R$ 11.895,47

LCI e LCA: R$ 11.612,32

Outra opção, para quem já tem mais familiaridade com os investimentos em renda variável, é usar o dinheiro economizado para comprar ações. Neste caso, com a diferença entre os dois modelos, seria possível comprar cerca de 116 ações da Apple (AAPL34), considerando a cotação de ontem (4) de R$ 81,84. 

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