Dólar tem leve alta com mercado à espera de nova sinalização do Fed

Moeda norte-americana voltou a subir e finalizou sessão com avanço positivo de 0,11%, chegando a R$ 4,81
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O dólar oscilou entre perdas e ganhos expressivos e acabou encerrando as operações no mercado à vista com apenas modesta alta hoje (24), conforme a moeda manteve sua consolidação no exterior um dia antes de o banco central norte-americano emitir nova sinalização de política monetária.

O dólar subiu 0,11%, a R$ 4,813.  Ainda pela manhã, a cotação foi à mínima do dia – de R$ 4,776, queda de 0,66% – antes de subir para R$ 4,855, alta de 0,99%, na máxima.

O real negociou alinhado com um índice de moedas emergentes calculado pelo JPMorgan, que subia 0,1% no fim da tarde.

O mercado de moedas sentiu mais cedo o mau humor importado das bolsas de valores de Nova York – onde o Nasdaq chegou a cair 3,8%. Mas ao longo da tarde o sinal de preço melhorou e, embora ainda tenha fechado em queda, o índice de tecnologia reduziu as perdas para 2,35%, enquanto o Dow Jones fechou em alta de 0,15% após cair 1,6% no pior momento.

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“Os ‘drivers’ externos é que têm guiado a taxa de câmbio brasileira nesse período recente”, disse Rodolfo Margato, economista da XP. “Houve o movimento de piora do câmbio local, que saiu de R$ 4,62 por dólar para cima de R$ 5, mas tem havido uma devolução parcial disso: o dólar cedeu lá fora e também tivemos descompressão nas taxas de juros dos EUA de dez anos”, acrescentou.

O índice do dólar frente a uma cesta de moedas (DXY) caía 0,36% nesta terça-feira, acelerando a queda desde as máximas em 20 anos tocadas 11 dias atrás para 3,1%. E o juro implícito no título público norte-americano de dez anos – uma referência para quanto o governo dos EUA paga a investidores por um investimento nesse prazo – caiu de 3,20% duas semanas atrás para 2,76%.

O mercado aguarda agora a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (banco central dos EUA), ocorrida em 3 e 4 de maio e que resultou em aumento de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros pelo Fed, maior alta em 22 anos. Investidores buscam sinalizações sobre os próximos aumentos de juros, o ritmo e os planos para o balanço do Fed, num momento em que os mercados sentem o peso do aperto da política monetária.

“A visão de curto prazo é de volatilidade para o câmbio, e vemos o dólar entre R$ 4,60  e R$ 5. Esse intervalo nos parece mais provável do que taxas acima de R$ 5”, disse Margato, da XP.

As incertezas até o fim do ano – incluindo a eleitoral -, contudo, levam a XP a prever dólar de R$ 5 ao fim do ano. “O cenário de juros mais altos na cena global limita o fortalecimento da paridade, mas aquele cenário de R$ 5,50, R$ 5,60, R$ 5,70 que a gente observava na virada do ano, isso na nossa leitura está bastante distante também. Precisaria de um choque negativo adicional para gente ver o câmbio (dólar) escalando”, finalizou.

(Com Reuters)

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