22 filmes sobre Carnaval para quem quer curtir a folia no sofá de casa

Longas e documentários lançados entre 1933 e 2021 fazem parte da seleção, que tem Carmem Miranda e até uma animação
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Reprodução
O documentário “Damas do Samba” faz uma reflexão sobre a importância das mulheres na história do gênero musical brasileiro (Foto: Reprodução)

O Carnaval vai ser diferente – mais uma vez. As comemorações, que já foram canceladas em 2021 devido à pandemia de Covid-19, foram suspensas este ano com o avanço da variante ômicron. A data dos desfiles de escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo foram alteradas para o feriado de Tiradentes, em abril, para evitar aglomerações. 

Mas o feriado está aí, confirmado em muitas cidades. Então, se você resolveu aproveitar os dias em casa curtindo um filminho, a Elas Que Lucrem fez uma seleção de 22 obras que tem como temática o Carnaval. São tanto longas como documentários lançados entre 1933 e 2021. Tem filmes com Carmem Miranda, vencedor do Oscar e até animação.

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Veja, a seguir, a nossa seleção para você maratonar no feriado:

Filmes

“A Voz do Carnaval” (1933), de Ademar Gonzaga

O filme conta a história do rei Momo, que chega ao Rio a bordo do Mocanguê e desce na praça Mauá. A população carioca reverencia o recém-chegado e o acompanha avenida afora até o Beira-Mar Cassino, onde lhe dão o trono. Rebelde, ele foge para ver o Carnaval da cidade. O longa marca a segunda aparição de Carmem Miranda no cinema.

“Alô, Alô, Carnaval” (1936), de Ademar Gonzaga

O musical, que também conta com a participação de Carmem Miranda, retrata a busca de dois autores por um empresário para bancar a revista “Banana da Terra”. O dono do cassino Mosca Azul recusa a oferta porque está aguardando uma grande atração francesa. Como ela decide não vir mais ao Brasil, ele é obrigado a reconsiderar sua decisão anterior e investir na publicação. 

“Tererê Não Resolve” (1938), de Luiz de Barros

Durante o Carnaval, três casais passeiam pelo Rio de Janeiro. Uma das esposas, desconfiada da fidelidade dos cônjuges, convida-os anonimamente para um animado baile. Todos comparecem, inclusive elas, disfarçadas, o que provoca muita confusão e traição.

“Tristezas Não Pagam Dívidas” (1943), de Ruy Costa e José Carlos Burle

Com Oscarito e Grande Otelo, o filme conta a história de uma viúva que conhece um malandro carioca logo após enterrar o marido. No testamento, ele determina que ela deverá brincar intensamente o Carnaval, mesmo que esta não seja sua vontade. Sem experiência nessa área, recebe a ajuda do malandro, interessado no seu dinheiro. Mas este acaba se apaixonando pela bela viúva.

“Orfeu Negro” ou “Orfeu do Carnaval” (1959), do francês Marcel Camus 

Coprodução de Brasil, França e Itália, o filme é uma adaptação da peça “Orfeu da Conceição”, de Vinicius de Moraes, e venceu a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de melhor filme estrangeiro (para a França, já que a Academia considera o filme francês). O longa retrata a história do sambista e condutor de bonde Orfeu, que se apaixona por Eurídice no Carnaval. A jovem vai para o Rio de Janeiro fugindo de um estranho fantasiado de morte. O belo amor entre eles desperta a ira da ex-noiva de Orfeu, que fará de tudo para impedir o romance.

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“Quando o Carnaval Chegar” (1972), de Cacá Diegues

O filme conta a história de um empresário de um grupo de cantores – sem sucesso -, que consegue um contrato para se apresentar em homenagem a um rei que chegará à cidade para o Carnaval. Apesar dos problemas que impedem que o espetáculo se realize, os artistas voltam a se juntar e se apresentam em shows mambembes. A trilha sonora do longa é composta por Chico Buarque, com participações de Maria Bethânia e Nara Leão, entre outros grandes nomes da música popular brasileira. 

“Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976), de Bruno Barreto

O filme, baseado no romance do escritor baiano Jorge Amado, teve uma primeira versão em 1976. Vadinho, um mulherengo boêmio, morre repentinamente durante o Carnaval em 1943, na Bahia, e sua mulher, Dona Flor, fica inconsolável, pois apesar dos muitos defeitos, ela era apaixonada por ele. Após algum tempo, ela se casa com Teodoro Madureira, um farmacêutico que é o oposto de Vadinho. Entediada, Dona Flor passa a “invocar” o falecido, que aparece nu na sua cama. Apesar de ser apenas uma representação do espírito de Vadinho, ele tem a mesma atuação de quando era vivo. Dona Flor vive, então, o dilema entre se manter fiel ao novo marido ou ceder ao espírito do primeiro. A história de Jorge Amado foi gravada posteriormente como minissérie em 1998 e como longa em 2017, com direção de Pedro Vasconcellos.

“Orfeu” (1999), de Cacá Diegues

A nova versão do clássico “Orfeu Negro”, lançada 40 anos depois do original francês, é ambientada nos morros cariocas. Orfeu é um compositor popular de uma escola de samba da cidade, que se apaixona perdidamente por Eurídice, uma mulher que acaba de se mudar para a favela. Lucinho, chefe do tráfico local, também faz parte da história e irá modificar drasticamente a vida dos protagonistas. O filme foi escolhido para representar o Brasil no Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro em 2000, mas acabou ficando de fora das indicações.

“Mulheres do Brasil” (2006), de Malu de Martino

O longa-metragem que une ficção e documentário reúne cinco histórias de escritoras brasileiras, passadas em diferentes regiões do país. Telma, personagem da atriz Roberta Rodrigues, vive em função da paixão pelo Carnaval. Porta-bandeira da Escola Grande Rio, trabalha o ano todo para se consagrar na Apoteose. 

“Ó Pai, Ó” (2007), de Monique Gardenberg

O filme conta a história dos moradores de um animado cortiço no Pelourinho, em Salvador. Todos se divertem em meio a muita música, dança e alegria no último dia do Carnaval, até que a síndica, dona Joana, evangélica, incomodada com a farra, decide acabar com a festa e fechar o registro de água do prédio. A falta do recurso leva as pessoas a se solidarizarem.

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“Rio” (2011), de Carlos Saldanha

A animação conta a história de Blu, uma arara azul que nasceu no Rio de Janeiro mas, capturada na floresta, foi para Minnesota, nos Estados Unidos, onde é criada por Linda. Avisada pelo ornitólogo Túlio de que ele é o último macho da espécie, ela retorna com Blu ao Brasil para que a ave possa acasalar com a única fêmea viva, Jade. O casal de araras é capturado e, em meio ao Carnaval carioca, com direito a desfile de escola de samba na Sapucaí, tenta fugir e voltar para casa.

“Trinta” (2013), de Paulo Machline

O filme é uma cinebiografia de Joãosinho Trinta, e conta a história do carnavalesco desde sua ida do Maranhão ao Rio de Janeiro nos anos 1960 até seu auge no Carnaval carioca. O longa também mostra as suas apresentações de balé no Theatro Municipal da capital fluminense, a ida para a escola de samba Salgueiro em 1974, o inovador desfile “O Rei da França na Ilha da Assombração” e chega ao seu reconhecimento como artista.

“Apaixonados: O Filme” (2016), de Paulo Fontenelle

Três casais se encontram e se apaixonam durante o Carnaval do Rio de Janeiro. A porta-bandeira Cássia, que se divide entre as responsabilidades carnavalescas e a preocupação com o pai internado, envolve-se com o médico Léo, enquanto Soraia, uma cabeleireira da comunidade, e o rico Hugo se conhecem num bloco de rua. Já o norte-americano Scott, que odeia samba e não consegue deixar a cidade, forma o terceiro casal com a vendedora Uitinei, que faz de tudo para conquistá-lo.

“Fim de Festa” (2019), de Hilton Lacerda

Quatro jovens se reúnem na casa de um deles, Breno, para passar o Carnaval. Na quarta-feira de cinzas, uma jovem francesa é brutalmente assassinada em Recife, e Breno pai, policial, volta para investigar o crime. Os desdobramentos do caso começam a afetar cada um deles de forma inesperada.

“Carnaval” (2021), de Leandro Neri

O longa conta a história da influenciadora Nina, que descobre a traição do seu namorado por meio de um vídeo que viralizou na internet. Ela viaja com tudo pago para Salvador, para curtir o Carnaval com suas três melhores amigas. Na Bahia, ela aprende que a vida real é muito mais vibrante do que imaginava.

Documentários

“O Samba que Mora em Mim” (2010), de Georgia Guerra-Peixe

O documentário, contado em primeira pessoa, é ambientado no Morro da Mangueira, no Rio de Janeiro, no período pré-carnaval. O ponto de partida é a quadra da escola de samba Estação Primeira de Mangueira. A diretora conta o que o Carnaval sempre significou para sua família e sua vida, e revela que foi movida pelo desejo de ir além do samba. 

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“Damas do Samba (2013)”, de Susanna Lira

O documentário resgata a presença das mulheres no samba e faz uma reflexão sobre a importância delas na história. A obra mostra vários tipos de mulheres que fazem parte da representação desta cultura: pastoras, compositoras, passistas, musas, tias, intérpretes e até operárias. O filme também traz uma retrospectiva da trajetória do samba ao longo da história com enfoque no papel das mulheres em sua construção e composição.

“O Samba” (2015), de Georges Gachot

O documentário revela a origem e o significado da palavra samba e destaca que não se trata apenas de uma dança, mas de uma linguagem e até um estilo de vida. O cantor, compositor, escritor e bamba Martinho da Vila guia o espectador pelo mundo do samba, destacando sua importância em diferentes esferas, contando histórias sobre sua carreira e apresentando sua agremiação do coração, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Isabel.

“Axé: Canto do Povo de um Lugar” (2016), de Chico Kertész

O documentário conta 30 anos de história do gênero que surgiu na Bahia e é fundamental para a história da música brasileira. Com entrevistas com personalidades artísticas e especialistas e imagens de arquivo para traçar um ponto inicial do nascimento do gênero, a obra mostra como o ritmo carrega em sua essência boa parte de todo o sincretismo musical e cultural baiano. 

“Estou Me Guardando para Quando o Carnaval Chegar” (2019), de Marcelo Gomes

A obra mostra a história dos moradores da cidade de Toritama, em Pernambuco, que produzem mais de 20 milhões de jeans anualmente em fábricas caseiras. Eles trabalham sem parar em todas as épocas do ano, exceto no Carnaval, quando vendem tudo que acumularam e descansam em praias paradisíacas.

“Fevereiros” (2017), de Marcio Debellian

O documentário acompanhou a preparação da Estação Primeira de Mangueira em 2016 – dos desenhos das primeiras alegorias aos desfiles na avenida -, para registrar a vitória da escola de samba carioca, que prestou homenagem à cantora baiana Maria Bethânia. A produção também acompanhou a artista nas festas da Nossa Senhora da Purificação, na Bahia. O filme conta com depoimentos da artista, além de Caetano Veloso, Chico Buarque, Leandro Vieira (carnavalesco da Mangueira), Luiz Antonio Simas (historiador), Mabel Velloso (poeta) e Squel Jorgea (porta-bandeira da Mangueira).

Série

“Filhos do Carnaval”

A série, composta por 13 episódios somando as duas temporadas, conta a história da família Gebara, envolvida em negócios ilegais. Anésio Gebara, dono de uma escola de samba e banqueiro do jogo do bicho, é o patriarca. Ele tem quatro filhos: Anesinho, Nilo, Brown e Claudio. Com a morte do primeiro, os irmãos  iniciam uma disputa para ocupar o lugar de prestígio ao lado do pai. A série recebeu uma indicação ao prêmio Emmy Internacional na categoria de Melhor Minissérie de TV, em 2006, e foi premiada com o Grande Prêmio da Crítica pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), no mesmo ano.

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