Mesmo com o preço do café nas alturas – atingindo a maior alta em 25 anos -, a bebida é a segunda mais consumida por brasileiros, ficando atrás apenas da água. Em média, nós bebemos de três a quatro xícaras por dia, o que equivale a aproximadamente 5,8 quilos ao ano.
Ao menos é o que aponta um estudo realizado pela plataforma CupomValido.com.br com dados da Organização Internacional do Café (OIC) e Dieese. Entre 193 países, o Brasil está no Top 15 do ranking dos que mais consomem café no mundo, ocupando atualmente a 14ª posição.
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No topo da lista está a Finlândia, com um consumo de, aproximadamente, 12 kg per capita ao ano – mais que o dobro dos brasileiros. Uma das explicações para o alto consumo do café no país é o clima. Para aquecer a temperatura corporal, afinal a Finlândia passa por extremo frio no inverno, os finlandeses costumam tomar de cinco a oito xícaras de café durante o dia (inclusive na hora do jantar).
Café brasileiro
Por aqui, o café expresso é o queridinho. Em segundo lugar está o pingado ou café com leite (mistura de 80% de leite com 20% de café). Já o mix café, leite, chocolate, noz moscada e canela, também conhecida como cappuccino, ocupa a terceira posição. Logo em seguida vem o macchiato (50% expresso e 50% creme de leite) e o café latte (versão encorpada do cappuccino).
Em relação à produção, o Brasil está no topo do ranking mundial – e detém esse título há mais de 150 anos. Não à toa, aproximadamente 40% de toda a produção mundial de café é fornecida pelo Brasil. Os principais estados produtores são Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Ainda assim, a bebida teve um dos maiores aumentos dos últimos 25 anos. Nos últimos 12 meses, o café subiu mais de 40%. No caso de Florianópolis, a capital com a cesta básica mais cara do país, o aumento foi de 60%.
Por que o café está mais caro?
Um dos motivos dessa subida está relacionado ao dólar, afinal, a moeda norte-americana teve um aumento relevante frente ao real nos últimos anos. Apesar de o Brasil ser um grande exportador de café, muitos insumos necessários para a produção, como fertilizantes e inseticidas, por exemplo, são importados de outros países, e a compra, geralmente, é feita em dólares. Dessa forma, a produção se torna mais cara.
Além disso, e justamente por ser um exportador, a desvalorização do real torna o produto brasileiro mais atrativo para os mercados internacionais, que tendem a elevar a demanda a passos maiores do que a oferta. Receita perfeita para que o preço do produto fique mais caro nos mercados.
Por fim, a saca de café, bem como diversas outras commodities, é negociada em mercados internacionais. No caso específico do café, as negociações são realizadas na Bolsa de Nova York, nos Estados Unidos. A consequência é que, em decorrência da alta da moeda norte-americana, as cotações do produto acompanharam o movimento ascendente e subiram significativamente.
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