Sem mais rodeios! Está comprovado que finanças É, SIM, coisa de criança!!!
Pode ser que você e eu tenhamos escutado a seguinte frase quando éramos crianças: “Agora vocês vão brincar no quarto porque é assunto de gente grande”.
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É, gente… toda vez que os adultos falavam essa frase, significava que o assunto seria sobre dinheiro e que as crianças deveriam ir para o quarto e não participar dessa conversa.
No entanto, afastar as crianças dos assuntos relacionados às finanças pode ser um grande erro, isso porque todos os assuntos que nós não temos proximidade e naturalidade podem acabar se tornando tabus ou problemas no futuro.
Por isso que falar sobre finanças com seus filhos é muito importante.
E aí você pode me perguntar: com qual idade devo começar a falar sobre finanças com as minhas crianças?
DESDE SEMPRE!
Falar de finanças significa falar sobre como buscar soluções amigáveis para todas as situações do dia a dia e da vida, não somente aquelas que envolvem dinheiro.
Cada boa decisão funcional e amigável que tomamos é uma decisão de finanças.
Aqui vale a pena lembrar o conceito originário, etimológico da palavra finanças, que significa solução amigável para uma situação ou contenda.
Ou seja, se em todas as escolhas do nosso dia a dia tivermos soluções boas e amigáveis, isso significa que teremos uma vida financeira tranquila e equilibrada. Por isso, devemos ensinar o tema desde sempre para as crianças.
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Vou trazer um paralelo para mostrar..
As crianças que são criadas em ambientes com consciência ambiental e sustentável crescem com hábitos sustentáveis. Da mesma forma, as que crescem e escutam com naturalidade as conversas sobre finanças dos seus pais, irmãos e das pessoas que elas amam, tratam esse assunto normalmente. E isso faz com que, no futuro, não precisem empenhar esforço para manter uma vida financeira tranquila, equilibrada e agradável.
Então, aqui vão 5 dicas para começar a trazer naturalidade para o tema junto com as suas crianças:
1. Com que idade começar?
Não importa a idade das suas crianças, mesmo que sejam recém-nascidas, mantenha elas próximas quando você falar sobre qualquer coisa que envolva finanças. Inclusive na hora de fazer a lista de supermercado, falar sobre o preço das coisas e pesquisar preços, mantenha a criança sempre junto.
Por mais que nós, adultos, não consigamos perceber se ela está entendendo, o simples fato de este assunto ser conversado na presença dela, traz proximidade e naturalidade.
2. Fale sobre os sonhos
Converse com as crianças sobre sonhos. Os seus, os delas, coisas que você deseja, que ela deseja e que a família deseja para o futuro. Falar sobre sonhos é o primeiro passo para criar a possibilidade de um planejamento.
Sem falar dos sonhos (escopo/resultado na nossa linguagem adulta) é impossível construir um planejamento.
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3. Materialize esse sonho
Depois de conversar sobre os sonhos, desenhe, escreva, recorte revistas e crie um cartaz. O importante é materializar a imagem, a figura ou a escrita do que é esse sonho.
No momento em que nós materializamos, o transpomos do abstrato para o figurativo, isso torna mais fácil e mais motivador realizarmos ações para alcançá-lo.
Ps. essa dica também vale para nós, adultas!
4. Desafios de planejamento
As crianças adoram brincar de desafios!
- Desafio da guerreira
- Desafio de juntar os brinquedos
- E até o desafio de ficar 10 segundos com os olhos fechados
Em geral, as crianças adoram participar de desafios e mostrar que são capazes de realizá-los.
Então, aproveite essa tendência natural e lúdica dos pequenos para propor desafios de planejamento. Exemplo:
- Vamos juntar todos os dias uma moedinha para, no final de semana, comprar um sorvete.
Esse tipo de desafio vai ajudá-las a perceber que a constância e a disciplina são formas incríveis para se atingir os seus desejos.
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5. Proponha escolhas
Mesmo que não seja uma necessidade econômica, proponha para as crianças escolhas!
- Este livro ou este livro?
- Esse doce ou este doce?
- Ir na cama elástica ou ir na piscina de bolinhas?
Dar a oportunidade da criança escolher é uma das formas de exercitar o pensamento crítico e a consciência sobre aquilo que é mais importante para ela.
Mesmo que você permita que a criança vá tanto na piscina de bolinhas como na cama elástica, isso trará uma dualidade, e essa escolha fará com que ela pese o que vale mais a pena, o que ela gosta mais e dá mais prazer.
Então, exercite com as crianças a capacidade de escolher, pois isso vai ajudá-la a conseguir analisar, com clareza e tranquilidade, as situações no futuro, fazendo com que ela faça escolhas financeiras conscientes e saudáveis.
Para assistir o vídeo sobre todos mitos, clique aqui.
Ana Pregardier é escritora, educadora financeira e especialista em formação de hábitos
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