Ao longo dos meus 44 anos, visitei muitos países, desbravando experiências, compartilhando histórias e, acima de tudo, vivendo intensamente. Alguns destinos, tive o privilégio de visitar várias vezes e com isso, juntar diferentes visões e opiniões em cada momento vivenciado, assimilando comportamentos e ideologias que me inspiram no meu cotidiano.
Eu estava morando nos Estados Unidos quando comecei a trabalhar com o Escritório de Turismo da Jordânia, promovendo o destino para o mercado da América do Norte. Com o passar dos dias e anos trabalhando com eles, fui conhecendo e entendendo cada tesouro daquele país e me apaixonando completamente por aquele lugar.
Foram quase 10 anos indo praticamente uma vez por mês para lá, às vezes mais de uma vez por mês. A cada viagem fui aprimorando meu olhar sobre diferentes aspectos e entendendo a riqueza daquela constante troca. Acredito que toda e qualquer viagem tem o poder de transformar pensamentos e atitudes. A Jordânia é um país que realmente me transforma em uma pessoa melhor a cada visita.
É um daqueles lugares onde o país é, por si só, um monumento da história da humanidade. É um verdadeiro baú de tesouros de civilizações milenares, como é o exemplo do sítio arqueológico Petra, uma das sete maravilhas do mundo moderno. Há também o sítio arqueológico de Jerash, atualmente considerada uma das antigas cidades romanas mais bem preservadas do mundo.
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Apesar de ser um destino popularmente conhecido por seus desertos, o país conta também com parques e reservas naturais. Ele tem na sua “costa” oeste, banhada pelo Mar Morto, um grande ponto de turismo religioso, saúde e bem-estar. Há também o Mar Vermelho, no sul do país, acessado pela cidade de Aqaba, com uma enorme biodiversidade e que recebe aventureiros para as atividades aquáticas de mergulho e snorkelling.
Na capital Amã, vemos uma impressionante mistura de passado, presente e futuro com galerias de arte e boutiques dividindo espaço com tradicionais cafés e pequenas oficinas de artesãos, assim como prédios históricos junto aos centros comerciais modernos e tecnológicos.
Não posso deixar de mencionar que um dos meus lugares preferidos do mundo está lá, o Vale Wadi Rum, uma combinação perfeita de aventura e natureza no deserto jordaniano.
Acredito já ter viajado para todos os pontos famosos e outros não tão conhecidos da Jordânia e poderia indicar qualquer um para qualquer pessoa, literalmente. Essa vasta oportunidade de interesses, cenários e histórias é algo mágico naquele lugar. É uma experiência ideal para todos aqueles que procuram conhecimento cultural e enriquecimento espiritual quando viajam.
Mas é claro que o que mais me atrai em uma viagem são as pessoas e suas peculiaridades. Na Jordânia, encontrei um povo genuíno… de essência! Com um senso de respeito e tolerância muito inspirador e que nunca vivenciei tão forte em outro lugar. Um país em sua maioria muçulmana, mas que entende e respeita outras crenças e pensamentos. É muito comum ter uma igreja católica em frente às mesquitas, e tudo bem. Você consegue ver mulçumanos comemorando o Natal, cristão celebrando o Ramadã, um exemplo social muito rico para seguir, para qualquer lugar do mundo. Este respeito e tolerância vem de todos… de cima para baixo e de baixo para cima.
Os jordanianos recebem seus visitantes de forma muito educada, receptiva, onde poucas trocas de palavras já se transformam em sorrisos. Esqueça qualquer tipo de imagem que você tenha de países islâmicos, esses tipos de pré-julgamentos não cabem em momento nenhum para o que encontrei em cada uma de minhas viagens.
A Jordânia sempre me inspira a ser uma pessoa mais tolerante e me passa de diferentes formas e por meio de condutas daquele povo, atitudes palpáveis que uso como espelho no meu dia a dia, para entender de forma mais leve qualquer diferença que encontre no caminho.Agora uma dica… viaje sempre que puder, para qualquer um dos lugares pelo mundo.
Gisele Abrahão é uma viajante do mundo, empreendedora consciente, criadora do prêmio Impactos Positivos e idealizadora da plataforma Lugares pelo Mundo.
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