EXCLUSIVO: CEO do Santander prevê saneamento como novo ativo de investimentos

Marco Legal do Saneamento abre as portas para o aquecimento do setor, geração de empregos e melhora na qualidade de vida da população brasileira
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Divulgação
Rial comenta sobre a atuação do mercado financeiro no setor de saneamento e a relevância dos financiamentos pensados para fomentar o desenvolvimento sustentável do país

Sérgio Rial, CEO do Santander, disse que o saneamento se tornará um ativo importante para as instituições financeiras e desenvolvimento do mercado financeiro. A fala do executivo foi proferida durante uma conversa com Teresa Vernaglia para a série Ciclos ESG, que será veiculada hoje (6), nas redes sociais da BRK, maior empresa privada de saneamento do Brasil. Teresa é porta-voz da Rede Brasil do Pacto Global da ONU para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e CEO da BRK.

Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNS) divulgados em 2020 apontam que apenas 46% dos esgotos gerados no Brasil são tratados e que 47% da população busca alternativas para lidar com dejetos, como fossas e escoamento direto em rios. Ainda com números do mesmo levantamento, 16% da população brasileira ainda não tem acesso à água potável. Os números ressaltam a grande oportunidade sustentável de desenvolvimento mercadológico e de comunidade gerada pelo cenário encontrado. 

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Segundo números fornecidos pela assessoria de imprensa da BRK, hoje, o Brasil requer R$ 700 bilhões para universalizar o saneamento básico até 2033. Em fala para o episódio da série, Rial prevê que o setor necessita de incentivos dos agentes bancários, além dos investimentos das empresas atuantes na área.

Tereza comenta que “evoluímos muito como país, mas ainda temos muito a fazer. Nós, que estamos na linha de frente das corporações, precisamos entender o papel que temos na sociedade. Não existe um planeta B e temos que cuidar dele, essa agenda é inexorável”. Atualmente,a empresa de saneamento chefiada pela executiva investe R$ 1 bilhão por ano em suas operações em 12 estados.

Por sua vez, Rial comenta sobre a atuação do mercado financeiro no setor de saneamento e a relevância dos financiamentos pensados para fomentar o desenvolvimento sustentável do país. “Queremos fazer a diferença nessa nova etapa que se abre com o Marco Regulatório do setor, que garante estabilidade jurídica, previsibilidade e moldura necessária para que os investimentos privados, bancos e agentes financeiros se tornem importantes na construção do país”.

O novo Marco Legal de Saneamento é uma lei sancionada em 2020 para universalizar e qualificar a prestação de serviços do setor. Segundo o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, a iniciativa do marco deve contribuir para a revitalização das bacias hidrográficas, conservação do meio ambiente,  qualidade de vida da população e  servir como força motriz para a economia e geração de empregos no país.

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