As ações da BRF figuravam entre os destaques negativos do Ibovespa hoje (28), após o BTG Pactual, cortar a recomendação para os papéis para ‘venda’, embora tenha elevado o preço-alvo de R$ 23 para R$ 25.
Às 11h09, BRF ON cedia 1,93%, a R$ 27,93, pior desempenho do Ibovespa, que subia 0,05%.
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“Uma maior exposição ao mercado doméstico brasileiro significa um desempenho comercial mais desafiador em termos de volume e mix”, afirmaram os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin em relatório sobre o setor de proteínas.
Eles também citaram que a companhia apresenta comparativos difíceis do ano passado, quando o consumo doméstico e a renda disponível mais alta impulsionaram o desempenho das principais categorias de produtos processados (FPP).
“A competição também parece improvável de ficar mais fácil, e o modelo de produção verticalmente integrado significa que o repasse de custos pode demorar mais, com espaço limitado para ajustar a produção dada a pressão a montante sobre os volumes, o que poderia atrasar o processo de recuperação de margem.”
A equipe do BTG ainda afirmou que os spreads de aves e suínos estão atualmente perto de suas mínimas históricas, o que prejudica as perspectivas de um impulso mais forte nos lucros da BRF em breve.
Os analistas também consideram que o preço das ações está altamente distorcido pelas recentes mudanças na base de acionistas.
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“Agora que as ações permaneceram em bases mais elevadas por algumas semanas, estimamos que, se a oferta pública fosse acionada, o preço hoje seria em torno de R$ 37,6, considerando a média dos últimos 30 dias, ou 32% acima dos preços atuais.”
Eles, porém veem uma probabilidade baixa de isso acontecer.
No mesmo relatório, o BTG reiterou recomendação de compra a JBS, com preço-alvo de R$ 45 (de R$ 36 antes) e neutra para Marfrig, com preço-alvo de R$ 21 (de R$ 16 antes) e cortou a recomendação de Minerva para neutra, com preço-alvo de R$ 12 (de R$ 17 antes).
(com Reuters)