Com a popularização dos bancos digitais e a redução do contingente de correntistas que aceitam pagar tarifas para manter suas contas em instituições financeiras ou usar o cartão de crédito, as cestas de serviços – aqueles combos que dão direito a determinadas quantidades de operações por um preço único – também foram deixando de ser interessantes para os usuários. Para se ter uma ideia, 99,35% dos brasileiros poderiam economizar se negociassem ou trocassem o plano contratado, segundo uma pesquisa realizada pelo “GuiaBolso” em 2018.
Seja porque utilizam contas antigas e não revisam as tarifas cobradas, seja porque trocaram de banco e não deram a devida atenção aos valores e produtos oferecidos na cesta de serviços, muitas pessoas mantêm planos desnecessários para seus perfis de consumo e gastam mais do que deveriam com isso. Marcia Silva, consultora de investimentos, esclarece que os bancos oferecem diferentes tipos de pacotes, que se diferenciam quanto ao número de operações e os valores cobrados por elas.
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Vale destacar que, conforme a resolução 3.919 de 2010 do Banco Central do Brasil, as instituições financeiras devem oferecer uma cesta básica de serviços de maneira gratuita para todas as contas – pessoa física e jurídica. O pacote deve incluir quatro saques mensais, duas transferências entre contas da própria instituição, duas vias de extratos impressos e dez folhas de cheque.
A economista-chefe da Reag Investimentos, Simone Pasionotto, explica que é comum a cobrança das tarifas pelas cestas de serviços, e que, muitas vezes, elas são justificadas como taxas de manutenção da conta corrente. No entanto, os valores cobrados podem ser reduzidos a zero nos casos em que o cliente utiliza apenas os serviços cobertos pela cesta básica ou dos investimentos mantidos na instituição.
Para ela, muitos dos atributos oferecidos pelas cestas dos bancos não são mais tão usados como antes por grande parte dos clientes, como os cheques, saques, impressão de extratos e as transferências tradicionais, que recentemente foram amplamente substituídas pelo Pix. Por isso, é importante avaliar se é viável trocar a cesta contratada pelo pacote básico ou se há a necessidade dos serviços contemplados no plano pago. Na última opção, a economista aconselha que o valor seja negociado com o gerente da conta.
Como avaliar se você deve aderir à cesta básica de serviços
Márcia Silva ressalta que nem sempre manter a cesta contratada pelo banco significa perder dinheiro. Ela esclarece que, para clientes que realizam muitas operações – daquelas que se encaixam nos serviços oferecidos pelo plano -, continuar com o pacote bancário pode ser vantajoso, já que os valores avulsos cobrados pelas movimentações costumam ser mais altos.
Por isso, o primeiro passo é analisar quais serviços da cesta são usados e se ela pode ser trocada por uma versão mais barata – ou até gratuita. Caso contrário, pode haver a negociação do valor cobrado ou dos itens incluídos para que haja uma redução no preço ou a isenção da tarifa, se possível.
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A consultora financeira também indica que as correntistas conversem com o gerente para saber se podem testar um pacote de serviços por algum tempo sem cobrança. Essa é uma maneira de descobrir qual plano é ideal para o perfil de cada cliente.
Por último, ela afirma que, atualmente, várias instituições financeiras oferecem os serviços de maneira gratuita ou a possibilidade de ajustá-los às necessidades da correntista.
Além da cesta básica de serviços, a resolução do BC também determina que os bancos ofereçam quatro pacotes padronizados. O valor de cada um, no entanto, varia de instituição para instituição.
Para ajudar na decisão, a Elas Que Lucrem levantou quanto os principais bancos do país cobram por cada uma dessas cestas. Veja, a seguir, a comparação entre elas:
Além dos pacotes padronizados, também são oferecidos outros planos com diferentes tipos e quantidades de serviços inclusos, conforme a definição do banco ao qual cada um deles pertence. Veja, a seguir, as principais cestas de 5 instituições financeiras brasileiras:
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