Embora venham conquistando espaço no mercado automotivo nos últimos anos, os carros elétricos não são uma invenção recente. Pelo contrário: os primeiros registros de inventores húngaros, holandeses e norte-americanos que realizaram testes com automóveis movidos a bateria são de 1800.
Nos primeiros anos de 1900, alguns modelos foram lançados com sucesso entre aqueles que podiam pagar pela novidade. No entanto, com a chegada de Henry Ford ao setor e a descoberta de reservas de petróleo nos Estados Unidos, que baratearam o preço dos combustíveis, os carros à combustão conquistaram praticamente a totalidade dos consumidores por serem muito mais baratos.
Um século depois, a realidade continua praticamente a mesma: os veículos movidos a etanol, gasolina e diesel ainda são os preferidos da maior parte da população graças aos seus preços quando comparados às versões elétricas. Porém, além das preocupações com o meio ambiente estimularem um aumento nas vendas desses modelos, atualmente as pessoas já entenderam que, com o passar do tempo, este é um investimento que compensa.
Quanto tempo um carro elétrico leva para ser mais vantajoso do que um modelo a combustão?
De acordo com um levantamento feito pelo site especializado “AutoEsporte” com base nos modelos disponíveis no Brasil, um carro elétrico demora, no mínimo, seis anos para se tornar vantajoso. Ou seja: depois do intervalo de tempo calculado pela publicação de acordo com o veículo, as despesas com a versão elétrica se tornam menores do que as despesas com um modelo a combustão.
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Para esse cálculo, alguns pontos foram levados em conta: além do valor inicial do veículo, os custos com manutenção e abastecimento. Segundo a publicação, as despesas de propriedade e manutenção são bem mais baixas em modelos elétricos, afinal, não há óleo para ser trocado, nem velas, bobinas, bicos injetores e centenas de outras peças móveis que se desgastam e quebram com o tempo.
Simultaneamente, os gastos para abastecer um carro à combustão também pesam na conta com o passar dos anos, principalmente tendo em vista o atual patamar do preço da gasolina no Brasil, que em alguns estados já chega a R$ 8. Já um carro elétrico no Brasil, atualmente, apesar da estrutura ainda reduzida, pode ser abastecido gratuitamente em estações de recarga instaladas em pontos como concessionárias e supermercados.
O cálculo usou como base o preço médio de R$ 6,637 para a gasolina, R$ 5,007 para o etanol e R$ 0,623/kWh para a energia elétrica. Outros critérios incluíram uma média de 15 mil quilômetros rodados por ano, preços de revisão e a média de consumo de combustível ou energia de cada modelo, segundo o Inmetro.
Veja, a seguir, a comparação, que usou modelos de carros elétricos e a combustão com características semelhantes:
Vendas de modelos a bateria no Brasil
Embora o número ainda seja bem menos expressivo do que os veículos movidos a combustíveis fósseis, as vendas de carros elétricos no Brasil estão crescendo. Em 2021, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), foram contabilizados 2.860 emplacamentos, alta de 257% em relação a 2020.
A seguir, confira a lista dos modelos elétricos mais vendidos no ano passado em território brasileiro:
- Nissan Leaf Tekna: 439 unidades vendidas
- Porsche Taycan: 379 unidades vendidas
- Volvo XC40 Pure Electric: 375 unidades vendidas
- MINI Cooper Electric: 313 unidades vendidas
- Audi e-Tron: 252 unidades vendidas
- BMW i3 BEV 120AH: 159 unidades vendidas
- Fiat 500e Icon: 146 unidades vendidas
- Chevrolet Bolt: 132 unidades vendidas
- BYD ET3: 124 unidades vendidas
- Renault Kangoo: 120 unidades vendidas
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