Entenda se comprar imóvel na planta é um bom negócio

Durante o período de construção, comprador deve pagar cerca de 30% do valor total
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Vantagens e desvantagens são variáveis para cada comprador

Comprar ou não comprar um imóvel na planta. Esse é um dilema que aflige muitos brasileiros na hora de realizar o sonho da casa própria. Dúvidas, anseios, oportunidades e medos acabam, muitas vezes, dificultando a decisão entre um apartamento novo ou um usado na hora de assumir uma dívida de grandes proporções.

Para a analista comercial da incorporadora BFabbriani, Gabriela Moroso, existem diversas vantagens de comprar um imóvel na planta, mas, a maior delas, é a valorização do imóvel, que pode variar entre 25% e 30%. “Claro que isso se aplica a mercados maduros e aquecidos, já que quando se trata do setor mobiliário a localização sempre terá particularidades a serem avaliadas. Uma boa negociação trará uma valorização no médio prazo e a garantia de um bem novo e regularizado”, explica.

Outra vantagem a ser levada em consideração é que o proprietário poderá personalizar os acabamentos e, em alguns casos, até escolher a configuração interna, alterando portas, paredes e janelas. 

Como funciona o pagamento

Quando o imóvel está na planta, a modalidade de pagamento mais comum é que cerca de 30% do valor total seja pago durante as obras, que costumam durar cerca de três anos. É a chamada entrada. Durante esse período, o comprador não paga juros sobre as parcelas, mas tem os valores corrigidos pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), de acordo com a taxa da inflação da construção civil. De acordo com a Fundação Getulio Vargas, em 2020 o INCC foi de 8,66%. Já em 2021, o índice quase dobrou, chegando a 14,03%. 

O reajuste durante a obra acontece porque o comprador está “emprestando” dinheiro para a construtora executar a obra e, com o passar do tempo, o valor da mão de obra, serviços, equipamentos e materiais sofre reajustes. 

Essa questão pode ser considerada uma desvantagem por algumas pessoas, mas, de acordo com Ana Laura Colombi, especialista em negócios imobiliários e head de backoffice da Crediblue, a correção não chega a ser um inconveniente. “Essa é uma questão que está mais ligada ao acordo que será feito entre as partes, então o comprador precisa ficar atento às cláusulas contratuais. O que é vantajoso para um, pode não ser para o outro”, pondera.

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É importante ressaltar que, durante a construção, o comprador pagará as parcelas referente aos 30% do valor e, dependendo da negociação feita inicialmente, a diluição desse montante pode incluir valores mais expressivos em datas previamente acordadas. São as chamadas intermediárias e, no final da obra, as chaves. 

Para o pagamento do valor restante, o comprador pode fazer um financiamento com uma instituição bancária, estabelecendo prazo de pagamento, valor das parcelas e juros. 

Desvantagens do imóvel na planta

Entre as inconveniências de adquirir um imóvel na planta está o valor elevado de um bem que você não receberá num prazo muito curto. Serão, em média, 36 meses de espera para receber as chaves.

Para a sócia do escritório de registro da Miura Investimentos, Thais Ferri, outra desvantagem é que imóvel na planta é um investimento de risco. “Ele pode ser controlado quando se conhece o mercado, mas pode acontecer de o comprador não receber o imóvel no período esperado ou receber algo diferente do que comprou. Também há casos em que a construtora vai à falência. Nesse caso, serão anos de processo judicial na tentativa de reaver o dinheiro investido”, explica. 

É importante ressaltar que após o pagamento de um terço do empreendimento e entrega das chaves, o comprador terá uma dívida longa, podendo chegar a 30 anos – o financiamento, normalmente adquirido junto aos bancos. “É preciso estar ciente de todos os pontos negativos e riscos. Mitigá-los depende do conhecimento que se tem do mercado e da leitura das oportunidades. O consumidor precisa ter essas ferramentas em mãos, por isso não acredito que seja para qualquer um”, finaliza Thais. 

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