A Elas Que Lucrem (EQL), plataforma de conteúdo com foco na saúde financeira feminina, e a seguradora Mapfre se juntaram para criar a EQL Protege, “insurtech” com foco na proteção de mulheres. A previsão é fechar o primeiro ano de operação com 100 mil vidas seguradas, e multiplicar esse número em 36 meses.
“Temos um horizonte vasto para trabalhar. Mais de 50% das mulheres chefiam lares no Brasil. São 38 milhões de mulheres responsáveis por suas famílias e 13 milhões delas são mães solo. Nossa estrutura está pronta para promover uma rede de apoio em todos os sentidos”, afirma a fundadora e CEO da EQL, Francine Mendes Gregori. Segundo ela, em três anos, há potencial para atingir 10% das mulheres que chefiam lares, num total de 3,8 milhões de vidas seguradas.
Inicialmente, será oferecido um seguro de vida, que disponibiliza 14 tipos de proteção com 39 possibilidades de contratação e planos a partir de R$ 1 ao dia. A solução oferece assistência contra atos violentos, que pode ser acionada em casos de roubo, agressões físicas e verbais ou sequestro. E a segurada terá direito a transporte para a delegacia e hospedagem em um hotel. Alguns seguros já oferecem a opção de assistência jurídica. Para o produto, a EQL e a Mapfre adaptaram os serviços prestados como foco na segurança da mulher.
Há também a possibilidade de assistências psicológica, jurídica e trabalhista, por exemplo, todas voltadas para a vulnerabilidade feminina. “Existe muita violência patrimonial no processo de independência financeira da mulher. Construímos ferramentas para que a mulher pudesse se sentir segura”, diz Gregori.
Um dos focos da distribuição do seguro, além da venda direta, é o segmento corporativo. “Temos em mente tirar a preocupação dessa mulher para que ela possa seguir a vida e sua jornada. Uma das ações de distribuição além da plataforma da EQL será através do mercado corporativo. Também estamos trazendo ‘socialtechs’ para que elas próprias comercializem o seguro, além do nosso canal digital”, afirma
a diretora técnica de vida e previdência da Mapfre, Hilca Vaz.
Segundo a executiva, o produto tem impacto social positivo que vai além do setor de seguros, uma vez que contribui para independência financeira e a segurança feminina, disponível, inclusive, para os momentos mais difíceis.
Fonte: Valor Econômico. https://valor.globo.com/financas/noticia/2023/08/23/insurtech-aposta-em-protecao-feminina.ghtml
