Ministra pede visto humanitário para o resgate de juízas no Afeganistão

Maria Elizabeth Rocha declarou que representantes brasileiras estão se mobilizando em busca de visto humanitário para magistradas do Afeganistão
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Maria Elizabeth Rocha, ministra do STM (Superior Tribunal Militar) e única mulher integrante da Corte, declarou hoje (1°) em entrevista à GloboNews que representantes brasileiras estão criando uma mobilização para conseguir uma concessão de visto humanitário a juízas do Afeganistão, que enfrentam cenário delicado após o grupo do Talibã ter retomado o controle do país. 

A ministra explicou que nos próximos dias será feita uma reunião com o general Braga Netto, ministro da Defesa, para averiguar as possibilidades de envio de aeronaves brasileiras para o resgate das juízas afegãs.

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“A ideia é tentar conversar e sensibilizar o ministro da Defesa para que o comando da Aeronáutica disponibilize aviões da Força Aérea Brasileira para resgatar ou tentar resgatar essas mulheres e meninas e suas famílias que estão em situação extrema de vulnerabilidade. E para isso nós poderíamos, por exemplo, pousar no solo paquistanês, contar com auxílio dos americanos que têm expertise nesses resgates em situação de guerra”, declarou Maria Elizabeth Rocha.

De início, as informações eram de que haviam 270 magistradas no Afeganistão. Porém, a ministra relata que agora o número é menor, já que algumas da juízas foram assassinadas ou fugiram para outros locais, vivendo sob condições desumanas.

“Até quinta-feira será editada uma portaria conjunta entre os ministérios das Relações Exteriores e da Justiça para providenciar aquilo que nós estamos solicitando: asilo e a concessão de passaportes diplomáticos para as famílias das refugiadas”, acrescentou Maria.

Também em entrevista à GloboNews, a juíza Amini Haddad, membro da Associação Internacional de Mulheres Juízas e da Associação Nacional de Magistradas, ressaltou que é importante pensar em um visto humanitário para familiares dessas mulheres, a fim de evitar represálias no país.

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Conhecido grupo fundamentalista, o Talibã representa grande ameaça no que tange os direitos das mulheres. Como as magistradas ocupam cargos altos e significativos, o perigo de perseguição se torna ainda maior. 

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