A Educação tem o poder de transformar vidas e construir o nosso futuro. Essa ferramenta ganha novos significados quando nos tornamos mães e invertemos o nosso papel até então, passando a ser protagonistas nessa decisão para os nossos filhos.
Essa responsabilidade carrega um peso que nem sempre nos sentimos plenamente confiantes em executar, afinal, como escolher a melhor escola? Que critérios devo observar para fazer essa definição?
Não é fácil essa conclusão, por isso, trouxemos neste artigo dados de pesquisas recentes sobre o tema, uma análise geral dos fatores principais observados, entre outras referências para te apoiar nesse momento.
Pesquisa aponta o que influencia na escolha de uma escola
De acordo com o portal Escolas Exponenciais, líder nacional em pesquisa e apoio estratégico para instituições de ensino, em um estudo com mais de 150 mil famílias respondentes de todo o Brasil e publicado em 2022, ter um relacionamento próximo e participativo com a escola é o aspecto que mais influencia a decisão da escolha da instituição, com 41%.
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Em seguida e registrando o mesmo percentual (34%) está o fator da escola propiciar uma excelente educação quanto a valores morais e éticos, e o cuidado e atenção pessoal com os filhos.
Aspectos como a localização, preferida pelos respondentes considerando a proximidade com a residência ou local de trabalho (27%), e o acesso a informações frequentes sobre as atividades pedagógicas (21%) também foram destaque.
Para Vahid Sherafat, idealizador do Escolas Exponenciais, os números provocam uma reflexão das próprias instituições com a forma de se relacionar, comunicar e se envolver nessa comunidade como um todo.
Ou seja, se antes as escolas eram vistas como um ambiente puramente acadêmico, e até sistemático, hoje ela precisa provocar novas experiências e engajamento de alunos e responsáveis.
O que você espera da escola?
A reflexão a partir dos dados já nos reforça a importância de um olhar mais crítico quando o assunto é escolher a instituição de ensino, e precisamos também debruçar no tema pelo olhar das nossas próprias experiências e expectativas.
Para a professora Juliana Santos Lizzi, de 36 anos, do Rio de Janeiro e mãe do Pedro Lizzi Santana, de três anos, é preciso respeitar as etapas e o período de desenvolvimento das crianças e dos jovens. “Busquei para o meu filho uma instituição que preservasse a infância e, por isso, fugi das escolas tradicionais que se preocupam com alfabetização precoce e tem aulas de informática e inglês desde cedo, por exemplo. Escolhi um espaço que valorizasse o tempo ao ar livre e o brincar, e que tivesse preocupação com as questões emocionais e o acolhimento com todas.”, afirma.
Ela ainda complementa, “como professora, percebo que se a criança tiver uma base emocional segura e confiança nos educadores, ela tem o seu potencial muito favorecido. Em sala de aula, percebo muitas questões de baixa autoestima, depressão e ansiedade que nem todas as escolas estão equipadas para lidar. São questões que vão além do conteúdo formal que se espera ver trabalhado nas escolas e que afetam os jovens de forma muito dura, atrapalhando várias áreas do aprendizado”.
Como é possível perceber, equilibrar as atividades acadêmicas com esse lado afetivo tanto com o aluno, quanto com a família, é o que vemos na fala da professora Juliana e no resultado da pesquisa que iniciamos a conversa. E, de certa forma, essa mudança de comportamento é provocada por todos os envolvidos nesse ciclo escolar. “A escola não existe fora da sociedade e, como tal, é um reflexo da mesma.” complementa Juliana.
Para refletir: sete indicadores para apoiar na sua decisão
1. Conheça a missão e o projeto político-pedagógico da escola
Toda escola apresenta um projeto político-pedagógico (PPP), como regra da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que é a síntese dos objetivos que a instituição deseja oferecer, com foco na qualidade de ensino e aprendizagem dos alunos. É como um guia com princípios e diretrizes.
A partir desse PPP os responsáveis pelos alunos podem ter acesso ao planejamento das atividades, como isso será executado, qual a meta da comunidade escolar em relação ao que foi estabelecido, como será o relacionamento com as famílias e até questões financeiro-administrativas.
O PPP é o que ajuda a definir a missão daquela instituição, leva uma referência mais compreensível para os pais, e traz toda a comunidade para dentro da sala de aula.
2. Localização
Como vimos na pesquisa, a questão da localização é um fator importante para os responsáveis na hora de escolher uma escola.
Em geral, se busca uma proximidade da residência ou do local de trabalho, como forma de facilitar a rotina e o deslocamento para a família como um todo.
Mas, podemos também pensar nessa motivação pela ótica da participação dos pais na vida acadêmica dos filhos, pois amplia a oportunidade de aproximação do ambiente escolar.
3. Estrutura física
Outro critério importante é como o espaço da escola é apresentado, e o quanto essa estrutura pode proporcionar ainda mais atividades, como a prática de esportes e atividades extracurriculares, e interação para os alunos.
O ambiente escolar precisa ser afetuoso e amigável, para que os alunos se sintam acolhidos e estimulados a vivenciar amplamente essa oportunidade.
4. Mensalidade
A escola tem um custo e que interfere diretamente no planejamento financeiro familiar. Para mães e pais com mais de um filho então, muitas vezes é preciso fazer um verdadeiro malabarismo para oferecer as melhores oportunidades, de forma igualitária para todos.
Escolher uma escola e perceber que será difícil manter os filhos na instituição por esse motivo é realmente algo bem frustrante.
Nesse caso, vale uma conversa com a escola para entender as formas de pagamento oferecidas, além de avaliar a possibilidade de bolsas de estudos, que muitas vezes são disponibilizadas, e que geram um desconto expressivo na mensalidade.
5. Corpo docente
Conhecer os professores pode ser uma ótima oportunidade de visualizar como será o dia a dia do seu filho na escola. São eles que interagem e que reúnem as competências acadêmicas necessárias para transmitir conhecimento para eles.
6. Tecnologia
A tecnologia é uma ferramenta fundamental na nossa sociedade e ainda mais evidente nas novas gerações, que já nasceram com esse meio mais desenvolvido e presente na rotina.
Instituições de ensino que oferecem em suas atividades interação com esses instrumentos, com certeza estão proporcionando um ambiente mais amplo de conhecimento para o futuro dos nossos filhos e mais atrativo também.
7. Indicação e reputação
Que tal conhecer e conversar com outros responsáveis por alunos na escola que você está avaliando a admissão do seu filho? Ou quem sabe, buscar essa referência dentro do seu próprio ambiente de confiança?
Quem vivencia ou já teve alguma experiência com a instituição vai poder contar informações muito ricas para a sua decisão.
E, caso você não encontre algumas respostas positivas, de acordo com o seu julgamento, aproveite essas referências para questionar a própria escola para compreender e avaliar melhor.
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