Sou boa em que? Como descobrir e (re) descobrir talentos ao longo da vida

Todo mundo quer (e tem) um talento especial. Algo que somos realmente boas e felizes fazendo. Para encontrá-lo, porém, é necessário um grande mergulho na jornada do autoconhecimento.
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Jogar bola, dançar balé, ser engenheira, professora, escritora, manicure, confeiteira, youtuber… Ufa! Não é preciso abrir um cardápio e ler todas as opções para entender que são muitas (e, no mundo conectado de hoje, parece que cada vez surgem mais!). 

No meio desse vai e vem de informações e possibilidades que vivemos, é completamente normal ficar em dúvida do que fazer e ter uma certa dificuldade em encontrar, enfim, no que realmente somos boas.

Esse caminho de autoconhecimento pode ser longo e difícil de traçar, mas é essencial para nos tornarmos pessoas mais completas (e felizes!). Saber do que gostamos e o que somos boas fazendo é bom não só para nossas realizações pessoais, mas como para nossa carreira e dinheiro no geral.

“Conhecer seus talentos é uma forma de identificar onde “investir”, sobretudo quando se trata de uma escolha de carreira. Trabalhar com o que gosta e com o que sabe fazer bem com certeza trás um dia a dia profissional mais satisfatório e produtivo do que aqueles que não conhecem o que tem de bom guardados dentro de si”, aponta Edwiges Parra, Psicóloga Organizacional, Especialista em Saúde Mental, Professora convidada FGV de Educação Executiva, Palestrante e Instrutora de Mindfulness.

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Mas, afinal, como descobrir o que somos boas fazendo?

Não é preciso um longo texto e muitas explicações para mostrar a importância de descobrir coisas que realmente gostamos e somos boas fazendo. Essas questões, aliás, costumam estar presentes no nosso dia a dia ainda quando crianças, desde pequenas escolhas como brincar de jogar bola ou de pega-pega à famosa pergunta ‘o que você quer ser quando crescer?’.

A verdade é que passamos boa parte da nossa vida (senão toda ela) tentando buscar essa tal vocação que tanto falam por aí. E, por mais que transformemos isso no cerne da nossa existência, encontrá-la nem sempre é fácil, por vários motivos: desde muitas opções disponíveis até uma idealização do que é essa “vocação”.

O lado bom é que existem formas para tornar esse trajeto um pouco mais fácil. Para começar, como apontado por Edwiges Parra, a principal questão é entender que o ponto de partida se dá no processo de autoconhecimento, que “consiste na habilidade de ouvir e compreender a si mesmo, conhecendo os seus medos, as suas angústias e as suas potencialidades”.

Para chegar nesse tal autoconhecimento, que não é necessariamente palpável e um trajeto com ponto final definido, existem várias formas: desde terapias a estudos, livros e experiências que enriquecem nosso repertório de vivências.

Edwiges apontou um passo a passo que podem te ajudar nesse caminho:

1. Reconheça o que você gosta de fazer

2. Note quais são os seus pontos fortes.

3. Observe os seus pequenos sucessos.

4. Pense no que você faz para se divertir.

5. Questione as pessoas próximas.

6. Aposte em testes vocacionais

Como um teste vocacional pode ajudar?

Quando falamos nesse processo de “se encontrar”, principalmente na carreira, logo pensamos no famoso teste vocacional. Muitas pessoas podem ter dúvidas da aplicação prática dele. Mas a verdade é que ele realmente funciona, especialmente quando aplicado por um psicólogo especializado na área.

“A orientação vocacional de carreira geralmente emprega testes em três áreas principais: aptidão, interesse e personalidade. Esses aspectos ajudam os psicólogos a conseguirem orientar sobre a carreira certa, por meio da terapia”, explica Edwiges.

“Ele costuma ajudar porque o Orientador Profissional irá ajudar a pessoa a fazer escolhas profissionais ao longo da vida. Vale ressaltar que (esses testes e acompanhamentos) não ajuda só jovens saindo do Ensino Médio, mas também universitários que querem mudar de curso, adultos que querem fazer transição de carreira, idosos que querem se preparar para a aposentadoria ou seguir na próxima carreira pós aposentadoria”, ressalta.

Ou seja, como já falamos por aqui, o caminho do autoconhecimento não tem necessariamente um ponto final. Você pode, em certo momento da vida, descobrir que algo que amava não faz mais tanto sentido assim e, então, redescobrir novos amores. Isso vale para tudo: de carreira a hobbies e pessoas.

Existe idade certa para descobrir um talento?

A notícia boa é que não! Podemos nos descobrir e redescobrir várias vezes ao longo da vida! (Quer notícia mais esperançosa que essa?!). Ao longo da vida passamos por diversas experiências que nos moldam como pessoa e é natural que mudemos de opiniões algumas vezes.

O que muda, em muitas situações, é o que é descoberto em cada fase. “Depende da fase de vida. Se for para a fase adolescente costumamos descobrir o curso de graduação, mais velhos, uma transição de carreira ou até mesmo numa fase pós-aposentadoria”, aponta a psicóloga.

O que importa é que todos nós temos sim uma vocação e podemos ter várias em diferentes estágios do nosso viver. “Ter um talento não é garantia de sucesso. Descobrir um talento serve para que toda a prática do exercício, estudo, treino e capacitação ajude a garantir um bom desenvolvimento e performance”.

E está tudo bem querer mudar! Querer transformar talento em hobby, hobby em profissão e ir caminhando conforme a música. O importante é sempre buscar pela autorrealização, mas sempre olhando para o dinheiro também, a fim de fazer escolhas conscientes e que não prejudiquem seu futuro financeiro.

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