Resiliência financeira: o que é e como alcançá-la

Organize e controle as suas finanças pessoais de forma a ter uma segurança financeira para enfrentar os imprevistos da vida, como a perda de um emprego.
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O jargão é o tema da Semana Nacional da Educação Financeira (ENEF) deste ano e pode ser essencial para evitar dores de cabeça Para o dicionário, resiliência é a elasticidade que faz com que certos corpos deformados voltem à forma original. Trazendo para um sentido mais figurado e aplicável à nossa vida, o termo pode dizer, basicamente, sobre a nossa capacidade de nos adaptarmos ou recuperarmos facilmente.

Nos últimos anos, você com certeza já ouviu essa palavra pelo menos uma vez. A resiliência tem conquistado os textos, mensagens e conversas recentemente, se transformando em um certo “clichê”. E seja você a favor ou contra esses “chavões”, a verdade é que a palavra em si é muito resiliente e pode ser aplicada em diversas áreas da nossa vida, inclusive nas finanças.

Não à toa, o tema escolhido para a Semana Nacional da Educação Financeira (ENEF) deste ano é justamente a tal “resiliência financeira”. Assim como no significado geral, quando aplicado à economia, a palavra significa basicamente a capacidade de organizar e controlar as suas finanças pessoais de forma a ter uma segurança financeira frente aos imprevistos do dia a dia.

Ou seja, a ideia é saber se organizar e pensar em imprevistos que possam vir a surgir para evitar dívidas e construir um relacionamento saudável com o dinheiro. É sobre conseguir se adaptar com o que tem caso contas novas apareçam por aí. 

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A escolha deste tema para a ENEF de 2022 vai além do mero clichê. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) 8 em cada 10 brasileiros tinham dívidas a vencer só no mês de agosto. O evento deste ano começa no dia 12 de dezembro e conta com a participação de diversas instituições do país que promovem ações e iniciativas de educação financeira, previdenciária, securitária ou fiscal. 

O tema será abordado em diferentes palestras, cursos, oficinas e outras ações. O circuito é uma iniciativa do Fórum Brasileiro de Educação Financeira (FBEF) e acontece anualmente desde 2014 com a finalidade de promover a Estratégia Nacional de Educação Financeira.

Entendendo melhor: o que é resiliência financeira?

O conceito, relativamente novo, surgiu no intuito de fazer com que pessoas que passam ou passaram por dificuldades financeiras consigam ter força e foco para se reerguerem, mesmo frente aos obstáculos.

Passar por problemas financeiros é algo extremamente comum. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente aos anos de 2017 e 2018, aliás, mostrou que 72,4% das famílias brasileiras vivem com alguma dificuldade para pagar despesas mensais, como contas, alimentos e aluguéis.

Com a vinda da pandemia, esse cenário não teve reflexos positivos. Um outro estudo feito pelo Instituto Axxus, startup de tecnologia da Unicamp apontou que, em 2021, 86% dos brasileiros afirmaram que as finanças foram muito prejudicadas com a vinda da covid-19.

Mas, como diz a letra de músicas populares por aqui, “o show tem que continuar” e é essa a ideia da resiliência financeira. O cerne do jargão é justamente se munir de informações e planejamentos para conseguir “sacudir a poeira e dar a volta por cima” quando desafios financeiros aparecem pela frente. É a arte de conseguir olhar com calma para o problema e encontrar possibilidades palpáveis para resolvê-lo, em vez de entrar em um ciclo de desespero.

Falar, no entanto, é fácil, e a gente sabe disso. Quando as contas aparecem e o dinheiro não é suficiente para pagá-las, a dor de cabeça muitas vezes parece inevitável. A verdade é que crises vêm e vão a qualquer momento e, na maioria das vezes, elas fogem de nosso controle. Exatamente por isso, é importante ter um certo planejamento financeiro, para conseguir passar por esses momentos inoportunos de forma mais tranquila.

A ideia da resiliência financeira está neste ponto. Conseguir se organizar, fazer contas, guardar um pouquinho, criar investimentos, para ter o famoso “pé de meia” quando as crises aparecerem. É sobre criar um balanço entre ganhos e gastos sempre tentando prever que problemas e dificuldades podem – e provavelmente vão – aparecer.

Os pilares da resiliência financeira

Para te ajudar de forma prática, a empresa Audiocoplan de contabilidade reuniu em seu site algumas dicas importantes que podem servir como pilares para alcançar a tão almejada resiliência financeira. São eles: 

1. Forte gestão de fluxo de caixa

O termo complexo e mais utilizado no ramo empresarial também pode servir para finanças pessoais. A ideia é basicamente buscar criar um plano de gastos, que pode ser simples, mas sempre bem estruturado. O plano deve conter um valor reservado para poupanças, que traz mais segurança para o futuro.

2. Tenha reservas de emergência

A gente nunca sabe quando o pneu do carro vai furar, o cano do banheiro estourar ou uma pia parar de funcionar. Ter um dinheiro guardado para imprevistos é essencial para não prejudicar seu planejamento mensal quando os imprevistos aparecerem.

3. Gestão da dívida

A ideia é basicamente conseguir se organizar e entender até que ponto você pode se endividar. Sim, as dívidas vão aparecer, mas é preciso ter consciência para saber em quantas vezes pode dividir essa ou aquela compra e quantos itens pode comprar.

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