A fabricante de cosméticos Natura&Co reduziu fortemente seu prejuízo no primeiro trimestre, apoiada em forte crescimento das vendas, mesmo com restrições de contato social na esteira do recrudescimento da pandemia da Covid-19.
A companhia, dona da marcas The Body Shop e Avon, anunciou ontem (12) que teve prejuízo líquido de R$ 156,6 milhões no primeiro trimestre, ante resultado também negativo de R$ 824,9 milhões na mesma etapa de 2020.
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O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 829 milhões entre janeiro e março, alta de 470,7% ano a ano. Em termos ajustados, o Ebitda foi de R$ 963,2 milhões, com margem de 10,2%.
Esse resultado veio apoiado numa receita líquida consolidada que atingiu R$ 9,5 bilhões, aumento de 25,8%, com impulso das operações no Brasil e em países de língua espanhola.
A última linha do resultado também foi positivamente afetada por menor despesa de imposto de renda, impacto parcialmente compensado por maiores despesas financeira e com depreciação.
Apesar de ter tido lojas fechadas em várias partes do mundo no primeiro trimestre – apenas 68% das lojas The Body Shop próprias estavam abertas em março – a companhia conseguiu compensar isso com um forte aumento das vendas pela internet.
As vendas habilitadas digitalmente atingiram 48% da receita total, contra 33% no primeiro trimestre de 2020.
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A Natura&Co elevou a projeção de sinergias anuais recorrentes resultantes da integração com a Avon em US$ 50 milhões, para entre US$ 350 milhões e US$ 450 milhões, impulsionadas por sinergias de custos fora da América Latina em manufatura e distribuição, a serem alcançadas até 2024.
(com Reuters)