Women in Tech Brasil: Huawei lança projeto de incentivo à liderança feminina na tecnologia

Companhia chinesa de telecomunicações oferecerá capacitação e financiamento para fomentar a diversidade do setor
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Empresa vai impactar 5 milhões de mulheres (Foto: Jopwell/Pexels)

Na manhã de hoje (28), a multinacional de equipamentos para telecomunicações Huawei anunciou o lançamento do projeto Women in Tech Brasil. Voltada para o aumento da presença feminina nas lideranças de tecnologia, a iniciativa tem como pilar o desenvolvimento profissional e pessoal das mulheres. Segundo o CEO da empresa, Sun Baocheng, a ação será a mais importante da companhia no país em relação à diversidade, impactando cerca de 5 milhões de profissionais. 

Para isso, a Huawei firmou uma parceria com o aplicativo Mulheres Positivas, plataforma que oferece cursos gratuitos em diversas áreas da tecnologia, como inteligência artificial, Cloud e 5G. O objetivo é que, uma vez capacitadas, essas mulheres se sintam seguras para ingressar no mercado digital e se tornarem as futuras líderes do setor. A ação acontece em um momento da história onde as executivas ocupam apenas 9% das cadeiras de CEO nas companhias de tecnologia, segundo dados da consultoria internacional Boston Consulting Group.

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Além da capacitação, o projeto ainda contará com ações de fomentação ao lado do Governo Federal. A parceria acontecerá a partir do financiamentos de outras iniciativas que incentivem as brasileiras a ingressar no mercado tech. “Sempre buscamos parcerias com universidades e centros de educação, mas é a primeira vez que focamos no público feminino. Esse é um mercado muito masculinizado, então essa integração com as mulheres é muito importante”, explica Fernanda Calandrino, contract & commerce director do grupo. 

No ambiente interno, a companhia pretende implementar pesquisas com as colaboradoras para entender as principais necessidades das profissionais de telecomunicações. Essa foi uma das maneiras encontradas pela organização para driblar um problema grave do sistema: metade das jovens que trabalham em tecnologia deixa o setor antes dos 35 anos, segundo um estudo da Accenture e do Girls Who Code. 

Além disso, as equipes terão a chance de conversar com as lideranças femininas da empresa para conhecer a sua trajetória de carreira. Para Fernanda, a presença das mulheres pode ser capaz de alterar o ambiente do setor. “Elas têm um olhar mais acolhedor para os acontecimentos, então as coisas são tratadas com mais carinho. Nesse meio empresarial, onde o lucro é tão importante, é preciso que alguém lembre que as pessoas por trás de toda essa operação importam”, diz. 

Uma das jovens que teve seu futuro impactado pelos projetos de capacitação da empresa é Manoela Miziara. Há dois anos, ela ingressou como estagiária na companhia após participar do Seeds For The Future, programa de intercâmbio cultural e profissional da Huawei. Depois de passar um mês na China, voltou para a sede do Brasil e deu início a sua carreira na área de tecnologia. “Foi uma super oportunidade, eu nunca tinha viajado para o exterior e nem imaginado que me escolheriam entre tantas pessoas capacitadas. Lembro que fui a única a dizer na entrevista de seleção que tinha o sonho de conhecer outros países”, diz. 

Atualmente, Manu, como é chamada pela equipe, atua como network design DWDM. Ela é a única mulher da equipe, mas diz que está acostumada com a companhia masculina, já que também  era uma das únicas meninas da faculdade de engenharia da telecomunicação. “Tem momentos que sinto vergonha de me impor, mas saber que a empresa valoriza a presença feminina me dá confiança para continuar.” 

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