As atrizes Gwyneth Paltrow, Reese Witherspoon e Mila Kunis têm uma nova mensagem de empoderamento para mulheres: é hora de abraçar as criptomoedas. Mais do que um recado pontual, as estrelas de Hollywood buscam impulsionar a presença feminina no mundo dos NFTs a partir da criação do movimento BFF, uma comunidade social de criptomoedas focada em mulheres e pessoas não binárias.
“Vimos muitos homens se reunindo e ganhando dinheiro nos últimos meses. Nós merecemos estar no espaço da mesma forma”, disse Gwyneth recentemente em uma audiência online da BFF com 5.000 pessoas. Lançada e financiada pelas empresárias Brit Morin e Jaime Schmidt, a comunidade tem livre adesão e planeja ganhar dinheiro emitindo seus próprios NFTs.
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A presença de celebridades no movimento impulsiona a popularidade do negócio. Na última semana, o “The Wall Street Journal” fez uma matéria falando sobre o assunto, e revelou dados da presença feminina neste mercado. Segundo o jornal, as mulheres ficam atrás dos homens no investimento geral em NFTs, e as exchanges de criptomoedas dizem que elas representam menos de um terço de seus usuários atualmente. Em um mercado que cresce a olhos vistos – o valor total dos ativos em criptomoedas subiu para mais de US$ 2 trilhões no ano passado, muito acima dos US$ 260 bilhões de 2020 – é imprescindível que as mulheres tomem o seu espaço.
Além de fazerem parte do movimento, Gwyneth Paltrow e Mila Kunis estão na longa lista de artistas que investem em empreendimentos comerciais envolvendo NFTs. De certa forma, a token representa uma nova maneira de construir sua marca e – potencialmente – ganhar dinheiro com a fidelidade dos fãs. Segundo elas, esse é um bom caminho para corrigir os desequilíbrios de gênero no mundo dos investimentos e moldar o próximo capítulo da internet.
Randi Zuckerberg, irmã de Mark Zuckerberg e consultora de marca para a exchange de criptomoedas OkCoin, falou sobre os investimentos neste tipo de ativo em seu canal do YouTube e tuitou sobre querer tornar a comunidade “divertida”. A empresária possui quase 200 NFTs, quase inteiramente de projetos liderados por mulheres. Já a famosa socialite Paris Hilton, que revelou investir em criptomoedas desde 2016, disse ser chamada de “Crypto Queen” por pessoas de Hollywood que se aproximam em busca de orientação sobre investimentos na área.
A atuação de celebridades como Paris chamou a atenção até da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), que alertou sobre os lançamentos de investimentos capitaneados por astros e estrelas, incluindo os focados em criptomoedas. Segundo a entidade, artistas que divulgam ofertas iniciais de moedas podem estar infringindo a lei se não deixarem claro que estão recebendo por isso.
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Muitas celebridades, no entanto, enfatizam que não são consultores financeiros e que seu objetivo é apenas educar. “Temos uma responsabilidade, uma vez que compartilhamos conhecimento”, disse Reese Witherspoon no podcast “NFT Now”, um programa de notícias e análises sobre os ativos digitais. “Trata-se simplesmente de encorajar as mulheres a correrem pequenos riscos, explorar e se educar”, ressaltou Mila Kunis em entrevista divulgada pelo “The Washington Post”.
Em um mundo cada vez mais aficcionado por ativos digitais, acredita-se que esse assunto ainda vá gerar muita polêmica e especulação. Mas, para as entusiastas do movimento BFF, o processo conturbado vale a pena. “Muitos de nossos talentos realmente acreditam que esse é o futuro – se você quer se envolver nesse espaço, precisa de uma estratégia de longo prazo”, conclui Kate Lonczak, agente do grupo de estratégia digital do movimento.
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