O Santander Brasil reportou hoje (26) um lucro líquido em linha com as expectativas do mercado para o primeiro trimestre de 2022, com leve alta de 3,2% em relação aos três meses anteriores, mesmo após as provisões para perdas com empréstimos avançarem 24,9% no período.
A unidade local do banco espanhol Santander registrou um lucro líquido de R$ 4,005 bilhões no trimestre, 1,3% superior a igual período do ano passado, frente a uma projeção média de R$ 4,026 bilhões de analistas consultados pela Refinitiv.
O Santander Brasil disse que as provisões para créditos de liquidação duvidosa atingiram R$ 4,612 bilhões, alta de 45,9% na comparação anual.
Alguns analistas esperavam resultados entre fracos a estáveis, com o Goldman Sachs mencionando “sinais modestos de deterioração na qualidade dos ativos” em uma prévia. Já o Bank of America destacou que os ganhos do Santander vinham crescendo abaixo dos de outros bancos privados brasileiros que negociam em múltiplos semelhantes.
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A carteira de crédito do Santander avançou 7,2% na base anual, para R$ 455,16 bilhões, superando um crescimento de 3,8% da margem financeira bruta em meio ao aumento da taxa de juros no Brasil. Ambos os indicadores tiveram recuo de cerca de 1,5% em relação ao trimestre anterior.
“Nossa qualidade da carteira de crédito permanece em níveis controlados, apresentando a deterioração já esperada da inadimplência, dado o cenário macroeconômico e alinhado ao volume e mix da originação”, disse em nota o diretor financeiro do Santander Brasil, Angel Santodomingo.
O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) do banco, um indicador de rentabilidade, atingiu 20,7%, alta de 0,6% frente aos três meses anteriores.
Lucro também na Espanha
O Santander também divulgou nesta terça-feira aumento no lucro do primeiro trimestre e reiterou metas financeiras para 2022, impulsionado por receitas mais altas na Europa, que compensaram o aumento dos custos na América do Sul.
O lucro líquido saltou 58% no trimestre, para € 2,54 bilhões, superando a previsão da Reuters de € 2,26 bilhões.
No primeiro trimestre de 2019, o lucro líquido havia sido de € 1,84 bilhão. O resultado de janeiro a março, porém, foi menor que os € 2,78 bilhões registrados no quarto trimestre de 2019.
Numa base ajustada, o lucro líquido aumentou 19%, com a Europa avançando 30% graças ao forte crescimento das receitas de empréstimos.
No geral, a receita líquida de juros, uma medida de lucro sobre empréstimos menos custos de depósito, subiu 11,3%, para € 8,86 bilhões no primeiro trimestre, em linha com as previsões.
Os efeitos inflacionários, particularmente na América do Sul, onde o maior mercado do grupo é o Brasil, levaram a um aumento de 8% nos custos.
(Com Reuters)
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